domingo, 11 de fevereiro de 2024

COMUNICADO DA JUNTA SUPREMA OGBONI PARA A AMÉRICA

Está notificação foi coletada na página do Facebook.


COMUNICADO OFICIAL DA PARA A FRATERNIDADE OGBONI ABORIGEM DA NIGÉRIA E DE TODO O MUNDO.

Por Junta Suprema Ogboni para a América

Postado em 06/2/24

 

A carta em Inglês com assinatura e cunho (estampa), além de alguns testemunhos gráficos do que foi tratado na mesma.


Tradução para espanhol:


Por decreto da Casa Labosinde usamos este meio para divulgar nossas decisões ao mundo, seja a nível global, país ou divisão.

Na sequência de diferentes situações negativas geradas em torno da figura de Adewale Ajayi Ojeyemi, um cidadão nigeriano residente no Brasil que tinha o título de Aare Oba Ogboni da América do Sul.

Chamamos a atenção da comunidade religiosa de todo o mundo para os fatos comprovados que mancham e denegrem nossa fraternidade por parte deste indivíduo:


1. - Adewale Ajayi Ojeyemi começa fraudulentamente as pessoas na prática de Ogboni, dando-lhes altos títulos de chefes sabendo que eram homossexuais.

Preferência sexual da qual não temos nada contra, mas os princípios metafísicos das nossas iniciações diferem pois foram criados quando não existia este modelo de preferência sexual.

Adewale Ajayi Ojeyemi deu o título de Aare de São Paulo a uma pessoa que sabia que era homossexual e instalou seu parceiro como Apena de São Paulo incentivando-os a começarem mais homossexuais nesta prática e criando mais Iledi recebendo homossexuais como se esta fosse uma prática normal em Ogboni ou na Nigéria. Quando a gente já sabe que isso não é assim.

Além disso, todos sabemos que nenhum Aare tem o direito de instalar outro Aare sob a Fraternidade Ogboni Aborigen.

2- Adewale Ajayi Ojeyemi teve a oportunidade de unir a fraternidade após a morte do passadorei Ogboni Adetoyese Olakisan, mas ainda assim tomou a decisão de seguir seu caminho, dividindo ainda mais a fraternidade.

3- Adewale Ajayi Ojeyemi proclamou-se "Oluaiye Oba Ogboni Agbaye" sem ter sido instalado por ninguém e quebrando a tradição existente de todos os anteriores Oba Ogboni Agbaye de ser instalado com todas as honras e rituais da casa Labosinde.

4- Adewale Ajayi Ojeyemi quebrou a tradição de várias gerações de reis, criando uma nova sede para sua própria fraternidade e cerimônia de coroação fazendo todos acreditarem que é aí que os reisse instalam e estava tentando arrecadar dinheiro do povo na América para tal cerimônia, quando todos sabem que é só na Casa do Governo de Labosinde que esses rituais podem ser realizados.

5- Adewale Ajayi Ojeyemi esqueceu que seu título como Aare da América do Sul foi concedido em 2018 por Kabiyesi Kaseem Alade Omotosho e essa foi a pessoa que lhe deu a oportunidade de crescer na fraternidade. Embora agora se tenha esquecido disto e se proclamado Oluaiye Oba Ogboni Agbaye, quando a pessoa que detentava este título foi precisamente a que o iniciou em Ogboni e o verdadeiro Rei Ogboni.

6- Adewale Ajayi Ojeyemi em sua ambição esqueceu de onde veio e até hoje continua enganando as pessoas fazendo-as acreditar que ele é oNovo Oluaiye Oba para todos; quando a Fraternidade Aborigen Ogboni já tem um novo Rei em todo o mundo desde 16 de junho do ano passado.

Então, nossa casa resolve:

1- Não reconhecer a figura de AdewaleAjayi Ojeyemi como Oluaiye Oba Ogboni Agbaye.

2. - Ignorar e rejeitar sua posição de Aare Oba Ogboni da América do Sul.

3. - Ignorar qualquer prática ou instituição aborígene Ogboni gerada por ele.

4. - Não faça aviso de recepção de nenhuma instalação ou emissão por parte desta pessoa.

5. - Informar imediatamente o Conselho Supremo Ogboni Aborigen para as Américas e o seu líderKolawole Edan (Oba Leidel Montoto) Kabiyesi Oba Ogboni Continente Americano de tudo o que aconteceu para que também tomem as ações e precauções adequadas.

