domingo, 28 de fevereiro de 2021

O NOVO AARE ONIKOYI DA TERRA IORUBA

Postado por Paula Gomes Em 28/02/2021 O Alaafin de Oyo instala hoje o novo Aare Onikoyi da terra ioruba, Otunba Olutomori Williams.
A história relata que o Onikoyi de Ikoyi estava entre os reis da província de Oyo e é um dos mais antigos reis vassalos, como Timi od Ede, Olugbon de Igbon, Olofa de Ofa, Ompetu de Ijeru e Aresa de Iresa.






A instalação tradicional foi realizada pelos Olorisa e Onisango.
Asa Orisa Alaafin Oyo
Fonte - (1) Facebook

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

CULTO A ORIXÁ É COLETIVO

Por Yemojagbemi Arike

Postado em 25/02/2021


A Auto-ajuda que alguém pode ter é rezar para Ori e saber a hora de buscar auxílio e evidente sustentarmos nossa boa conduta.

A auto ajuda é estar em coletivo, é de fato fazer parte da rede é isso que move uma comunidade de Orixá.
Não se trata de independência no trato de Ori ou Orixá, mas sim de estar harmoniosamente dentro do convívio social.
Veja que um dos princípios dos Yoruba é o Iwa pele o Iwa rere,( o carater gentil e o bom carater) isso esta intimamente relacionado a boa conduta para com o outro para com o meio que se vive. Ainda que parta da sua conduta, da sua postura é olhado a maneira como age em sociedade.
- Não é porque alguém sabe agora consultar o obi, que não precisara mais de ajuda, a prática yoruba não está para um ato auto centrado.
No mundo não faltam pessoas egoístas e auto centradas. Faltam pessoas que pensam em coletividade, e os yoruba nos ensinam isso.
Avalie os Ese/itan Orixá, verá todos os Orixás em algum momento pedem auxilio através do oraculo, e uma recomendação é feita, faça um ebo x, faça um ebo w. E vai tu se achando o bambambam das galaxias querendo centrar em fazer sozinho?
Isso não se trata de uma questão monetária, de alguém querer ganhar dinheiro com isso – la vem seu pensamento individual outra vez?
– se trata de uma rede de ajuda onde preservar a coletividade para harmonia é razão, e ainda a plena consciência que se tem que até mesmo um alto sacerdote não saberá tudo e sempre poderá contar com outros para ajudar . È a vida fica mais facil contando uns com os outros, não parece mais sensato?
Precisamos cuidar de nós mesmos? Sim! é obvio, mas não sozinhos entende a diferença?
Foto : minha sacerdotisa de Yemoja em Òyó cuidando do ori de outra sacerdotisa.
Patada: Alguns atos podemos fazer sozinhos ? Sim! respira !, mas não coma a galinha sozinho, se você está cultuando só para você está longe de entender orisa.
Beijos Fonte - (2) Facebook

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

PROCURO UMA CASA DE BATUQUE

Por Jorge Feijó Pub em 22/02/2021 Ainda existem casas assim.


PROCURO UMA CASA, em que eu possa nos momento EM QUE, eu lá estiver, eu me sinta tranquilo, confortável espiritualmente. Tenha os problemas que eu tiver de qualquer natureza, brigas ,desconfortos emocionais problemas com amigos ,inimizades, familiares, estes problemas fiquem do lado de fora da casa. Nesta casa eu possa entrar e sair, pedindo: a benção dos Orixás por eu e minha família estarmos bem, assim como meus amigos e meus desafeto e a todos que me rodeiam, por eu ter o alimento em minha mesa e na na mesa dos que me rodeiam. O magué-magué. Pedindo e agradecendo a todo o Erumallé de Bara a Oxalá que eles nos deem o que merecemos e que principalmente, possamos não só aceitar o que recebemos mas saibamos interpretar como as coisas acontecem conosco. Pois na maioria das vezes é quando não temos o que precisamos, é que damos valor e vamos a luta para conseguir com responsabilidade, do que, quando temos e agimos com irresponsabilidade conosco e com o nosso próximo e com a nossa religião.

