quarta-feira, 3 de novembro de 2021

13 CURIOSIDADES PARA SABER SOBRE ORANFE

Por Renata Barcelos

Postado em 27/10/2021 acessado em 03/11/2021 às 10:05 


1 – Orisa principalmente cultuado na cidade de Ile ife


2- A lenda local diz que Oranfe tinha uma casa de fogo no céu e fez uma casa de fogo na terra “ se referem a ele como o dono da casa do fogo. Ele desceu a terra em Ife.

3- Oranfe também é ligado aos raios e trovões.

4- Em ife dizem que Oranfe vivia na colina de Oke-Ora, descia para terra para fazer rituais de limpeza, e atender seus devotos, ou se Oduduwa o chamasse . descia para o chão sempre na parte da tarde do dia - por isso ele tb é conhecido como Osangangan.

5-Contam também que não era possível para um ser humano que não fosse preparado ver Oranfe olho a olho, exceto por Oduduwa, isso por conta do grande poder que ele possui.

6- Oranfe é descendente de Oduduwa

7-Obaluru é o titulo chefe do culto a Oranfe em ile ife que dizem ser a herança viva do Orisa na terra e controla o arbusto sagrado chamado Igbo Alarapa que é usado para enterrar pessoas que foram mortas por trovões.

8- Oranfe teve muitas esposas as mais conhecidas eram Oru, Osara e Akinsin. Oru teve filhos Obamakin que virou pai depois de Olugbo, Woyeasiri e Oluyare

9- O festival de Oranfe em ife acontece 9 dias depois do festival de Olojo

10- Oranfe come carneiro.

11- Conhecido como aquele que ajuda as pessoas se defenderem.

12 – Uma lenda diz que ele ajudou Obatala a matar Obameri no rio oke esinmirin em igbo obameri.

13- ORANFE não é Sango ou caminho de Sango Oranfe é um Orisa a parte com historias próprias.

Beijos
Yemojagbemi Arike
Contato no link do perfil

Não copia o texto não – olha o fogo de Oranfe!

Referencia de coleta e fotos: YorubaRenaissance
Fonte - https://www.instagram.com/p/CViE8iOtPyv/

10 COISAS PARA SABER SOBRE BAAYANNI-DADA AJAKA NA ÁFRICA YORUBA

Por por Renata Barcelos
Postado em 28/10/2021, acessado em 03/11/2021 às 10:00



1-Baayanni é um Orisa a parte de Sango.


2- Os devotos deste Orisa nascem com cabelos como Dreads naturais.

3- Baayanni é considerado em Oyo o Orisa que era irmão de Sango - Dada Ajaka - Baayanni irmão de Tela-Oko que era identificado como Sango.

4- Dada Ajaka assumiu por duas vezes o reinado de Oyo, 2 alaafin oyo e o 4 alaafin sendo que Tela-Oko - Sango é o Terceiro.

5- Segundo a sacerdotisa de Baayanni de Oyo, este/esta Orisa não tem um gênero definido não tratam como homem nem como mulher ( entrevista pessoal no carrossel )

6- Seu Ileke normalmente é Rajado de branco, vermelho e azul, a cor da vestimenta normalmente é branco.

7- Segundo as coletas de Samuel Johnson diz que Ajaka no seu segundo reinado, começou uma expedição por conquistar novos povos, ele tinha junto consigo sempre muitos amuletos , magia, medicinas para protege-lo

8- Dizem que Coroa Ade de Ajaka Dada era toda enfeitada com Buzios, ainda é símbolo para seus devotos - Búzios.

9- Existem sacerdotes e sacerdotisas do Orisa Baayanni

10 - Peter Rutherford McKenzi, descreve um festival de Dada em 1850 em Aradagun> Uma menina em possessão do Orisa carrega em sua cabeça um cabaça, metade lotada com búzios , declara que é uma nova iniciada e que está com poderes sobrenaturais em seu corpo com gestos diferentes

Beijos,
Conhece alguém deste orisa? marca aí!

Vídeo Renata Barcelos - Yemojagbemi Arike com Paula Gomes e sacerdotisa de Baayanni em Òyó 2018

Foto Sacerdotisa de Baayanni de Akintunde Sangosakin Ajala
Fonte https://www.instagram.com/p/CVk0gWUg3Gz/

10 COISAS PARA SABER SOBRE ODUDUWA

Por por Renata Barcelos
Postado em 01/11/2021, acessado em 03/11/2021 às 9:56



1- Há quem diga que Oduduwa é uma construção mítica, para que pudesse haver uma dinastia real no território.