Continuamos esperando que essa pessoa se retrate e assuma as suas responsabilidades e confronte esta instituição na qual tentaremos sempre encontrar um caminho para a paz.

Assinado por 

Oluwo Tunde Labosinde.

_____________________________________

FONTE: JUNTA SUPREMA OGBONI PARA AMERICA DO SUL / FACEBOOK

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=pfbid02i5BArF3QVVzdVH5d6GLwPAJxsJ9Cvr1fubU4m3qvWQCRsCah4LG2ESoiGPSPSxS7l&id=61555352882952



OS “IJO ORUNMILA” ESTÃO MODIFICANDO A TRADIÇÃO IORUBA

© Adedamola Adetayo


FACEBOOK

05/02/2024

 

 

Há mais de um ano venho estudando de perto as práticas religiosas tradicionais do nosso povo, que são comumente chamadas de ÌSÈSE.

 

Tenho observado muitas coisas. Tenho notado uma tendência crescente na terra Yoruba, um fenômeno muito estranho nos dias de hoje com o nosso povo ÌSÈSE.

 

Notei isso pela primeira vez em Ilé-Ifè no ano passado durante o Odún Ifa e achei muito desagradável. Tenho visto isso em todo lugar agora.

 

Vejo que agora temos o que é chamado de "ÌJO ORÚNMÌLÀ", que é mais ou menos uma ADORAÇÃO NO TEMPLO projetada de forma a adaptar as tradições cristãs e os sistemas de adoração ao ÌSÈSE.

 

[Nota do Tradutor. Ver vídeo do Ijo Orunmila Ato em Lagos: https://www.youtube.com/watch?v=T3njQumIULs]

 

Não sei há quanto tempo o fenômeno existe, mas certamente sei que não pode estar tudo bem.                            [veja nota do tradutor ao final]

 

Eles constroem uma casa mais ou menos como uma IGREJA, realizam cultos como as igrejas, fazem sermões e coletam ofertas.

 

[ver aqui o texto:  

A IGREJA DE ORUNMILA ESTÁ ALTERANDO A MITOLOGIA IORUBA TRADICIOANAL 

Baba Omotobatala]

 

A única diferença significativa é que a ESCRITURA que eles leem e pregam é do Ifá, que é pregado de um púlpito!

 

Ainda não tenho certeza se o Ifá CORPUS deva ser pregado como os pastores fazem com a Bíblia.

 

Eles trazem à tona um odù específico do Ifá e o declara como o tema do dia.Parece bastante engraçado para mim.

 

Podemos argumentar que os cristãos roubaram nossas práticas em primeiro lugar, mas tenho certeza de que nós, iorubás, nossos ancestrais, não tínhamos o que pode ser corretamente descrito como uma RELIGIÃO no verdadeiro sentido dela.

 

[...]

 

Um homem pode realizar libações aos Òrìsàs sozinho. Geralmente possuem os Ojubọs (Templo/Santuários) dos Orisas em seus diversos complexos. Um local é escolhido em seu complexo e os sacerdotes dos Òrìsàs relevantes vão até lá para realizar a consagração e invocar os espíritos daquele Òrìsà ao templo.

 

E o ESPÍRITO do Òrìsà já estava morando dentro daquele recipiente onde foi invocado. Pode ser Ògún, Òsun, Obatalá etc.

 

E o homem começa a realizar suas libações ali, e deve fazê-las continuamente, pois os ESPÍRITOS ainda estão domiciliados ali.

 

Então, quando você o vê orando antes ou oferecendo libações a um feixe de metais, não é aos metais físicos que ele fez isso, mas aos espíritos que certamente estão lá!

 

E foi isso.

 

Mas como uma COMUNIDADE, existe também um Ifá e OJÚBO para vários Òrìsàs.

 

Existem SACERDOTES que se dedicam aos Ifá E OJÚBOS da comunidade.

 

Há um homem chamado ÀRÀBÀ, ele é o sumo sacerdote do Ifá da aldeia, ou cidade.

 

Existe ABỌRÈ, ele é o Sumo Sacerdote do OJÚBO da aldeia ou vila.

 

Eles nada mais fazem do que dedicar-se ao cumprimento das atribuições que lhes foram atribuídas para cuidar dos ORISAS IFA E OJÚBO da comunidade.

 

Eles estavam constante e permanentemente de plantão em seus postos de serviço atendendo aos intermináveis chamados da comunidade e dos Òrìsàs.

