sexta-feira, 6 de maio de 2022

TAMBORES FALANTES

Postado por Orisa Brasil 

Em 29/04/2019 acessado em 06/05/2022 às 10:16 



Conheça Aralola Olamuyiwa, mais conhecida como ARA ( Raio)


A Nigeriana Yoruba de Ondo, que fez do Ilu ( tambor) "TAMBORES FALANTES " um sucesso internacional.

Ela já se apresentou para a Rainha da Inglaterra, ex-Presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton e ex-Presidente Olusegun Obasanjo, o partido dos prefeitos na América, Evander Holyfield, WESLEY SNIPES na Broadway executives amongst entre outros notáveis.

Na terra ioruba, o tambor falante é uma percussão na qual as pessoas podem dançar ritmicamente, mas não é só isso. A Sua majestade Alaafin Oyo em entrevista ao jornal Daily Sun diz que “O tambor falante é uma importante avaliação cultural do povo Yoruba e foi dado o salto e o pioneirismo dos Oyo Yoruba. Quando as pessoas ouvem falar do tambor falante, elas acreditam que é apenas um instrumento a ser tocado para as pessoas dançarem, mas não é assim, podemos usá-lo como um meio de transmitir mensagens. Pode-se transmitir mensagens em diversas formas, pode-se transmitir mensagens em uma distância longa ou curta, dependendo da situação. "

ARA, está levando mesmo a sua mensagem ao mundo, com tambores nas mãos, e fazendo sucesso dentro e fora de terra yoruba, em 2016 gravou seu primeiro album chamado ARA DE.

Aralola, 2 anos atrás ainda revelou ter sofrido violência domestica, e também foi vitima da exploração de uma gravadora.

As lutas de Ara, ainda são maiores recentemente foi noticiada pois em visita as autoridades de transporte de Lagos - Nigéria defendeu a necessidade de prioridade para deficientes, idosos, gestantes e mulheres com bebês para todos países.

ARA é mesmo um raio! um trovão! uma força da natureza!

Se quiser ver mais :




Fonte - https://www.facebook.com/orisabrasil/photos/a.900307813419420/2160487777401411/

segunda-feira, 2 de maio de 2022

FALA DO PROFESSOR ROBERTO MOTTA


Roberto Motta, Professor antropólogo doutor da UFPE, apresentação do livro de Anilson Lins, Xangô de Pernambuco, Editora Pallas, 2006. Escreve:

[…] O primeiro destes méritos é a fidelidade ao vivido. Ao vivido, quero dizer, àquilo que as pessoas fazem, à sua realidade material e cotidiana, em contraposição ao que vem infelizmente sendo tão comum na produção antropológica, isto é, a atitude diametralmente oposta que consiste em confinar-se o antropólogo a uma espécie de gueto, em que os pesquisadores – se ainda pesquisadores – tratam seus próprios modelos ou daquilo que querem impor à realidade. 

 Deixam de ser cientistas e abandonam-se a elucubrações, não a respeito do que as coisas são, mas sobre como deveriam ser para corresponderem às utopias de que se fazem muitas vezes representantes. Utopias que envolvem uma tentativa de domínio, uma reivindicação de poder. 

 Em nome do relativismo cultural e da igualdade entre os povos, antropólogos, sociólogos e assemelhados, estão é ferozmente tratando de impor à realidade o único modelo de história que consideram válido, com origens no ideário do período que tenho chamado período intramural […].

domingo, 1 de maio de 2022

COMO O PRÓXIMO ALAAFIN SAIRÁ ...

Por:

Rtd 

Arcebispo Ayo Ladigbolu

01/05/2022

 

Desde o falecimento de Oba Lamidi Adeyemi, o ex-Alaafin de Oyo, surgiram torrentes de especulações sobre o surgimento de seu sucessor e os critérios para a seleção.

Adeyemi sucedeu Alaafin Gbadegesin Ladigbolu em 1970 e, [mesmo] após 52 anos no trono, a civilização influenciou muito a tradição e a cultura da cidade antiga.

Também houve uma mudança no número de Oyomesi – os chefes proeminentes do palácio que são conhecidos como “os fazedores de reis”.

Mas apesar dessas mudanças, a declaração de chefia existente ainda serve como guia para a seleção dos reis de Oyo.

 

AS DUAS CASAS REGENTES

A declaração afirma que existem duas casas reais em Oyo - Alowolodu e Agunloye. As duas famílias devem se revezar na ascensão ao trono.

O falecido Alaafin era da família real Alowolodu, então agora é a vez da família Agunloye.

A família Agunloye também é conhecida como 'Ladigbolu' ou 'Gbadegesin' em alguns bairros

 

ALGUMA DIFERENÇA ENTRE LADIGBOLU E GBADEGESIN?

Após a morte de Oba Adeyemi, começou um debate sobre qual família apresentará o próximo rei entre Ladigbolu e Gbadegesin.

Esclarecendo a confusão sobre os nomes, Ayo Ladigbolu, arcebispo aposentado da Igreja Metodista e ancião proeminente da família Ladigbolu, disse que eles são uma família sob a casa real de Agunloye.