Há quem diga que oduduwa era um orisa (ifé abeokuta)
Há quem diga que oduduwa foi o primeiro ser humano criado por obatala e virou um ser divinizado após seus feitos.

Há quem diga que Oduduwa era um estrangeiro que invadiu ile ifé.

Esse tema é um que da para ficar brincando de quem nasceu primeiro, o ser espiritual ou o ser real, ele sai do mito para o chão ou do chão p/ o mito , isso pq não ha consenso mesmo nem teste de dna., todas essas verdades coexistem e tem muitas + acredite.

2-A maioria dos historiadores concordam que Ile ifé já existia antes da chegada de Oduduwa, registrado até mesmo no site do Ooni ifé oonirisa, 2017 : 1ª ifé era formada por gigantes poderosos um diluvio acabou com a cidade. 2ª ifé mostra oduduwa chegando e conquistando os locais “ levou a uma sangrenta luta,”os nativos eram liderados por obatala - Obatala é destronado . A 3ª ifé então foi fundada por oduduwa

3-Em Oyo existe um pedra perto de um rio onde em um festival anual é cultuado Oduduwa como um ser divinizado.

4-Os filhos de Oduduwa conquistaram muitas terras.

5-O apse de evento de oduduwa todo ano ocorre em ile ifé no festival chamado Olojo, onde o Oni o rei de ile ifé veste uma das coroas míticas de oduduwa, existem outras coras tb em outros territórios.

6- “Cultuadores de Oduduwa o apresentam como um poderoso rei guerreiro e deus, que veio de fora, conquistou, se adaptou aos povos indígenas em Ifé que originalmente cultuavam Obatala.” (Henry Drewal& John Pemberton p. 43)

7-Algumas esposas : Olóòkun Seniade,Osààrá ,Omìtótó-Òsé, Ojùmmu Yàndà ,Lakanje ,Omonide ,Ogunfunminire ,Yèyémòólú ,Àtìbà , Ogido

8-Alguns yoruba querem construir a República de Oduduwa , um novo país separado da Nigéria.

9-É impossível datar com exatidão a chegada de oduduwa, talvez poderíamos arriscar por volta de 800d.c

10-Oduduwa mudou o rumo dos povos, fez os povos ganharem força e criarem ainda mais interrelação - o que tb mudou a historia da expanção dos Orisa pelo territorio.

Yemojagbemi Arike
Fonte - https://www.instagram.com/p/CVsaMUvp1At/

10 COISAS PARA SABER SOBRE OBALUAYE

Por Renata
Postado em 02/11/2021, acessado em 03/11/2021 às 9:20
 


* tradições podem mudar de local para local.

1 - As cores principais de Obaluaye em Oyo são o Vermelho e preto, em outras regiões é possivel ver preto, vermelho e branco.

2- Ṣànpọ̀nná é o real nome do Orisa, Obaluaye é um dos nomes que ele ganhou quando esteve na terra, Omolu em Oyo significa Aquele que é filho de Olu que é o nome da mãe dele, outros nomes que chamam ele são: Baba Olode, Ajakaye, Baba Oye

3- Em Oyo, Obaluaye e Sango eram muito amigos, conta a lenda local que quando tela-oko - Sango deixa o trono de Oyo, Obalauye assume o posto passageiramente para proteger Sango e por isso que seu nome tem a palavra Oba - Rei e por isso uma das saudações a ele é Kabiyesi

4- Os devotos de Obaluaye em Oyo, podem ter nomes começados por Oni, Obi, Ola, Otunla.

5- Oblauaye em Oyo pode receber ekuru, dende, pipocas, cabrito, emu e tem eewo de Isuru um tipo de inhame que é avermelhado.

6- Em Oyo geralmente o Festival acontece em Janeiro, por que é o momento mais quente e mais seco do ano. O Elegun Obaluaye sai as ruas para afastar todas as doenças da comunidade

7- Em area yoruba o Orisa Obaluaye não se veste com palhas, mas carrega como uma de suas insignias uma igbale uma especie de vassoura de palhas que usa para afastar as doenças e as negatividades.