 

Como o Ifá E OJÚBOS pertencem à comunidade e, portanto, toda a comunidade de pessoas deve ir até lá, SE E QUANDO NECESSÁRIO, para adorarem juntos, alguns dias são reservados para as pessoas se reunirem para realizar essas tarefas.

 

Esses são os dias que você chama de Festivais, por exemplo, Osun Òsogbo, Agemo em Ijebu, Ẹ̀yọ̀ em Lagos, Olóòlù em Ibadan, Ọdún Ògún, Ọdún Ifá, Ọdún Egungun etc.

 

Durante todo esse dia, toda a comunidade sairá unida para ADORAR Ifá E OS ÒRÌSÀS JUNTOS.

 

Mesmo assim ainda era mais ou menos pessoal porque cada homem estará no local dos Festivais comungando diretamente com Olódùmarè enquanto os vários Sacerdotes fazem as coisas principais para apaziguar os Òrìsàs.

 

Os outros participam festejando felizes e depois todos vão para casa até o próximo festival.

 

As festas comunitárias são PODEROSAS FORÇAS UNIDAS para o povo sempre os uniram.

 

Esses são os únicos momentos e ocasiões em que as práticas ÌSÈSE exigiam que as pessoas se reunissem.

 

Dificilmente é religião no modelo de reunião cristã. Você não pode nem descrever isso como religião.

 

Não há um caminho definido de Religião nos COSTUMES Iorubá, mas sim diretrizes sobre filosofia, ciência, espiritualidade, moralidade e condutas gerais de Omolúàbí.

 

O próprio ÌSÈSE é a palavra iorubá para COSTUMES, o agregado dos códigos e diretrizes acordados e imutáveis para administrar os assuntos de um povo e seu relacionamento com seu Deus.

 

Mas não parece ser isso que estamos fazendo com o fenômeno dos “Templos Ifá” de hoje. Isso vai se tornar outro problema com o qual talvez não consigamos lidar.

 

O que agora chamamos de "ÌJO ORÚNMÌLÀ" que é mais ou menos uma ADORAÇÃO NO TEMPLO desenhada de forma a adaptar as tradições cristãs ao ÌSÈSE.

 

A desculpa é que eles querem encorajar as pessoas, especialmente os jovens, a entrarem no ÌSÈSE da terra Yoruba, fazendo com que se pareça com o padrão regular de adoração ao qual estão acostumados.

 

Na verdade, pode parecer que está a funcionar ou a atingir os objetivos, mas temo que se torne um problema no futuro.

E isso não pode estar certo.

 

O que vocês estão montando é mais um MODELO DE RELIGIÃO que nunca fez parte dos nossos costumes.

 

Em breve teremos uma nova geração de pregadores de Ifá que não serão diferentes dos pastores pregadores, e que podem de fato se tornar muito mais difíceis de administrar!!!!

 

Fonte: FACEBOOK

https://www.facebook.com/groups/157218294674152/permalink/1930310327364931/

 

PROVA DOCUMENTAL:



Tradução de: Luiz L. Marins

https://uiclap.bio/luizlmarins

 

NOTA DO TRADUTOR:

 

Respondendo a dúvida de Adetayo:

 

No livro “Olódùmarè, god in the yoruba belief”, 1962, pg. 194 Bolaji 

Idowu já registrava um movimento Orunmilaista neste 

modelo apontado por Adetayo. Vejamos:

 

“Em 1943, Fagbenro Beyioku fez uma palestra intitulada ‘Orunmilaísmo, as bases do Jesuísmo’. A principal finalidade era propor uma teoria que Orúnmila, a divindade do oráculo, era o profeta de Deus para os Iorubas (ou melhor, os africanos), da mesma forma que Jesus Cristo era o profeta de Deus para os Judeus, com um status muito maior do que o dele.”    

   

“Mesmo antes desta palestra, uma igreja conhecida como Ijô Orúnmila (Igreja de Orúnmila) já existia, com filiais em várias partes do país. Esta “igreja” ordenou seu culto segundo o modelo cristão, com uma liturgia específica dirigida para Olôdumare através de Orúnmila. E deve-se notar que este reordenamento da liturgia do culto não agrediu de nenhuma forma a religião.

 

Ioruba: é apenas uma redefinição do padrão, enquanto o seu principal núcleo é mantido.”    

