Esta postagem foi publicada no perfil do Ilê Asé Igbomina, para que seja registrado informações da diáspora Afro-Argentina para eventuais pesquisas e estudos.
Postado em 19/10/2022, acessado em 21/10/2022 às 11:13
Esta foto repredenta al antiguo batuque auna de las 2 familia unida x en mismo hombre
O Pai Antoninho de Ọ̀ṣun traz la muerte de las 2 Princesas Africana Iya Bitá de Ògún Ìpólé del linagen Dahomey tribu Àdjà Mínò ( los jeje Ìjẹ̀sà ) y tras la muerte se la princesa Emilia de Oyá ọkàra Ladjá ) toma control del Linagem Ìgbómìnà
Apadrinando a la tia abuela Alice de Ọ̀ṣun
Mínà Ìjẹ̀sà y Ìgbómìnà Ọ̀yọ́ 2 familia compartiendo amistades , asé y tradiciones
Esta foto repredenta o antigo batuque a uma das 2 família unida x no mesmo homem
O Pai Antoninho de Ọ̀ṣun traz a morte das 2 Princesas Africana Iya Bitá de Ògún Ìpólé da linagen Dahomey tribo Àdjà Mínò (os hehe Ìj ẹ̀sà ) e após a morte se a princesa Emilia de Oyá ọkàra Ladjá ) toma o controle da Linagem Ìgbóm ìnà
Apadrinhando a tia avó Alice de Ọ̀ṣun
Mínà Ìj ẹ̀sà e Ìgbóm ìnà Ọ̀y ọ́ 2 família partilhando amizades, asé e tradições
Ilê Asé Igbomina Como o documento cita, era uma mulher "preta". Talvez o seu comentário tenha sido no sentido de questionar a verossimilhança da informação que revelei pelo fato do sobrenome referido ser de origem alemã/teuta. Mas basta ser estudioso das experiências de escravização e liberdade no Brasil para saber que muitos ex-escravizados, ao obterem a liberdade, incorporavam ao seu nome o sobrenome de seus antigos senhores escravistas, ou mesmo o sobrenome dos seus novos patrões. Era uma forma de se inserir na sociedade a partir de uma referência, deixando de ser "um zé ninguém" como poderiam preconceituosamente serem tratados. Caso queiras saber mais sobre a história da escravidão nas áreas de colonização alemã no Rio Grande do Sul posso te indicar uns trabalhos, entre eles minha dissertação de mestrado (já publicada em livro) que se encontra disponível gratuitamente no link a seguir: https://www.academia.edu/71522457/De_Manoel_Congo_a_Manoel_de_Paula_a_trajet%C3%B3ria_de_um_africano_ladino_em_terras_meridionais?fbclid=IwAR1vMdg2K4Op_66JQnkM69dU0N38iqoNrjccQmq8xt0IRvovQ-1m3dghhYE
Postado por Eduardo de Oya Em 14/10/2022 acessado às 20:23h
"Mãe Chininha de oxalá, minha avó de santo, mãe de santo de mãe Vera de Osanha. Mãe chininha nação oyo, filha de santo de Antoninho da oxum, baluarte da nação oyo. Mãe chininha foi irmã de mãe moça de oxum, a quem ouvindo as histórias que minha mãe contava sobre elas que seus orixás comiam juntos, pelo que soube ela com 7 grãos de milho tinha respostas do pai bará, muitas vezes no mesmo dia, com uma canjica branco curava e amenizava a vida de muitos que estavam sofrendo. Gostava de fumar cachimbo, e lavava roupa pra fora, foi uma grande yalorixa, e foi casada alguns anos com famoso Pai máximo de odé. Esses pequenos relatos me foram passado por mãe vera( im memória) e Pai sarinha de xango que ainda está conosco, Descendentes da nação oyo."
Link - https://www.facebook.com/photo/?fbid=3730728293820490&set=a.1673071422919531
A Dra.Paula Gomes fala sobre o conceito dos descendentes não fazerem parte culto da ancestralidade.
Luiz L. Marins
Há alguma forma de culto aos filhos mortos, sejam eles iniciados em orisa, ou não?
Se um filho morre, pode ser cultuado no igbale, como se ancestral fosse?
Paula Gomes
Não, pois é jovem
Luiz L. Marins
Não há então nenhuma forma de culto aos jovens falecidos.
Paula Gomes
Não, nem pensar.
Luiz L. Marins
Pois estão a fazer isto no batuque, e pior, com ossos de terceiros pegos nos cemitérios.
Paula Gomes
Isso não existe aqui, muito menos com ossos dos outros.