8- O Oloye Obaluaye Alaafin Oyo, me disse pessoalmente que Obaluaye é chamado para ajudar em todos os problemas que alguem possa ter, que não só ajuda com doenças mas que pode ajudar os devotos em todas as coisas.

9- Segundo os sacerdotes de Oyo, obalauye nunca foi um homem doente, e por sua otima saude que ele ajudava a curar as pessoas.

10- Jagun é um título de Obalauye em oyo, mas esse nome Jagun - jagunjagun- guerreiro soldado é generico e outras deidades podem ser tb chamadas assim, tb é um grupo de egbe orun.

Renata Barcelos - Yemojagbemi Arike - acompanhe o feed. Fontes: Asa Orisa Alaafin Oyo e coletas pessoais com Jagun Obaluaye Oyo.

Fonte - https://www.instagram.com/p/CVvCdn4JwPv/

terça-feira, 2 de novembro de 2021

LIVRO - KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS - ATUALIZAÇÃO

Por Erick Wolff de Oxalá

Postado em 02/11/2021


Este presente artigo tem por finalidade registrar novos dados sobre as pesquisas do livro Kanbina e a sua origem Iorubá.

Durante os nossos estudos até a publicação do livro KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS, em 2019, os dados coletados no site Xangô Sol apontam que pai Antoninho seria filho de mãe Donga [informante Mãe Nélia de ossanhe], e Bolivar nos informa que um dos ícones da nação Oyo seria Antoninho Gululu de Yemanjá, nos levando sempre ao entendimento que Antoninho da Oxum seria a mesma pessoa que o Gululu.



No entanto, dados novos publicados por "Histórias de Batuques e Batuqueiros? Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre" (GOMES & SCHERER & OLIVEIRA, 2021) apresentam a possibilidade ainda não comprovada, que Gululu, seria Antonio Gululu, que os pesquisadores afirmam ter origem no culto Iorubá, sendo um sacerdote de orixá. 

O centro de nossa pesquisa no livro "Kambina..." sempre foi mostrar a sua origem Iorubá.

Os dados sobre Antoninho da Oxum não ser o Gululu, não são relevantes para nossa pesquisa, e não mudam a direção dos estudos que publicamos no livro "Kambina..." pois os recentes dados publicados confirmam ainda mais nossa pesquisa da origem ioruba da Kambina do Batuque do R. S.


VIDEOS

A seguir transcrevemos extratos de um vídeo on-line dos pesquisadores GOMES &  OLIVEIRA, "Seria Pai Antoninho o Antônio Gululu? - ft. Vinícius de Aganjú" (https://www.youtube.com/watch?v=1nyUpRILxqU) que pontuam informações sobre a origem do Gululu, mesmo que não conclusivas e ainda com dados insuficientes, sempre nos impulsionam para o povo Iorubá: 

Neste trecho Vinicius informa que não possui informações sobre origem do Gululu.

A seguir, a informação do Xangô do Povo tem origem no nordeste do país. Mas não esclarece em qual região nordestina, e de qual casa trouxeram.


VINICIUS DE AGANJU - [...] verificar, até por que não se sabe, o nome completo dele, por exemplo, não se sabe o termo gululu, o próprio  termo gululu, nós não sabemos exatamente a que se refere, podemos especular, né, podemos buscar referencias na África, mas ter certeza mesmo não teremos [...] por exemplo pai Sarin, um grande tamboreiro, antigo tamboreiro, filho da mãe Chininha do Oxalá, que por sua vez, foi filha de santo do Antoninho da Oxum [...] ele comenta, né, a mãe Chininha e as antigas comentavam que os dois se conheciam andavam juntos, que isso era sabido e notório, pela comunidade batuqueira, né... iiiii, tem mais o pai Sari comenta em que o Gululu trouxe pronto do norte um Xangô do Povo, né, ele fala do Norte, não sabemos exatamente de onde, Norte, Nordeste, possivelmente o Nordeste. 
 
Sobre o Cujoba, né um pouco mais complicado tem ainda , apenas alguns relatos que chegaram até os dias de hoje, né, não, eu como acho que toda a comunidade toda de pesquisa não crê que sejam a mesma pessoa. 