   

“Cerca de quatro anos atrás [1958], a Sociedade de Radiodifusão Nigeriana criou um pequeno comitê para examinar a questão se o Orunmilaísmo era a religião dos Iorubas (ou dos africanos), ou não. Na ocasião do comitê havia uma forte reclamação dos adoradores de Orúnmila que, à sua religião deveria ser dado o mesmo tratamento que era dado ao cristianismo e islamismo, na apresentação de seu culto nos programas de sociedade Nigeriana de Radiodifusão.”    

   

“O comitê facilmente decidiu contra o pedido dos Orunmilaístas, mostrando, a partir de fatos incontestáveis, que Orúnmila era apenas uma das principais divindades do panteão Ioruba, e que nenhuma entre todas elas poderia reivindicar ser a religião Ioruba, quanto mais em ser a religião de toda a África.”    

   

“Era óbvio que se a comissão não tivesse sido formada, e o seu trabalho feito corretamente, a Sociedade Nigeriana de Radiodifusão teria sido enganada facilmente, propagando a criação de uma religião nacionalista baseada em uma deliberada heresia, como descrevemos acima.”    

   

“A situação foi realmente resolvida por um diretor da Sociedade Nigeriana de Radiodifusão, que com suficiente clareza percebeu o que estava sendo proposto e se opôs duramente.”

__________________

 

sábado, 10 de fevereiro de 2024

O OPAXORÔ DO CANDOMBLÉ BRASILEIRO NÃO REPRESENTA A PRÁTICA DOS ORISA DA ÁFRICA OCIDENTAL

 Nathan Lugo

11/05/2020

FACEBOOK

 

***

Um exemplo perfeito de como os praticantes da diáspora de variantes cubanas ou brasileiras de Orisa causaram casualmente a adulteração da herança na terra Yorùbá quando há pouca compreensão da sensibilidade cultural nem o desejo de proteger o local de nascimento do Orisa, tanto por indígenas quanto por estrangeiros ....

***

————

Aqui nessas fotos antigas em preto e branco está o que provavelmente é um opaxorô de Candomblé do Brasil que foi presenteado ao Olúfọ́n antes desta foto.

Justapostas ao lado de fotos dos indígenas ọ̀pá òooro da terra Yorùbá, percebe-se que são completamente diferentes dos opaxorô do candomblé brasileiro. Pode-se ver claramente que o artesanato não é o mesmo; preste atenção também nas inúmeras bugigangas penduradas nas várias camadas deste opaxorô brasileiro que está nas mãos deste ex-rei de Ifọ́n-Òròlú.

Na verdade, esse é o tipo de bastão utilizado por Oxalufã na religião Candomblé, manifestação de Ọbàtálá na terra iorubá conhecida como Òòà Olúfọ́n!

Isto, claro, não deveria ser surpresa.

A mandioca foi introduzida na África Ocidental através de viajantes da América Latina. Existem até alguns sacerdotes àngó na terra Yorùbá que receberam ́́rẹ́ feitos de cobre ou latão...alguns foram na verdade herdados de um de seus ancestrais Àgùdà, repatriados e expatriados brasileiros quando alguns ganharam a liberdade ou quando a escravidão foi abolida no Brasil.

Até mesmo a Casa de Oxumaré de Salvador, Bahia, Brasil recentemente tentou construir um templo em estilo Candomblé para Oxumaré em Oyo, um projeto que foi, felizmente, descartado pouco depois pelo Aláàfin! Kábíyèsí! Ikú bàbá yèyé!

* Nota:

As fotos em preto e branco são dos Olúfọ́n da cidade de Ifọ́n segurando um opaxorô de estilo brasileiro.

Enquanto isso, nas fotos coloridas pode-se ver como é a aparência de ọ̀pá òooro dos devotos de Ọbàtálá em qualquer lugar da terra de Yorùbá.

 















***ATUALIZAÇÃO: Robson Cruz escreveu abaixo:

 

“Sim, o PAXORÔ [o cajado Obatalá estilo Candomblé que o Olúfọ́n hoje usa] e o ostensório FORAM PRESENTES TRAZIDOS POR PIERRE VERGER NA DÉCADA DE 1950 (não sei se o dilogun branco colar também), SUPOSTAMENTE ENVIADO POR IYÁ MASSE (então iyalorixá de ile Iyá Nassô [nome de um templo de candomblé na Bahia, Brasil]) que era filha de Oxalá/Obatalá.”

