domingo, 16 de janeiro de 2022

XAPANÃ SAI ÀS RUAS DE OYO, PARA ABENÇOAR A TODOS

Postado por Paula Gomes

Em 16/01/2022



Xapanã sai às ruas de oyo, e caminho em direção ao palácio do Alaafin, para abençoar todos e o próprio Alaafin:




Oração para o Alaafin dentro do palácio por Jagun Obaluaye


Omi Ero preparada pelo Jagun Obaluaye para distribuir pela pessoa e casas para prevenção a doenças.










Fonte - https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke/photos/a.103343675341244/218328807176063

domingo, 9 de janeiro de 2022

ORIXÁ FALA E DANÇA QUANDO QUISER

Por Erick Wolff de Oxalá

Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul

09/01/2022

Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos e rituais de origem Ioruba sobre o Orixá e a tradição do Ilê Axé Nagô Kóbi, da religião Batuque do Rio Grande do Sul. 

Conforme este texto do site 
Orisa Brasil, o orixá fala e dança quando e como quiser, sem que seja imposto ou ensaiado: 

[...] Sango oo!

Se Orisa quiser falar ele falará! se ele quiser dançar ele dançará! porque ninguém manda no Orisa! Uma boa semana para todos nós.

Festival de Sango 2014 Nigéria [...]

 

Este vídeo completa o texto:


Observamos que na tradição do Batuque, os orixás depois de muitos anos de chegada, após alguns rituais, eles começam a falar, para se comunicar diretamente com as pessoas, se expressar ou cantar alguma orin quando necessário. 

O orixá falando é uma exclusividade do Batuque sendo que no Candomblé os orixás não falam em público, como os orixás do Batuque, caso façam, que já vi, cochicham no ouvido do sacerdote, ou algum mais velho da casa. Não confundam a saída do orixá no Candomblé onde ele dá o nome, com a fala do orixá no Batuque. 

Imagem comprobatória:


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

FESTIVAL DE OBALUAYE (XAPANÃ) EM OYO, 2022

Posta por Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó Èsìn Òrìsà Ìbílè 

Em 06/01/2022



O dia de hoje começa na cidade de Oyo, o Festival Obaluaye, de 6 a 16 de janeiro de 2022.



A estação seca traz um tipo de febre conhecida como Igbona, que Obaluaye a afasta da cidade e das comunidades.

Hoje Elegun Obaluaye saiu às ruas de Oyo para limpar e afastar o espírito da doença.









Asa Orisa Alaafin Oyo

Fonte - https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/videos/452469223195146

domingo, 2 de janeiro de 2022

OBATALÁ É O PAI DO TEMPO

Por Obafemi Origunwa

Postado em 01/01/2022





É tão apropriado que hoje pertença a Obatalá. Ele é o orisa da criação. E então, tudo o que é novo é uma reminiscência da atividade de Obatalá.

Ele é a divindade que começa uma jornada e nunca se atrasa, nunca volta e nunca para uma vez que é colocado em movimento.

Obatalá é como o próprio tempo nesse aspecto. Os segundos se transformam em minutos, que se transformam em horas, depois dias e anos. Porque ele trouxe os dias da semana, podemos até dizer que Obatalá é o pai do tempo.

Nós o louvamos como Baba Arugbo, o antigo porque é o mais velho de todos os orisa. Na verdade, ele é mais autenticamente conhecido como Orisanla, o Grande Orisa.

Hoje, oro para que Obatalá transforme este ano em um que seja caracterizado pela paz, criatividade e progresso. Àse!

Imagem Comprobatória 
Fonte - https://www.facebook.com/photo?fbid=10160054186896303&set=a.106059036302 

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

FELIZ 2022

Por Educa Yorùbá 
Postado em 31/12/2021 



E para o ano que breve estará chegando, 2022, desejamos sorte, prosperidade, resiliência, saúde e muito àṣẹ!

.
Que todos os òrìṣà abençoem suas famílias, seus trabalhos, estudos e planos vindouros!
.
Votos da Educa Yoruba e Olùkọ́ Vander a todos que há tanto nos seguem, assim como os mais recentes!
.
Ẹ kú = prefixo usado em saudações;
.
Ọdún = anos, comemoração, festividade. Nesse caso, usado no sentido de ano;
.
Titun = novo, recente, fresco;
.
Oò = expressão de reforço do que se disse anteriormente.
.
Ẹ kú ọdún titun = Feliz ano novo!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

28 CURIOSIDADES SOBRE O ENTERRO EM ÁFRICA YORÙBÁ:

Postado por Orisa Brasil 
Em 29/12/2021



Paula Gomes embaixadora cultural do Alaafin Òyó, acompanhou os ritos fúnebres de um dos maiores sacerdotes de área yoruba e trouxe algumas informações. Ela orienta que os muitos rituais são específicos do povo de Sàngó e que não pretende mudar a tradição de nenhuma família, ou modo como alguém faz.

"1. Caixões em área yoruba é algo novo e não tradicional, tradicionalmente os yoruba enterram diretamente na terra. Hoje algumas famílias tem utilizado o caixão afim de facilitar o transporte, no caso de elegun Sàngó koso, como fizeram um grande cortejo em toda a cidade, com muitas pessoas usaram um caixão para facilitar a locomoção.