Procuro uma casa em que o Pai de santo ou Mãe de santo ainda traga consigo e transmita os ensinamentos aprendido e transmitidos pelo seu Babá ou Yá, lá dos anos 60.
Procuro uma casa
- Onde a Ganância de ser de hoje ,seja pelo conhecimento do segredo ao culto e os passos seguidos, sejam conquistados, uns por merecimento outros pelo tempo de dedicação a casa religiosa, e isso se traduz com o Respeito ao culto religioso. E não por 7 dias e aos 14 abrir casa. Isto é matriz Religiosa
- Onde o mais importante a ser feito após o serão, são as Frentes aos Orixás- as Inhalas. Para uns lados são feitas separadas, outras juntas num aguidal, um aguidal para os homens e outra para as mulheres, uns abertos outros fechado simbolizando suas feituras, seus fundamento, onde o cheiro do achoro exala seu odor as vezes chegando até o salão, o(s) bolos são só um complemento um brilho aos olhos.
- Onde :A frase “ deixa assim o Orixá entende ”,não é tão comum, pois o sacrifício das pessoas em fazer o certo, o correto e de acordo com o seu ensinamento vai além dessas palavras. Pois de uma maneira ou de outra o(os) Orixás nos dão condições para tal, e passar por cima do fundamento é uma ofensa pessoal ao Orixá.
Procuro uma casa
- Que traga consigo o acompanhamento da modernidade, na funcionalidade nos seus aspectos do maquinário da cozinha, fogão liquidificador e outros aparelhos que ajudam, sem alterar os - Costumes, Fundamento e Tradição= Raiz Religiosa. Pois o Batuque já trás consigo sua própria razão de existência sem precisar apoiar-se em outra raiz religiosa—Candomblé. Seja dentro do quarto de santo, vestimentas ou rezas, Pois o Batuque tem sua própria identidade e sua bagagem é vasta. Ele não precisa de aglutinações, junções e nem de misturas Candomblecistas, pois ele é uma Arte Imutável em si só.
- A casa que procuro o PDS e ou a MDS, explica e deixa claro que a manifestação corporal do filho no batuque ao dançar na roda é uma expressão livre, de acordo com a reza de tal orixá. O filho na roda ele canta com seriedade outras ele canta exibindo um sorriso, muitas vezes com ar de choro ou súplica, pois as rezas o tocam. E neste momento ele se deixa levar pelo som do Tambor pela voz do tamboreiro-alagbe. Num ação tríplice e continua, tambor -voz e comportamental do filho que está a dançar. Deixando claro que as pessoas -irmãos que estão a ver o celular a rir do lado de fora, e debochar estás são pessoas cujo seu Ori não esta amadurecido a introspecção do que está sendo realizado. Mesmo estando vestidas de axós.
- A casa que procuro não tem o(a) mais lindo(a) ou a menos lindo(a), pois os mais lindos são os Orixá no seu todo, e meus olhos não estão nos degotes da filha, ou na roupa que ela veste. Pois naquele momento a minha razão e meu sentimento estão extasiados na dança dos Orixá, pois suas dança elevam meu estado de espirito numa frequência e entronização única, ao sagrado. Mesmo por que quando o Orixá ,desce ele ou ela, se desprendem dos adornos que o Pecador ou pecadora trás consigo, pedindo muitas vezes um alá para tapar a parte do corpo ,que a filha por exibicionismo deixa aparecer mostrando seu despreparo religioso, confundindo a festa a qual está para rezar com uma festa profana. Eles, os Orixás são a própria existência a manifestação do culto.
- A casa de santo não é e nem nunca foi Palco, em que os tamboreiros se apresentam e ao tocar apresentam coreografia, misturando batida de quinbamda com achés. O toque é com seriedade, e nem tem equipe ou coral de alagbes, esperando sua hora para tocar. O tambor é afinado de acordo com o toque, se batuque não tem som de repinique como quinbamda e carnaval. Ainda existem casas assim.

A casa de batuque que procuro ainda existe hoje, basta ir no bairro São José, na Glória. Restinga , na Vila Jardim, na Hipica, no Jari, no Morro Santana, na Safira, em Viamão, Alvorada, enfim em tantas outras cidades.

Não, meus IRMÃOS O BATUQUE NÃO MORREU E NEM IRÁ MORRER. Imagem com probatória:



Pág.
Facebook

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ACIMAR DE XANGÔ TAYÓ

Publicado por Cleber M. Ribeiro 
Em 21/12/2017
Pai ACIMAR DE XANGÔ TAYÓ (póstuma).



Pai Acimar, era da Nação OYÓ.

Foi da bacia de Mãe NICOLA DE XANGÔ BAMBOXÊ e mais tarde de Mãe MIGUELINA DE XANGÔ TAYÓ.

Morou no bairro PETRÓPOLIS, na Lucas de Oliveira e posteriormente na Rua Buenos Aires no JARDIM BOTÂNICO.

Comemorava o aniversário do seu ORIXÁ no dia 18 de setembro.

Complemento

INFORMAÇÃO:
Orgui Freitas Lima

Fui seu neto de Santo.
Minha primeira Mãe de Santo(Maria Joana de Xangô) foi feita por ele e, permaneceu nessa bandeira por muitos anos.

Xangô Tayó foi o Xangô Agodô mais lindo que conheci. Em suas festas, com um balaio cheio de bom bom amor carioca em seus ombros," trazia" outros Orixás.
Me emociono só em lembrar.

Na casa de Pai Acimar , tive o privilégio de conhecer pessoas antigas de nossa Religião como; Mãe Sueli bonita de Oxum e, o povo de Mãe Moça de Oxum.
A casa de Pai Acimar continua hoje, sob o comando de Pai Toninho de Aganju, seu filho e braço direito.

Continua cultuando a Nação de Oió , sem nunca ter mesclado outra Nação, mesmo tendo o Lode de Pai Acimar sendo assentado pelo Babalorixá Joãozinho de Exu Bí.

REFERENCIAS

Postagem (6) Facebook
Complemento (6) Orgui Freitas Lima | Facebook

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ìgbèbí

Ìgbèbí - Como cuidar de um recém-nascido com necessidades especias dentro da  tradição iorubá.

