Por Erick Wolff de Oxalá
15/06/18
Em respeito ao Art. 5º da Constituição Federal de 1988, esta postagem não tem a intenção de censurar a liberdade de expressão, crença ou fé. Entretanto, usando do direito à liberdade de pensamento garantido pelo mesma Constituição, queremos registrar e comentar alguns vídeos sobre a religiosidade afro-gaúcha, da qual fui iniciado em 1982.
Neste vídeo, temos o show do grupo do percussionista e Tamboreiro Pingo, filho do mestre Borel, que ilustra e exemplifica os costumes e tradição do Batuque do RS, gravado pelo Tamboreiro Juliano Canedo:
15/06/18
Em respeito ao Art. 5º da Constituição Federal de 1988, esta postagem não tem a intenção de censurar a liberdade de expressão, crença ou fé. Entretanto, usando do direito à liberdade de pensamento garantido pelo mesma Constituição, queremos registrar e comentar alguns vídeos sobre a religiosidade afro-gaúcha, da qual fui iniciado em 1982.
Neste vídeo, temos o show do grupo do percussionista e Tamboreiro Pingo, filho do mestre Borel, que ilustra e exemplifica os costumes e tradição do Batuque do RS, gravado pelo Tamboreiro Juliano Canedo:
No último dia 13 de Junho, no Mercado Municipal de Porto Alegre, um marco religioso de expressão e manifestação sócio-religioso da tradição afro-brasileira do Rio Grande do Sul, de grande importância, adeptos e simpatizantes levam oferendas justamente no meio deste mercado, marco que se tornou tradição a homenagearem ao Orixá Bara, por ser o orixá Bara dono do mercado e dos negócios.
Ao seu redor encontraremos lojas e ruas, reunindo pessoas de diversas classes sociais sem distinção, sacerdotes de diversas religiões numa peregrinação ao redor do maior ojúbo (local de adoração coletiva) da tradição do Batuque, situado no Mercado municipal de Porto Alegre.
No próximo vídeo que veremos a seguir, é justamente um registro desta diversidade, que porta riqueza de detalhes dos diversos grupos.
O vídeo mostra uma representação de um grupo de teatro, portanto, não há nele nenhuma ocupação de orixá.
No entanto, desejo registrar aos meus filhos, amigos e leitores, que a forma que o orixá Bara fora retratado não representa o orixá na sua identidade nem mesmo forma de trajar tradicional do Batuque, pois orixás masculinos na tradição do Batuque não usam peças do vestuário feminino.
Pode ser que alguma família tenha adotado estes trajes, mas eles não são comuns entre os rituais e cerimônias nas quais haja ocupação. Não vestimos o orixá Bara desta forma.
O vídeo mostra uma representação de um grupo de teatro, portanto, não há nele nenhuma ocupação de orixá.
No entanto, desejo registrar aos meus filhos, amigos e leitores, que a forma que o orixá Bara fora retratado não representa o orixá na sua identidade nem mesmo forma de trajar tradicional do Batuque, pois orixás masculinos na tradição do Batuque não usam peças do vestuário feminino.
Pode ser que alguma família tenha adotado estes trajes, mas eles não são comuns entre os rituais e cerimônias nas quais haja ocupação. Não vestimos o orixá Bara desta forma.
Por isso, respeitando a diversidade e a liberdade de expressar a fé de cada um, este registro serve para a minha família religiosa tomar ciência que o orixá Bara, quando está ocupado, não usa saia, e pelo respeito ao tabu da ocupação não podemos filmar nem gravar vídeos do orixá no mundo, desta forma, por não existir fotos de como são as suas manifestações, vejo a necessidade de informar o que não faz parte da tradição. Outro ponto é que, quando o orixá está no mundo, ele retira joias, fios de contas, relógio, etc.
Origem da imagem: Jacy Santos: https://m.facebook.com/jacy.santos.3576
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