2. Todo povo de Òrìsà é enterrado dentro de casa, não são enterrados em cemitérios.

3. Cemitérios não pertencem a cultura yoruba.

4. Os sacerdotes podem ser enterrados em qualquer lugar da casa, mas geralmente são enterrados nos quartos onde dormiam ... o povo de Òrìsà pode ser enterrado até mesmo nos corredores de suas casas.

5. Em um mesmo quarto pode ser enterrado mais de um membro da casa.

6. é comum que os filhos também saiam de casa para viver suas vidas, e assim terão suas próprias casas onde começarão a sepultar seus integrantes, por isso é difícil que falte espaço.

7. Para uma primeira cerimônia o sacerdote pode estar vestido com uma roupa tradicional yoruba, mas para seu enterro ritos serão feitos e será enrolado em pano branco, não são enterrados com sapatos ou fios de conta.

8. Muitos rituais são feitos, 1 dia, 3 dias 5 dias, 7 dia. O local onde será enterrado é preparado com folhas e outras coisas no 3 dia.

9. No final do 7 dia o quarto já poderá ser usado novamente pela família. Vão cobrir o local onde está enterrado abaixo do solo, e vão usar o cômodo normalmente, vão dormir ali, comer ali etc.

10. A cultura yoruba diz que os mais velhos têm que viver com a família. E que os mortos convivem com os vivos, se houver algum problema vão consultar o morto. Os ancestrais sempre vão proteger a família.

11. O yoruba tem como hábito separar um pouco da comida e jogar no chão isso é para alimentar os ancestrais e Òrìsà.

12. A família de Sàngó não enterra seus mortos sem fazer o idasa, a consulta do jogo de búzios na própria terra, e tem que ser feito com o próprio jogo de búzios do falecido. Durante este jogo não colocam a cabeça no chão, para reverenciar o oraculo.

13. A consulta do jogo de búzios realizada serve para a família, para saberem as mensagens e também para saber se algo mais é preciso fazer para o morto.

14. No 7 dia do enterro, o Òrìsà do sacerdote é lavado e levado até a sepultura. No Sàngó da casa já está aglutinado Sàngó de outros familiares. Eles cultuarão Sàngó com o morto.

15. O (igba/ojubo) do Òrìsà do morto não será enterrado, quebrado ou despachado. Após a cerimonia, o igba/ojubo retorna para seu próprio local. Ele não fica junto com o morto. Nunca se enterra o Òrìsà da pessoa que morreu em área yoruba, o Òrìsà é colocado junto com Sàngó da casa, e será cultuado .. e se ninguém cultuar ficara guardado, mas nunca será abandonado.

16. Oka é também um nome para amalá em Òyó e é feito com farinha de inhame seca, cozida. No sétimo dia do enterro é dado para Sàngó e também ao morto.

17. Quem faz o ritual são os sacerdotes do Òrìsà no qual o morto é iniciado, não é feito por sacerdotes de Egungun.

18. Se a família tem egungun ele poderá visitar a sepultura.
Também se o sacerdote é muito conhecido é possível que várias famílias de orisa, egungun etc façam homenagens.

19. Todos os filhos carnais e iniciados pelo sacerdote de Sàngó que morreu, precisaram passar por rituais, tiveram que raspar a cabeça e pinta-la entre outros.

20. É tabu de um devoto de Sàngó raspar a cabeça após a iniciação de Sàngó, mas existem duas situações que os iniciados precisam raspar a cabeça. Quando o sacerdote morre e quando a própria pessoa morrer.

21. O adosu não é tirado da cabeça do iniciado, mesmo que ele tenha raspado a cabeça com a morte do sacerdote dele.

22. o adosu de Sàngó só é tirado quando a pessoa morre, então é comum que achem uma outra pessoa para iniciar dentro da família, se não houver ninguém da família para iniciar então fazem um outro ritual.

23. Ela orienta que não conhece Oya igbale e que não há relação nenhuma com Oya levar os mortos para o Orun. Os mortos se juntam aos antepassados.

24. Egun ( os ossos) tem grande importância para as famílias, por isso mantem dentro de casa.

25. Durante o ano eles poderão cultuar o falecido, os yoruba tem um jeito de chamar o morto nos cantos da parede dos quartos onde esta enterrado. Não precisam chamar egungun para falar com os antepassados, eles tem o próprio jeito de chamar o falecido.

26. As esposas do sacerdote que faleceu, ficam em casa durante 3 meses e rituais serão feitos para elas.

27. O falecido continuará a ser consultado para saber se precisa de alguma coisa e para ajudar sua comunidade.

28. Sàngó não tem problema com egungun . famílias de Sàngó podem ter egungun.

Texto: Yemojagbemi Arike - fonte: minha tradição da cidade de Oyo - via Paula Gomes Aduke https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke

Fonte - https://www.facebook.com/orisabrasil/photos/a.900307813419420/4648057815311049/

TIKTOK ERICK WOLFF

https://www.tiktok.com/@erickwolff8?is_from_webapp=1&sender_device=pc