O professor e pesquisador Denis, ao perguntar qual seria o orixá do Gululu, reforça a questão da origem Iorubá, considerando que os orixás possuem origem entre os iorubá. A seguir professor  Vinicius informa que a sua fonte possui duvidas sobre o orixá do Gululu seria Bara ou Xapanã, no entanto, a informação de que Gululu é feito para orixá, reafirma novamente a origem Iorubá. 





DENIS DE ODÉ - Qual era o orixá do Gululu? 
 
VINICIUS DE AGANJU - Olha... O Gululu, eeeee, temos informação que seria do Xapanã, até alguma memoria o pai Sarin comenta talvez tenha a possibilidade de ter sido do Bara, mas ele mesmo informa que não tem certeza, mas o que temos assim de mais efetivo que seria de Xapanã.


Neste trecho Vinicius apresenta um documento do jornal de Porto Alegre, 1920, assinado por Mob, que informa o Gululu ser negro e ser do orixá Xapanã, destacando a cultura Iorubá. Levantando a possibilidade de ser ex-escravo, mas não confirmado pelos pesquisadores. 

Neste trecho os pesquisadores apresentam o agente (Pai Fiorentino) do documento que faz o inventário para a sua filha (omitida a informação a pedido da família), mas mesmo sem assinatura e sem mais informações sobre a origem da coleta do documento, registra o parentesco religiosos do Gululu com Antoninho da Oxum. 




VINICIUS DE AGANJU - Na década de 70, o Mob Caldas, que é uma figura conhecida principalmente no meio da Umbanda, né, por que ele foi um... inclusive Deputado, que teve esta questão da pauta, né, relativa da Umbanda, nesse documento, neste artigo publicado na década de 70 no jornal de porto alegre, onde ele faz referencia a vários, varias lideranças,  antigas já falecidas do Batuque, ele refere aqui por onde o cursor esta mostrando, né, há uma referencia ao Gululu, né, do Xapanã, preto, morreu com 102 anos a mais de 40 anos, as datas não são precisas, né, então aproximadas, então talvez este falecimento tenha ocorrido ainda anterior a, a projeção feita pelo Mob Caldas.

DENIS DE ODÉ - Um exemplo 1920, por aí? 
 
VINICIUS DE AGANJU - Por aí, aproximadamente, é! 
 
DENIS DE ODÉ - Então a gente já sabe que  era um negro, mais ou menos que habitava o beco do poço, morreu com 102 anos... possivelmente é óbvio, óbvio não, possivelmente ex-escravo... ahhh, outro ponto também, qual a relação do Gululu com Waldemar e Antoninho de Oxum?

VINICIUS DE AGANJU - Então a questão , né, que .... grande anseio da comunidade batuqueira, né, figura do Waldemar que nos ainda estamos, né, correndo atrás. 

 

Então, aqui nos temos a imagem, né, uma foto conhecida do pai Antoninho da Oxum, morreu muito novo, morreu com 40 e poucos anos, 43 não me recordo bem, na década de 30, né, essa foto um pouco anterior.

 

Então aqui temos um documento, que já foi apresentado na nossa publicação, tá disponível lá no canal, nu perfil da, do face moforibale alafiá, esse é um certificado de apronte emitido pelo pai Florentino do Ogum, que era filho do pai Antoninho, e nesse certificado em que nós omitimos o nome da filha de santo.

Neste extrato continua à informação sobre a preservação da fonte,  e os pesquisadores apresentam outro documento da primeira mãe de santo do Antoninho, mas não apresentam nenhum outro documento que foi a única, mãe de santo, e que após ela ele teve apenas o Gululu como sacerdote, esta informação ainda pode ser esclarecida. 

E neste mesmo trecho, o professor Denis solicita ao seu parceiro de trabalho, informações comprovando o vinculo religioso do Waldemar com o Gululu, desta forma criando um paralelo maior entre a Kanbina e o Oyo, que o próprio Vinicius ao confirmar serem irmãos completam que a Cabinda e o Oyo possuem a mesma origem. 



VINICIUS DE AGANJU - [...] a pedido da família religiosa, ele pai Florentino informa, né, que essa sua filha de santo, por ser sua filha consequentemente é, ela era herdeira direta, né, neta de Antonio da Cruz Ferrari, e bisneta de Antonio Gululu, ambos já falecidos, documento datado do ano de  1950, do berço do Oyó, um dos berços do Oyó, em Porto Alegre, que é região do Montserrat, a casa do pai Florentino, ele viveu na Eudoro Benir, que possivelmente ele tinha residência... na região baixa ali do Petrópolis, rua Alegretes se não me engano, né...  