Sobre Paula Gomes Cristina
Embaixadora da Cultura do Aláààfin de Òyó, uma pessoa de confiança entre os Yorùbá, que apoia a preservação do antigo patrimônio cultural e tangível e intangível dos Yorùbá, Unida com o Aláààfin de Òyó, Oba (DR.) Olayiwola Adeyemi III, JP., CFR., LLD para preservar o património Òyó. A Fundação tem a sua sede em ÒyóAláààfin Palace, Òyó, estado de Òyó, na Nigéria.
Postado por Olùkó Vander Em https://educayoruba.com/iyawo-a-origem-da-palavra-e-seu-real-significado/ acessado em 10/10/2022 às 08:10h
Ìyáwó é o segundo grande centro das atenções do Candomblé, só perdendo para o òrìṣà. Mas a grande roda do Candomblé gira em torno dessa figura tão importante para a religião, sua iniciação e as chamadas obrigações de ano. Antes do ìyáwó, há o abíyàn, e todos um dia foram um abíyàn.
Toda ìyálórìṣà ou bàbálórìṣà, palavra que designa a pessoa que possui conhecimento para manipular as energias do òrìṣà, são em algum estágio de sua vida religiosa um ìyáwó, pois é neste período que ele adquire os conhecimentos mais básicos do culto. Até mesmo, pode-se dizer que uma pessoa sempre será ìyáwó diante de uma pessoa mais velha. Bem, são as guerras de Ego dentro da religião.
A palavra significa esposa, essa é uma verdade já bem comum, mas há duas origens para o uso dela: Uma está atrelada à formação do candomblé no Brasil; outra se dá pelo corpus literário de Ọ̀rúnmìlà-Ifá, um culto à parte e com suas raízes bem fincadas na Nigéria e Benin.
Ìyáwó no Candomblé
A palavra foi usada pela origem da religião ter se dado inicialmente por mulheres, era um culto matriarcal. Esta origem podemos ver claramente em muitos pontos, como vestimentas (Gèlè – pano de cabeça, Aṣọ oke – pano da costa) e acessórios litúrgicos (Ààjà – sineta).
Ìyáwó – A Origem da Palavra e Seu Real Significado
Ìyáwó é o segundo grande centro das atenções do Candomblé, só perdendo para o òrìṣà. Mas a grande roda do Candomblé gira em torno dessa figura tão importante para a religião, sua iniciação e as chamadas obrigações de ano. Antes do ìyáwó, há o abíyàn, e todos um dia foram um abíyàn.
A palavra significa esposa, essa é uma verdade já bem comum, mas há duas origens para o uso dela: Uma está atrelada à formação do candomblé no Brasil; outra se dá pelo corpus literário de Ọ̀rúnmìlà-Ifá, um culto à parte e com suas raízes bem fincadas na Nigéria e Benin.
Ìyáwó no Candomblé
A palavra foi usada pela origem da religião ter se dado inicialmente por mulheres, era um culto matriarcal. Esta origem podemos ver claramente em muitos pontos, como vestimentas (Gèlè – pano de cabeça, Aṣọ oke – pano da costa) e acessórios litúrgicos (Ààjà – sineta).
No início, não havia manifestação pública masculina de òrìṣà, somente as mulheres que incorporavam esta energia divinizada da natureza. Aos homens cabiam a parte mais bruta dos terreiros, o ilé òrìṣà, a Pequena África, como também era conhecido. E sempre havia, como há, muito trabalho para todos em uma casa de òrìṣà!
Nisso, a mulher ao se iniciar, firmava um compromisso com as divindades, um casamento, com elas figurando como as esposas (Àwọn ìyáwó – àwọn é o formador de plural no idioma Yorùbá). E um tempo antigo, a dedicação era bem maior do que hoje, a abnegação da vida profana era enorme, com algumas simplesmente morando nos terreiros e se quer casando.
Mas, com o passar dos tempos, os homens passaram também a serem iniciados da mesma forma que as mulheres e suas saídas serem públicas, mas o termo continuou:Ìyáwó.Porém, agora com o sentido de iniciado ao òrìṣà, conotativamente. Tornou-se uma palavra sem gênero definido, podendo tanto ser usado para a pessoa do sexo masculino, quanto para a pessoa do sexo feminino.
A palavra foi usada por causa deste sentido de compromisso que as mulheres tinham com o òrìṣà. No entanto, há muitas outras palavras em Yorùbá que podem ser usadas para definir um iniciado, alguns cultos possuem palavras próprias:
Ọmọòrìṣà = filho de òrìṣà;
Ẹlẹ́gùn = aquele que é possuído por energias (Não é aquele que é montado por espírito!!);
Ẹlẹ́sìn = devoto, religioso (Oní + èsin/ Aquele que possui + religião, culto);
Abòrìṣà = cultuador de òrìṣà, aquele que cultua òrìṣà.