“O falecido Alaafin Gbadegesin era filho de Alaafin Ladigbolu. O título completo era Oba Belo Gbadegesin Ladigbolu, The Second. O pai foi o primeiro e o próximo da família será o terceiro”, disse ele:

 

COMO O SUCESSOR É NOMEADO?

Com base na declaração de chefia, a casa governante que deve produzir o próximo rei, neste caso, a casa Agunloye, nomeará candidatos em uma reunião que será convocada pelo chefe da família.

O candidato ou candidatos serão então apresentados a Baba Iyaji, um príncipe titulado de Oyo, que posteriormente submeterá os nomes ao Basorun, chefe dos Oyomesi.

O Basorun então convocará uma reunião dos “fazedores de reis” e apresentará a lista a eles.

Explicando ainda mais, Ladigbolu disse que o candidato aceitável para a maioria dos fazedores de reis será posteriormente proclamado o próximo Alaafin.

 

QUEM SÃO OS REALIZADORES?

Ladigbolu disse ao The Cable que, além da declaração do governo que orienta a seleção de Alaafin de Oyo, os Oyomesi (criadores de reis) terão a palavra final.

Embora sete reis já tenham sido reconhecidos, o número diminuiu com a anulação de um deles.

“Existem sete fazedores de reis de acordo com a declaração. Eles são Basorun, Asipa, Agabaakin, Alapinni, Lagunna, Shamu e Akiniku”, Mas Asipa não existe mais, então restam apenas seis fabricantes de reis. ”, disse Ladigbolu.

 

APENAS O HOMEM PODE SER PROPOSTO

De acordo com Ladigbolu, as mulheres estão isentas de serem consideradas para o trono de Alaafin de Oyo:

“A chefia de Oyo tem uma declaração oficial. Foi feito sob a seção quatro, subseção dois da lei dos chefes cap 19 da lei consuetudinária que regulamenta a seleção da chefia de Alaafin de Oyo. A pessoa que pode ser proposta como candidata deve ser apenas através da linha masculina. ”

 

SEM PRAZO ESPECÍFICO

Não há um prazo específico para a seleção do próximo rei de Oyo porque tudo depende de quem comanda o processo, diz Ladigbolu.

Embora a família tenha 14 dias para realizar uma reunião e enviar uma lista a Baba Iyaji, se a lista contiver mais de um nome, o processo levará mais tempo.

“Os fazedores de reis podem ter que entrevistar os indivíduos apresentados antes de tomar uma decisão. A seleção de Oba Lamidi Adeyemi levou um pouco mais de tempo por causa da atmosfera política da época.

“Houve muita tensão e litígios, por isso não foi um processo tranquilo.

“Oramos para que desta vez não haja um atraso, assim como Seyi Makinde, o governador do estado, apelou aos fazedores de reis que sejam rápidos no processo”, disse ele.


MUITO CEDO PARA CONHECER

A família Agunloye (Ladigbolu/Gbadegesin) já tem candidatos preferidos para os reis? Ladigbolu disse que é muito cedo para começar as considerações.

Ele disse que será irresponsável iniciar o processo quando a cidade ainda está de luto pela passagem de Alaafin Adeyemi.

“Sou da família governante Agunloye, mas é muito cedo para nos encontrarmos. Este é um período de luto porque acabamos de perder um rei. Estou ocupado desde que Alaafin morreu e continuará até depois do oitavo dia”, disse o clérigo aposentado.

 

ASSUNTO DE TODOS OS COMERCIANTES

Ao selecionar o próximo Alaafin, a lei não especifica idade, formação educacional, conhecimento da tradição e cultura de Oyo ou riqueza pessoal, como critérios.

Todos os machos do Agunloye estão qualificados para se apresentar e significar sua intenção de se tornar o próximo Alaafin.

 

O PRÓXIMO REI USARÁ O PALÁCIO DO ALAAFIN FALECIDO?

Segundo Ladigbolu, o atual palácio não era propriedade do falecido rei. Ele disse que é a sede tradicional do trono real de Oyo e todos os reis reinam de lá, exceto quando está sobre renovação ou reconstrução.

“Alaafin significa o dono do PALÁCIO. Oranyan foi o primeiro proprietário. O Palácio é onde o Rei reside”, disse ele.

 

Créditos a Oladele Adekola



Publicado por ASA ORISA ALAAFIN OYO, no Facebook, em 01/05/2022

https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/posts/1474983349626774


Transcrição, tradução e adaptação: Luiz L. Marins

https://luizlmarins.wordpress.com

FONTES DE PESQUISA E CONFLITO DE INFORMAÇÕES.

Por Erick Wolff de Oxalá

Postado em 01/05/2022

Este artigo tem a finalidade de apresentar informações de fontes primarias e mostrar que com o tempo os informantes mudam de opinião gerando conflito entre os dados e as informações.

Tal situação de conflito é diferente de uma atualização e de uma revisão, quando o pesquisador tem novos dados e novas informações legitimas. 


CAMBINA E CABINDA

No texto do artigo do Jornal Diário de notícias, dia 05 de julho de 1959, o entrevistado Borel (Walter Calixto), na época cita os lados do conhecimento dele: Cambina, Moçambique, Bantú, Jeje, Ijexá, Oió e Nagô.