 

Temos aqui então já falando de Antoninho da Oxum, a sua primeira mãe de santo, temos uma referencia oral, né, qui, o pai Antoninho seria filho da mãe Donga, mas isso, nos conseguimos identificar uma narrativa e nós conseguimos avançar, até eu mostro para vocês um registro feito, isso também na década de 50, no verso desta foto no acervo do prof Carlos Galvão Krebs, onde ele anota, Chininha de Xangô primeira mãe de santo de Antonio da Cruz Ferrari, linha de Oyó. 

DENIS DE ODÉ - Vou te fazer mais uma pergunta, que agora estilo do professor Krebs. 

 

Eu não entendi muito bem pode explicar de novo o Antoninho era irmão de santo do Waldemar? 

VINICIUS DE AGANJU - Então... Antonio da Cruz Ferrari, sendo filho de Antonio Gululu era irmão de santo do Waldemar , do pai Waldemar, né, então interessante esta relação entre o Oyó e a Cabinda, está ainda por desvendar, mas existe que pelo menos uma ancestralidade comum, isso já acho um ponto importante pra, para pensarmos, principalmente para a comunidade, né, da nação Cabinda, né, para guiarmos ai um pouco....


Procuramos o Baba Márcio de Oxalá*, tradição Oyó, parente religioso do Antoninho da Oxum, que buscou na casa do tio de orixá dele, pai Sarin de Xangô, para maiores informações sobre o pai Gululu, pai Antoninho da oxum e Pai Valdemar.  Seguem as informações coletadas:

O pai Antoninho da Oxum é Antonio Cruz, não se recorda do restante do nome, diz que existem duas vertentes sobre o pai Antoninho, uma ele era filho da mãe Donga e outra que ele era filho de orixá de alguém de Pernambuco, que radicou e, Rio Grande e depois veio para Porto Alegre. Onde nasce o culto de Aganju do povo. 

 

O Gululu seria de Batuque vindo de Pernambuco. O nome Gululu era dado para filhos de Ogum, no entanto, o feitor de pai Antoninho seria de Oxalá, desconhece quem seja mãe Deolinda. Inclusive cita o babalorixá Máximo de Odé pai de santo da esposa do Antoninho da Oxum. [Sarin de Xangô, apudi Marcio de oxalá]


Revisado e aumentado em 03/04/2023

Pai Sarin, retornou aos ancestrais nesta segunda feira 02/03/2023

O professor Denis de Odé, assim homenageou o ilustre pai Sarin:

  

Passo aqui hoje para prestar uma singela homenagem ao Pai Sarinha , "que os Orixás te recebam no orun" .Pai Sarinha foi o único na contemporaneidade a revelar  informações corretas , sobre o Batuque , entre essas informações registra-se o ultimo Baba de Pai Antoninho de Oxum ,  que foi Antonio Gululu  ,conhecido também  como Gululu de Xapanã .“ 

 

Interessante observamos que o professor Dênis informa que, pai Sarin foi o único na contemporaneidade a revelar  informações corretas.

CONSIDERAÇOES FINAIS 

Diante das recentes informações, eticamente citamos cada fonte e cada informante. Ressaltamos que o norte da nossa pesquisa e estudos sempre foi a origem iorubá e a sua continuidade no Batuque do R.S., que destes diante fatos, hoje poderemos dar continuidade aos nossos estudos neste segmento. 

E as recentes informações nos levam a possibilidade de que o pai Waldemar era irmão de pai Antoninho da Oxum, dando a mesma origem entre os dois, através do mesmo sacerdote, que apesar das divergências com a pessoa Gululu, sempre realça que ele era de orixá, tradição de origem Iorubá, e que, pelo Waldemar e o Antoninho terem o mesmo sacerdote criam uma origem comum ambos no mesmo segmento religioso.

Sobre o nome Gululu, possivelmente foi muito popular, apesar das divergências existentes entre os dados envolvendo a pessoa do pai Waldemar, pai Antoninho da Oxum e pai Gululu, nota-se que vários informantes e documentos registram o Gululu de Yemanjá, o Gululu de Xapanã, possivelmente o Gululu de Bara, e que Gululu era um nome comum para filhos de Ogum. 