E muitos outros, mas usando qualquer um desses, torna-se facilmente compreendido que estamos falando de uma pessoa iniciada ao culto de òrìṣà.
Ìyáwó – Segundo o Corpus Literário de Ifá
Qualquer dicionário decente de idioma Yorùbá irá traduzir a palavra ìyáwó como esposa, disso não tenho sombra de dúvidas. Mas qual a origem desta palavra? Todos sabem que sou fã de etimologia das palavras, elas nos guiam para caminhos mais seguros quanto às traduções. Nunca engoli ìyáwó sendo – mãe do segredo.
Segredo em Yorùbá é awo, sem acentuação indicando tom alto ao final. Só isso já denuncia, assim quando falam que òrìṣà significa guardião da cabeça (Orí é cabeça e não òrì!!).
No corpus literário de Ifá, encontramos as explicações de tudo que nos rodeia, a origem de muitas coisas. Ele é a enciclopédia do povo Yorùbá e seu registro se deu todo de forma oral. Cada odù, ou filhos, omo odù, conta uma história, um ìtàn em seu ẹ̀sẹ̀, poemas divinatórios de Ọ̀rúnmìlà. Lá encontramos a origem da palavra ìyáwó, no odù Ogbè – Sùúrù!
Conta o mito que: Uma bela princesa, filha do Ọba de Ìwó, estava disponível para o casamento. Ela era imensamente bela. Nenhum homem comum poderia desposá-la, apenas um homem com enorme qualificação e que ela mesma escolhesse. Mas a princesa também não estava tão disposta a casar, iria fazer de tudo para afugentar seus pretendentes.
Ògún, Ọ̀sányìn e Ọ̀rúnmìlà souberam da fama e da beleza da princesa, logo se colocaram prontos para a missão. Ògún foi o primeiro a se arriscar na tarefa e após constatar a exuberante beleza da mulher, usou toda sua determinação para conquistá-la.
A princesa, ardilosa, exigiu como acordo para o casamento, que ele ficasse na casa do pai dela e lhe contasse seus àwọn èèwọ̀ (interditos, tabus). Embebecido com a beleza da mulher, Ògún contou que era àdín e ver sangue menstrual – àṣẹ́. Passado um tempo, a princesa preparou um prato com àdín para Ògún e sentou-se ao seu lado sem conter seu sangue menstrual.
Ògún ao saborear a comida, sentiu o gosto do àdín, assustou-se. A princesa se levantou e ele viu o ẹ̀jẹ̀ no assento. Ele enfureceu-se e atacou a princesa que correu para os aposentos do pai. Este, com seu poder, transformou Ògún em um malho para ferreiros. E assim Ògún fracassou. Ele havia deixado de fazer os sacrifícios indicados pelo bàbaláwo.
Ọ̀sányìn caiu na mesma armadilha e quando tudo ocorreu conforme havia ocorrido com Ògún, o rei o transformou em um pote de água, quando a princesa correu para seus aposentos pedindo socorro.
Ọ̀rúnmìlà foi instruído a fazer sacrifício antes de ir: um Òbúkọ para Èṣù e a ter muita paciência (Sùúrù), de nada reclamar ou se exaltar. Assim ele fez e seguiu em busca dos irmãos e para desposar a princesa.
Ele disse à princesa que seus interditos eram:èkútè,ẹjá,ewurẹ́,adìẹ, bucho de cabra eàṣẹ́(sangue menstrual), quando havia perguntado. Somente oàṣẹ́é seu interdito, todos os outros são comidas favoritas de
Ọ̀rúnmìlà. E assim, começou a princesa de Ìwó maquinar contraỌ̀rúnmìlà.
Usando as desculpas de que não havia comida em casa, dia pós dia, ela foi oferecendo todas as comidas que ela pensava serem àwọn èèwọ̀ deỌ̀rúnmìlà e ele, mostrando-se calmo e compreensivo, dizia que por amor ele iria comer aquilo que ela oferecia. Ela nada entendia, pois o candidato não perdia a cabeça. Então, ela usou sua última arma: o sangue menstrual.
Mas, apesar de por dentro enfurecido, Ọ̀rúnmìlà recordou-se do conselho de Ifá e surpreendeu a princesa indo lavar as roupas dela sujas de sangue, assim como a almofada onde ela se encontrava. Ela ficou confusa e recorreu a algo ainda mais provocador, pois não conseguira tirar Ọ̀rúnmìlà de seu centro: arrumou um amante para se deitar perante a presença dele!