O tamanho das imagens foi ajustado para uma melhor leitura, em prejuízo da estética. 




O Jornal do Batuqueiro, publicou na sua pagina do Facebook, em 2019, este texto, porem, equivocadamente o transcreve como Cabinda, quando de forma clara o jornal publicou Cambina, equivocando-se também em trocar o  autor Rui Pratini por Rui Piratini.




Também, neste vídeo, de 2013, Borel (Walter Calisto), muda de opinião, e usa a expressão Cabinda, diferente da palavra Cambina que usou na entrevista do jornal em 1959. Borel afirma Waldemar ser negro de origem, mas não explica qual origem.

O vídeo completo pode ser


OS EQUIVOCOS DE KREBS 

Krebs publica um texto sobre o Batuque, religião orixaísta do Rio Grande do Sul, e mistura o culto de Caboclo com o culto de orixá, sendo que o Batuque não é um culto de Caboclo. 

Nesta imagem Krebs registra a roda de "quatro pés" (balança), do Batuque e afirma ser um culto de caboclo













Nesta outra imagem, publicada na época, Krebs ignorando o tabu da ocupação,  observamos que se tratam dos orixás manifestados durante o ritual do Batuque.



A seguir nesta imagem, Krebs confunde Batuque com Candomblé, afirmando serem a mesma coisa. 





















Nesta imagem Krebs afirma que a Umbanda tem a mesma origem, e segmento do Batuque e Candomblé.  












 

[...]

Não obstante, as casas umbandistas têm a mesma origem cultural, que é a África, e a mesma essência religiosa de todas as outras apontadas [...]



Na imagem seguinte, Krebs fala do sincretismo, sugerindo a mistura de vários segmentos religiosos e exotéricos, citando Arthur Ramos, sem referenciar. Um leitor menos atento, poderia entender que Umbanda, Batuque, Candomblé, Cristianismo, espiritismo e esoterismo, praticamente foram se fundindo na época, gerando o sincretismo. 


 


















Nesta imagem o Jornal do Batuqueiro, publica informações sobre Laudelino de Souza Gomes, citado na imagem anterior. Onde mais uma vez Krebs confunde culto Ameríndio com o culto Bantu. 




















CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de todo respeito que temos pelos escritores antigos, entretanto, claramente se percebe que a eles faltava o entendimento temático, para que pudesse definir conceitos discutidos hoje sobre religiões afro-brasileiras e seus costumes, devido aos equívocos que naturalmente observamos nos textos da época. 


Imagens comprobatório:

Revista Manchete

Jornal do Batuqueiro


Diário de notícias

REFERÊNCIA 

Biblioteca digital Brasil, Diário de Notícias, 05, julho de 1959, acessado em 18/04/2022 às 22:45 http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093726_03&pasta=ano%20195&pesq=1959&pagfis=32058

Biblioteca digital Brasil, Revista Manchete, 04, abril de 1953, acessado em 01/05/2022 às 11:45 http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=004120&pagfis=3323

Facebook, Jornal do Batuqueiro, Cambina, 05/08/ 2019, acessado em 01/05/2022 às 14:02 https://www.facebook.com/108889847126536/photos/a.109172540431600/109172507098270

Facebook, Jornal do Batuqueiro, Laudelino, 05/08/ 2019, acessado em 01/05/2022 às 14:02 https://www.facebook.com/photo?fbid=390204746445688&set=a.153940853405413

sexta-feira, 29 de abril de 2022

HOJE É DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO E DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por Yemojagbemi Arike
Postado em 21/02/2022, acessado em 30/04/2022 às 01:55



Eu acredito que a melhor forma de conseguirmos respeito é com o conhecimento, é cada vez mais ampliar os espaços, as vozes , não para conversão, mas sim para nossa preservação:




É importante sentir orgulho daquilo que faz parte e sem qualquer medo dizer a fé que se professa. Andar com os trajes que quiser e onde quiser.

Andar de cabeça raspada ou dizer sarava ! Invocar os índios donos desta terra brasil ..’jurema.

E assim vamos nestas religiões que se costuraram seja lá o que alguém pode e mesmo um de nós: discordar, não podemos nunca é parar de respeitar.

ORIXÁ DA MÃE RITA CHEGA EM PLENO DIA

Por Erick Wolff de Oxalá

Postado em 29/04/2022, revisado e aumentado em 01/05/2022 às 10:27

Mestre Borel

O extrato de vídeo abaixo registra um depoimento do Mestre Borel, que relata o orixá da Mãe Rita*, chegando as 13 horas da tarde, em pleno dia, para falar com ele. 



O vídeo completo pode ser encontrado aqui - https://youtu.be/ftjdoUEC4b0

 


Informação da mãe Rita do Aganju: *Mãe Rita do Aganju, filha de Jauri de Oxum Fun Mike, tradição Ijexá Puro.

Imagem comprobatória:


 

TIKTOK ERICK WOLFF

https://www.tiktok.com/@erickwolff8?is_from_webapp=1&sender_device=pc