Por Erick Wolff de Oxalá
REVISADO E AUMENTADO EM 19/11/2020
BUSCAR A NOSSA ORIGEM
Os nossos ancestrais afro religiosos, vieram de algum lugar da África, desta forma cabe a nós buscar esta herança cultural e religiosa, e que seja feita na sua origem. Ou seja, a nossa referencia será a matriz Africana.
Realinhar com a origem religiosa, não é mudar iniciações, feituras ou o que cultua, mas poder rever e realinhar com o que os nossos antigos praticavam, e que possivelmente com o passar dos tempos foi gradativamente mudando.
Como cita o Pai Chiquinho do Oxalá, sobre mudanças que o Batuque sofreu com o passar dos anos;
Mãe Santinha do Ogum fala que iniciou no orixá, a mãe de santo dela, foi a cada ano dando um orixá.
SOBRE AS DIVINDADES CULTUADAS
NO BATUQUE DO RS.
A origem das divindades cultuadas no Batuque do RS, mesmo que a iniciação tenha se feito aqui na diáspora, a sua origem será sempre divindades cultuadas entre os povos ioruba.
O Orixá irá se comunicar no nosso idioma, se assim ele desejar, pois, na necessidade dele se comunicar, o fará da forma mais clara.
CANTIGAS DO BATUQUE
Sabemos que em determinado momento, alguns antigos, resolveram mudar as orin (cantigas), supostamente para facilitar cantar, esta mudança foi feita sem qualquer estudo cientifico, causando assim um dilaceração idiomática sem precedentes. Por isso, a necessidade de aprendermos o idioma, e rever o que cantamos, para cantar adequadamente cantigas aos orixás.
Assim o alagbe e babalorixá Antonio Carlos de xangô, informa que quando ele era pequeno o babalorixá dele assentou um Bara o orixá dele e a passagem, para que ele pudesse tocar. E ainda no mesmo vídeo, informa que em determinado momento começaram a mudar as letras das cantigas, para facilitar a forma de cantar, por que tinham dificuldade com o idioma, e sem estudo, criando um idioma afro-brasileiro, com um vocabulário próprio. Veja a seguir;
Transcrição da fala do Onilu Antonio Carlos.
[...] A língua que nós falamos, é uma língua afro-brasileira.... entendeu?... por que um exemplo que eu vou dar... (cantando)... antigamente era diferente.... (cantando)... então as pessoas de hoje teria uma dificuldade para desenvolver na língua... entendeu?.... então o qui que aconteceu nesse.... facilitaram mais... entendeu?... não tão afro puro [...]
FUNDAMENTOS E INICIAÇÕES
Os fundamentos não mudam, mas podemos melhorar o que fazemos, para possibilitar uma comunicação adequada com os orixá.
Rever os conceitos de Bori e Ori, para que através disso possamos voltar a praticar o culto ao Ori, conforme algumas famílias ainda preservam o que os nossos ancestrais ensinaram.
ATUALIZAR E REALINHAR
SUGESTÕES
Estudar o idioma para cantar adequadamente e saber o que canta.
Aprimorar o conhecimento sobre folhas, para manusear o poder destas ervas, conforme as suas propriedades.
Estudar sobre a divindades, para conhecer a sua cultura.
E ao olhar para o Batuque, devemos visualizar a sua origem, não nos prendermos no atual momento, pois este é o resultado, não a origem.
SABER O QUE CULTUAMOS PARA SABER QUEM
SOMOS.
desculpe baba a curiosidade,mais como citou acima,o baba antonio carlos nao fez de bara a oxala antes para poder jogar buzios,o que hoje se dizem obrigatorio ao menos assentar oxala de orumilaia,isso ocorre com frequência?outra curiosidade como seria esse manuseio de ervas na nação,pois o que mais se vê é corte e frentes,como seria conhecimento com as ervas,seria através de banhos ou bate folha como se faz na umbanda?desculpe a ignorancia. desde ja agradeço
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ExcluirSaudações amigo, o Bàbá Antônio Carlos sentou o Bara, Xango e Oya para poder tocar tambor, não tenho a informação de quantos orisa ele teve que sentar para ter um jogo.
ResponderExcluirNo entanto no site Xango Sol temos relato que o baba Manoelzinho de Xapana tinha um Bara e um Bori para poder jogar, que conforme o costume antigo, faziam assim, somente depois de muitos anos assentavam aos poucos os orisa.
Colher ervas, selecionar entre quente ou fria, macho ou fêmea, saber as propriedades e magias que cada uma carrega para manusear e tratamentos.
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