Fonte imagens 
https://www.pierreverger.org/fr/espace-photo/phototeque/category/259-ifon.html


Asa Orisa Alaafin Oyo (2018) entrevistou um príncipe de Sepeteri que falou longamente sobre o objeto peculiar opa osooro do Olufon, que é completamente diferente de todos os outros opa osooro na terra Yorùbá... porém, ele parece não saber de que isso é, na verdade, um opaxorô de candomblé que foi trazido ao Olufon como presente do candomblé brasileiro! 🤦🏻‍♂️

...

E vocês mesmos podem ver a entrevista aqui:

OBATALA AND OBALUFON, PRINCE ALATISE OYELEKE, SEPETERI, OYO STATE


https://youtu.be/G0QMreySkck

...

Se você não fizer sua pesquisa, há aqueles que tentarão enganar seus olhos a cada passo do caminho!

O opaxorô do Candomblé brasileiro NÃO representa a prática dos Orisa da África Ocidental!!!

#CandombleEmTerrasYorubaNao

 

Fonte: Facebook

https://www.facebook.com/hashtag/candombleemterrasyorubanao

 

Prova documental:

 

Tradução e transcrição: Luiz L. Marins

https://uiclap.bio/luizlmarins

 

Fonte: Facebook

https://www.facebook.com/hashtag/candombleemterrasyorubanao

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

REZAS DO BATUQUE RS

Postagem de Devlynpoitevim e Alagbes da noite, compartilhado por Batuque Do Rio Grande do Sul.

"REZAS DO BATUQUE RS
Por Devlynpoitevim e Alagbes da noite

Em 09/02/2024


De uns tempos pra cá, você certamente tem escutado alguns axés que não soaram familiares em algum batuque. Porém, por falta de conhecimento ou por achar que se tratam de axés antigos que estão "resgatando", isso passou desapercebido.

De uma forma veloz, axés que não pertencem ao batuque vem sendo tocados nAs Ilês, reproduzidos nos telefones e cantados por todos... ou quase todos.

As perguntas que ficam são: TEMOS A NECESSIDADE DE TRAZER PARA O NOSSO CULTO AXÉS NÃO PERTENCENTES AO MESMO? Os axés que temos em nosso batuque já não são suficientemente belos? É necessidade ou simplesmente ego? É apenas querer ter um toque diferenciado? É apenas querer ser aquele Alagbê que canta o que a maioria não canta?

Aos poucos, nossos axés vão se perdendo no meio de tantas novidades e resgates de uma ancestralidade musical que não existe e nunca existiu dentro do BATUQUE.

Resgatem o que é nosso. Não precisamos usar axés de Candomblé, Tambor de Minas ou qualquer outra nação e forma de culto para sermos diferentes. Nossos axés são lindos (de Bará a Oxalá) e não precisamos da ajuda de cantigas de outro culto para deixarmos nossos batuques mais bonitos.

Seu ego de tamboreiro não pode transformar nosso culto em uma verdadeira salada de fruta musical.

Usem o que é nosso, toquem o que é nosso, divulguem BATUQUE e não CANDOMBLÉ!

Mostrem a verdadeira beleza do NOSSO culto sem precisar importar nada de nação alguma.
Créditos: Devlynpoitevim e Alagbes da noite."


Imagem comprobatória


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

FIOS DE CONTA NA MATRIZ IORUBA

Esta postagem na página do facebook, Obalotun Obatala Agbaye, em 07/02/24, publicou algumas fotos portando fios de contas tradicionais do povo de Obatala.

Estes fios de contas são muito semelhantes aos que tradicionalmente os Batuqueiros usam. 




Link - https://www.facebook.com/ObalotunObatalaAgbaye/posts/pfbid02zqoJw2WjMUgnGbCZosd3di3CQocukHQZ2u95j7MMBT9w7K37ry67HxXLqxbwEJMyl


Idem Obalesun, responsável pelo templo de Obatala em Ile-Ife:


Link - https://www.facebook.com/ObatalaAlabalase/photos/bc.AbqjZuVx6JbdKx5tUAhD_8fL_XIGMtz7xi_H2sSjJjnrkMUBsPcSw_dLkHHgH6fDWh96B7GHfjJbAbu0ghadViyVYwIFHMas7JaBWE1A3xPWbM3VFTR1yBKzDp_hgLJoejA/113336170033215/


O Batuque do RS, preservou muito mais da Matriz Ioruba, do que imaginávamos.