A prática de Ìgbèbí é uma  prática antiga iorubá  que lida com serviços pré-natal e pós-natal para mães grávidas.

Na tradição iorubá, quando um recém-nascido nasce os seus cuidados serão divididos em vários aspectos, como o geral, a família e o cuidado especial para bebés especiais.

O cuidado geral dos recém-nascidos está focado na comida especial a tomar até que o bebé tenha 6 meses de idade e possa sentar-se, que será amamentando, infusão de ervas específicas e água fria do santuário de Òrìsà da família paterna. Após 6 meses de idade, o bebé começará a comer papas quentes  e começa a aprender a comer alimentos sólidos.

O outro aspeto é sobre  doenças do recém-nascido como malária, dor de barriga, prisão de ventre e febre por causa do crescimento dos dentes, e recusar mamár. Nestes casos, a família do recém-nascido precisa de novo  consultar o Òrìsà de famila com obi (noz de kola).

Outro aspeto importante é o cuidado familiar, porque cada família é diferente e tem tabus diferentes, que os bebés recém-nascido  não devem comer. Os tabus da família do pai não devem ser dados nem ao bebé nem à mãe durante a amamentação. Há famílias que é proibido forçar o novo bebé a comer; outras não podem tomar banho com água quente; outras não podem beber vinho de palma e etc.

Por último, há o aspeto do cuidado especial para bebés com necessidades especiais como:


1-Ìbèjì -Gémeos
Quando o pai vai ver os gémeos pela primeira vez, toda a roupa que ele está a usar precisa de ser dada aos gémeos para que eles durmam em cima dela.

No dia da cerimónia do nome, devem fazer os ritos tradicionais com cana-de-açúcar, feijão, mel, banana, bolo de feijão frito com óleo de palma e feijão cozido com óleo de palma deve ser dado a todos os convidados.


2- Ìdòwú (nascido após os gémeos)
Não serão necessários ritos especiais, pois já foram realizados para os gémeos e o Ìdòwú beneficiará deles.


3-Àlàbá (nascido após o Ìdòwú)
Não serão necessários ritos especiais, pois já foram realizados para gémeos e o Àlàbá beneficiará deles.


4-Ìdògbé (nascido após o Àlàbá)
Não serão necessários ritos especiais, pois já foram realizados pelos gémeos e o Ìdògbé beneficiará deles.


5-Èta òkò-triplex
Com o nascimento dos triplex, o rei da cidade precisa de ser informado e a roupa que usa  nesse dia deverá ser dada às crianças.

Das três crianças, o rei deve cuidar de uma.


6-Dàda
Estas crianças nascem com os dreadlocks  e estarão sempre rodeadas de pessoas.

Os pais devem sempre deixar restos de comida em casa.

Mel e cana-de-açúcar devem ser sempre dadas às pessoas por estas crianças.

Se Dàda quiser cortar o cabelo, antes de cortar terá que cumprir com os ritos tradicionais e o oráculo deverá ser  consultado  para eles.


7-Òkè
É o nome dado às crianças, que nasceram com o rosto tapado. Os ritos tradicionais especiais têm de ser realizados e pertencem automaticamente ao Òrìsà Obàtálá. 

Acredita-se que trouxeram Obàtálá do céu e que já não precisam de ser iniciados em Obàtálá. 

8-Ìgè
Estes bebés nasceram através das pernas e não têm sentimentos pela mãe.

Depois de nascerem os ritos tradicionais devem ser realizados para este tipo de crianças e para os seus pais, a fim de não morrerem jovens e de não  magoarem os seus pais.

9-òní
Estas crianças choram de manhã à noite e ritos tradicionais precisam de ser realizados.

10-òla
Estas crianças não choram hoje, mas começam a chorar amanhã desde manhã até à noite e os ritos tradicionais precisam de ser realizados.

11-òtunla
Estas crianças começam a chorar no 3º dia de manhã até à noite e os ritos tradicionais precisam de ser realizados.

Por Baba Sanyan - Ìgbèbí 

Asa Orisa Alaafin Oyo

Fonte - (1) Facebook

sábado, 13 de fevereiro de 2021

CAMBÍNI OU CAMBINA, SERIA MESMO A CABINDA?

Por Luiz Cláudio Soares

Em 13/02/2021 revisado e aumentado em 01/05/2022

Diante diversos debates que estão sendo discutidos nas redes sociais sobre a origem do nome da Cambina, uma das tradições do Batuque do RS., em busca da origem desta tradição verificamos o livro O Batuque do Rio Grande do Sul, de Norton F. Corrêa. 

Norton afirma sem referência ou comprobações, que a Cambíni ou Cambina seria (Cabinda), território banto:


[...] cambíni ou cambina (de Cabinda, porto e hoje país da África)[...] 
                                                               
(Norton Correia, O Batuque do Rio Grande do Sul, pag. 50) 

Curiosamente Norton embora, não tenha explicado como chegou à conclusão que Cambina seria Banto, no mesmo parágrafo, cobra referencias de Herskovits e Laytano, sobre o lado de "Oba".

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