Havia chegado a hora, é dito que a Testemunha do Destino leva até 3 anos para se enfurecer e quando isso ocorre, faz uso das forças mais poderosas para se vingar e era agora. Ọ̀rúnmìlà foi buscar água para que o amante da da noiva se banhar pois já ia embora; invocou Èṣù fora da cidade quando o homem já ia embora e Èṣù deu uma cabeçada forte nele, nisso, Ọ̀rúnmìlà apontou seu ìrúkẹ̀rẹ̀ para o azarado que o transformou em ìgbín. O paciente noivo quebrou o ìgbín e com seu líquido, ẹ̀jẹ̀ funfun, lavou a mulher, purificando seu corpo dos atos tido com o amante.
Atônita, a princesa contou ao pai os atos de bravura, paciência e sabedoria de Ọ̀rúnmìlà, escolhendo-o como seu marido para sempre. O Oba de Iwó concedeu a mão da filha e após ela ficar grávida, ele retornou para casa com a esposa. Após toda a aflição passada na casa de Iwó, Ọ̀rúnmìlà conseguiu sua bela esposa e daí o nome: Ìyáwó = ìyà = aflição, ní = em, no, na, ilé = casa, habitação, Ìwó = cidade onde a princesa morava, fica em Ìbàdàn.
Ìyà + ní + ilé + Ìwó = ìyáwó (Note como ìyà perde a acentuação indicativa de entonação baixa para ní e ilé, com o “a” de ìyáwó ganhando entonação e acentuação alta).
Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos de Orí e Òrìsà.
Analisaremos p pensamento de que o Borí seria feito para ligar o indivíduo ao Òrìsà (convidando-o a comer junto com o Orí).
Apresentaremos alguns versos de Iyemoja, do erindilogun, ao qual Iyemoja faz oferendas para o Orí dela cujo o rito nenhum orixá é "convidado". Veremos a seguir:
[...] Um ese do odù ògúndá, recitado pelo Bàbálórìsà Salako de Òyó, coletado e publicado por Bascom (1993, pg. 451), mostra que Iyemoja cultuou seu Orí para conseguir ter filhos.
Resumo:
“Iyemoja consultou o oráculo porque não tinha filhos. Foi dito a ela que ela deveria fazer uma oferenda para seu Orí. Ela seguiu a receita do oráculo, e ofereceu tudo para seu Orí. Depois que ela fiz isso, ela passou a gerar muitos filhos, inclusive, Dàda, Sàngó e Egúngún.”
Ògúndá (O terceiro signo do jogo de búzios.)
Iyemoja faz ebo a Orí para ter filhos
1. Quando sacrificamos ìgbín (caracol)
2. Nós não encontramos épón (vermelhão)
3. Odeògòngò (larvas da palmeira) precisam ter sempre omi
4. Jogo para Iyemoja Omígbadé Àdùfé
5. Filha de Aje'gòngò
6. Iyemoja disse:
7. “O que posso fazer para ter muitos filhos?”
8. Eles disseram que ela deveria fazer uma oferenda
9. O que ela deveria oferecer?
10. 26.000 búzios
11. 1 aso funfun (pano branco)
12. Omi tútù (água fria)
13. 16 ìgbín (caracóis)
14. 16 ògòngò
15. Eles disseram que ela deveria oferecer tudo para seu Orí
16. Ela deveria que ela deveria pegar um pote de omi tútù (água fria)
17. Colocar os dezesseis ògòngò e os dezesseis ìgbín, dentro
18. E beber dessa água todos os dias
19. Iyemoja ouviu, ela fez o sacrifício.
20. Depois que ela fez as oferendas
21. Ela começou a ter filhos,
22. E seus filhos foram numerosos
23. Ela deu nascimento a Dàda
24. Ela deu nascimento a Sàngó
25. Ela deu nascimento a Egúngún
26. Ela estava louvando os awo
27. E os awo estavam louvando Òrìsà
28. Eles estavam cantando:
29. “A pà'gbín”
30. “Nwon ò k'épón”
31. “Nós sacrificamos ìgbín (caracol)”
32. “Não encontramos épón (vermelhão)”
33. Jogo para Iyemoja Omígbadé Àdùfé
34. Filha de Aje'gòngò
35. Òrìsà diz: ire omo!
36. Òrìsà diz assim.
[...]
Considerações finais
O Orí que Iyemoja alimentou é metafísico, nele possuía possibilidades que não conseguia alcançar.
E não "convidou" nenhum Òrìsà para comer no ebo que deu para Orí.
Nestes versos notamos que até Iyemojapossui Orí e o alimenta para realizar seus desejos.
MARINS, Luiz L., ORÍ NÌKÀN: O CULTO DE ORÍ COMO
ÒRÌSÀ INDIVIDUAL, REVISTA OLORUN 88 – dez. 2021 / jan. 2022.