REFERÊNCIAS

TITA DE XANGÔ. site XangôSol, internet, www.xangosol.com.br, acessado em 02/11/2021, às 2:40  

GOMES & SCHERER & OLIVEIRA. Histórias de Batuques e Batuqueiro, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, Dos autores, 2021.

WOLLF, Erick, KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS, edição do autor, 2019 (https://iledeobokum.blogspot.com/2019/12/kanbina-origens-ioruba-e-continuidade.html)


Professor Dênis publicou homenagem ao pai Sarinha, em 02/03/2023, acessar em: https://www.facebook.com/100004777351528/posts/pfbid02UAvJEffSQu5g5BcKNJP7QfS8EKMJDutHrUFydQEmyfch7buH8qA896wtaJJUqxEwl/?mibextid=cr9u03


INFORMANTE

* Marcio Goulart dos Santos, BOLAJI, Marcio de Oxalá, iniciado em 8/12/1995, por Dora de Oxalá, neta de Antoninho da Oxum. Herdeiro do templo Ilé Àse Òrìsà Omi, Batuque do RS, raiz Oyó, reside em Gravataí, Porto Alegre. 





Revisado e aumentado em 24/05/2023

Produzimos este extrato para o Tiktok e mídias sociais do Ilê Axé Nagô Kóbi, para ilustrar e convidar o internauta a participar dos nossos estudos, vejamos:


Link - https://www.tiktok.com/@erick_wolff8/video/7236698383883193605?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7205200879410071046

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

EPÀ HEY

Postado por Educa Yorùbá

Coletado em 27/10/2021



Não tem jeito, quando os atabaques começam a tocar forte, com aquele ritmo frenético, ela se levanta altiva, poderosa e todos, em um frenesi quase unanime, começa a gritar e saudar Ọya – a senhora dos raios e ventos:

Mas o que significa essa saudação?

Os alunos do curso de yorùbá, sua grande maioria praticantes do candomblé, sempre me pergutam qual o significado dessa saudação. Há uma certa resistência em compreender uma coisa dentro do estudo do idioma: nem tudo terá uma tradução bonitinha e exata.

Neste caso, estamos diante de uma expressão que denota um sentimento de espanto positivo, surpresa e exaltação. Acredite, é exatamente isso. Não nenhum significado filosófico e cheio de explicações poéticas. Mas vamos compreender por parte em como chegamos a esta tradução diferente.

Significado de Epà.

Vamos começar pelo início da saudação: Epà. Esta parte aparece em muitas outras saudações (Epà BàbáEpà Èsù… ) e isso causa ainda mais dúvida em algumas pessoas, pois neste caso, explica-se melhor como um “Salve…”, ou algo como “Ave…”. Note que não há uma palavra específica, mas uma intenção!

Epà é uma expressão de surpresa, quando algo causa um espanto, surge do nada e, após isso, mereça certo apreço (Salve… Ave… ). Quando ganhamos algum presente e ficamos espantados, mas felizes. Compreende? Em resumo: é uma exclamação de surpresa.

Possui variantes gráficas, que se moldam de acordo com o grau de sentimento da pessoa: Èèèpààà, Èèpà, etc!

Significado de Hey.

A segunda parte da saudação também denota um espanto. Hey é uma exclamação de surpresa, sem significado com uma palavra específica, apenas denota espanto.

Mas você deve estar se perguntando: por que tanta exclamação de espanto?

Bom, se analisarmos a natureza explosiva, súbita, imprevista dos raios; se atentarmos como é surpreendente e também explosiva dos ventos, notará que sempre causa espanto e admiração, além de surgirem do nada (Há raios que caem mesmo em dia ensolarado).

Então, diante disso, podemos entender que “Epà hey” é a expressão de surpresa e espanto a cerca da natureza, da característica dessa grandiosa e maravilhosa òrìṣà que é Ọya.

Epà Hey, Ọya! Epà Hey, Ìyá Mẹ́sàán Ọ̀run!

Fonte -

https://educayoruba.com/o-que-significa-epa-hey/?fbclid=IwAR0bg2l0PjchWeR7apjSXZgQuG2M8AVG4j4b6qhiz1zO59Nep_Z_vr4PNZM

TIKTOK ERICK WOLFF