ANCESTRAL DIVINIZADO, O CONCEITO DE ANCESTRALIDADE, POR ALAN FONTES

Nesta postagem publicada na página pessoal do Alan Fontes, em 26/01/24, informa sobre o culto aos ancestrais.



 "Honrar nossa Ancestralidade, faz parte da fé e respeitar os Ancestrais, é respeitar nosso Axe, nossa raiz e força espiritual.

Por Alan Fontes
Posta em 26/01/2024


A vida não culmina com a morte e o processo divino entre Orixá e Egum garante a continuidade do nosso legado espiritual.

Nossa Ancestralidade é uma fonte sólida, firme e forte de sabedoria à qual agradecemos diariamente por seu legado e ensinamentos, bem como sua proteção e guarda espiritual.

Na nossa Nação Cabinda, a morte não é o fim da vida e é através do Bale que sacralizamos o processo divino da continuidade da vida.

Um Ancestrais bem tratado espiritualmente abençoa sua família religiosa, que continua com sua missão espiritual na terra, com vida longa, saúde, avanço, progresso material e espiritual.

Você não pode alcançar o estatuto de Ancestral divinizado se não tiver uma vida moralmente correta segundo os fundamentos e preceitos religiosos de sua nação.

Para ser consagrado como um Ancestral divinizado, deve ser considerado como um exemplo de referência na conduta religiosa, e dessa forma chegar à ascensão espiritual fortalecendo-se para doutrinar e evoluir espiritualmente para sua família.

O culto de Egum é a base da Nação Cabinda e se essa base não for fortalecida não conseguimos firmeza nos nossos rituais.

O Bale é o local sagrado onde tratamos o bom espírito daqueles que nos precederam, onde se reúne a força da nossa ancestralidade, que tem o poder de julgar nossas atitudes e pensamentos, já que Egum é onipresente, está em todo lugar, tudo vê e tudo Sabe, intervindo na nossa vida.

A conexão ancestral é fonte de sabedoria, identidade e pertença. O momento em que honramos nossos antepassados significa que reconhecemos a sabedoria que aqueles nos passaram.

A sabedoria transmitida de geração em geração nutre nossa essência, nos enche de vigor, nos traz a experiência de muitas vidas dedicadas a cultuar nossos Orixás com fundamentos, bons preceitos, responsabilidade, compromisso, dedicação, amor e fé.

Hoje comemoramos 3 anos do falecimento físico e passagem para o Orun de Pai Cleon de Oxalá Elefã (Igbae), Patriarca da nossa família e meu Padrinho do Ori, que o Senhor continue nos conduzindo com raízes fortes, firmes e sólidas, dando-nos a força necessária, raciocínio e sua sabedoria para enfrentar toda situação que se faz presente em nossa vida, nos conduzindo sempre pelo bom caminho com passos seguros para colher bons frutos.

Que sua Luz e força espiritual estejam sempre presentes em nossa vida, acompanhando nossa caminhada religiosa e abençoando nossa espiritualidade com avanço, progresso e boas conquistas.

Tenho certeza que pessoas boas nunca morrem, elas ficam encantadas, fazendo de nós um ser espiritual melhor.

"Quando não sabemos qual caminho seguir, devemos seguir a sabedoria dos Ancestrais. "

"A resposta certa sempre estará nos passos certos daqueles que nos precederam".

"Sempre atrás de um, estão os Ancestrais, nos dando força e guiando nossos passos.

A vida passou por eles, até chegar até nós e em honra deles viveremos dignamente. "

"Cada antepassado da nossa árvore, é um dom que está dentro de um para usar em favor da nossa vida. "

"Honrar nossos Ancestrais, é não esquecer nossas raízes para que a bênção do alto nos acompanhe em tudo que desejamos empreender".

 

Pai Alan de Oxalá
Dirigente espiritual
Ilê Africanista Reino de Oxala Yemanjá
Nação Cabinda"

Considerações

Alguns pontos ficaram em aberto, como:

1 - o "Ancestral divinizado", por que ele continuaria no igbale se ele foi divinizado.
2 - e como ocorreu esta divinização em apenas 3 anos ou menos.
3 - se haveriam mais ancestrais divinizados.

Link - https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=pfbid03ykBd7hat3UvQoF7oUuCDjtchvqqpv5HiGZiD5oamckfAtk4u4kbbLqAvSpCazACl&id=100009397305052 


Imagem documental



TIKTOK ERICK WOLFF