sexta-feira, 8 de março de 2024

ORIGEM DO NOME IJESA

Samuel Johnson registra dados sobre a origem do nome Ijesa.




[...] O primeiro relato refere-se ao período mais antigo, quando os Yorubás acabaram de entrar e subjugar o país, e os AlAfins então residiam em Ile-Ife, ou seja, antes do reinado de Sango. Sacrifícios humanos eram comuns naquela época, e para ter vítimas à mão, diz-se que vários escravos foram comprados e localizado no distrito de Ibokun; lá eles eram atendidos como gado, sob os cuidados de Owaju, e deles foram feitas seleções feito de tempos em tempos para fins de sacrifício; daí o termo Ijesa de Ije Orisa (o alimento dos deuses). Eles são descritos como atarracado, musculoso e de aparência tímida, com um desejo acentuado de inteligência: eles nunca ofereceram qualquer resistência a este sistema, daí o ditado "Ijesa Omo Owaju ti ife opo iyk" (crianças Ijesas de Owaju, sujeito a muitos sofrimentos). Também existe uma lenda que quando as nações começaram a se dispersar de Ile-Ife e dos membros de a Família Real foi nomeada rei e governante em diversos lugares [...] (p. 21, 1893)

 

quarta-feira, 6 de março de 2024

ICONOGRAFIA (DIAGRAMA -IKAYE/MGBA) DE OLOKUN NO REINO OWA E NA NAÇÃO IKA.

Registramos esta postagem da pagina do Solomon, Facebook.
 
ICONOGRAFIA (DIAGRAMA -IKAYE/MGBA) DE OLOKUN NO REINO OWA E NA NAÇÃO IKA. Por Solomon Omojie -mgbejume
Postado em 04/03/2024
Postado em 04/03/2024




Olokun iconografia desempenha um número de papel na área de Ika, como acredita-se que Olokun é o principal guardião da riqueza, conhecimento e grandeza.

A iconografia Mgba também fala sobre o cosmos, o espaço entre o céu e a Terra, que se diz ser dividido nos quatro pilares, que representa os quatro cantos da terra.

Também de importância é o número 4 na cosmologia Owa ( Ika ), e o número 14 ,representando o Aza Mmeno ( 14 sinos místicos ). O que representa o poder que Oselobue (Deus) deu a Olokun para usar no controle do mundo físico, subterrâneo e espiritual referido como (Orinmin).

Esse poder do Aza mmeno( 14 sinos místicos) também capacita o Ehi do homem (espírito guardião) na superação do ukpokpo ( problemas ) estabelecido por Ighionhai ( espíritos malignos ) ojuwu ( diabo ) e uhuki ( maldições / reações do mal ) que impede o homem de realizar seus objetivos no plano terrestre.

Também é importante saber que, como parte da formação educacional de um Ohenren (sacerdote), ele ou ela passa por um rigoroso processo de aprendizagem de saber e entender como se comunicar com um ano.

A iconografia Mgba pode ser considerada um sistema semelhante a como Nsibidi os escritos sagrados dos Ejagam e Ibibio e Efiks são usados os membros das sociedades secretas Ekpe.

O sistema de Iconografia usado no culto Olokun em ika inclui alguns dos seguintes -
1. Ada (espada do estado)
2.Ebeni ( cimitarra )
3. Canoe - ugbo ojo
4. Aza (sinos)
5. Egogo (gongo)
6. Ukpe (luz)
7. Orogodo (círculos)
8. Kokojia (cocos)
9. Okpan (placas)
10. Okpor ( pessoal )
11. Ughegbe (espelho)
12.ikpehwe ( contas )
13. Eghan ( correntes )
14. Okpoho -feminino.
15. Okeyen (masculino).
16. Linhas retas/verticais.
17. Triângulos .
18. Quatro pontos cardeais.

Tudo isso é usado para transmitir significados tanto para o homem quanto para as divindades.

Dito isto, um papel importante da iconografia mgba é ser capaz de invocar a presença de Olokun com diagramas sem falar.

Ele também é usado como uma proteção contra todas as formas de mal, e para trazer Orokoto (todas as formas de Ewere (boa sorte)

Isso também é usado para iniciações quando certos diagramas são desenhados sob o tapete, onde um novo iniciado irá dormir durante o banho simbólico que remove todas as formas de Água ( impurezas ) e limpa o corpo para comunicação espiritual e transe.

Ao oferecer comida para Olokun e outras divindades, uma iconografia Mgba também é usada.

Portanto, todo esse sistema importante faz parte do culto Olokun no reino de Owa e na terra de Ika.

No entanto, às vezes, quando os médiuns de Olokun entram em transe, eles também desenham novos padrões no chão usando o giz nativo (Nzun) e dão as mensagens apropriadas.

A foto abaixo foi tirada na aldeia de Idumu-Izomor, Owa-Oyibu. Ika Nordeste, Estado do Delta. Nigéria.

(O Representante do sacerdote-chefe de Owa-Oyibu ,Ohenren-Uku Erina Iyase, desenhando os diagramas sagrados de Olokun)

Fonte https://www.facebook.com/solomon.mgbejume/posts/pfbid02njvPJwrpwmdNxL3k2B4WBZ6MhFaGcXsBdFs73RLNS95yZPUN232EXhKSyaGhFv8Rl 



terça-feira, 5 de março de 2024

MÃE ESTELA DO OXÓSSI E O TABU DA OPCUPAÇÃO NO CANDOMBLÉ

WOLFF, Erick, O Nascimento e a Estruturação de uma Nação, Revista Olorun, n 12, 2013.

Conforme coletado por Luiz L. Marins, o baba Gilberto de Exu, informa que ouviu de mãe Estela de Oxóssi.


[...] - No candomblé de Ketu, Angola e Jeje não encontramos o tabu da ocupação, afinal seus rituais giram em torno da feitura com a divindade em transe.

No entanto, há informações que nem sempre foi assim, e que no passado também houve o tabu da ocupação no candomblé, conforme relato de Luiz L. Marins, que ouviu do Ogan Gilberto de Esù (informação pessoal):

"Após o Congresso Internacional de Antropologia na USP (em 2010), houve um jantar na casa de candomblé do Gilberto de Esù e Mãe Wanda, no bairro do Limão em São Paulo. Estavam presentes Aulo Barretti, Gilberto de Esu, Vagner Gonçalves, Lorand Matory, Peter Pry, vários alunos, e eu. Durante a refeição, Gilberto de Exu, ao saber que eu era do Batuque, falamos sobre os rituais e conceitos Orisaismo Afro-sul, incluindo o tabu da ocupação, que para muitos candomblecistas é um tabu dificil de compreender. Foi neste momento em que Gilberto de Esù revelou que Mãe Stella de Oxossi havia the dito que, antigamente, quando ela era mocinha. no candomblé também não se podia saber que virara com santo. Sabiam, mas não se comentava."[...] 

Fonte https://revistaolorun.files.wordpress.com/2018/10/revista-olorun-12.pdf

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

ÈSÙ AJUDA OS BABALAÔS A LEREM IFÁ CORRETAMENTE

"Èsù ajuda os babalaôs a lerem Ifá corretamente 

1. Aderomokun, o babalaô de Ijesa

2. Adebori, o babalaô de Ègbá

3. Eles jogaram Ifá com cinco búzios

4. Para O, rei de Ìlésà(1)

5. Por causa da infertilidade das mulheres

6. Mas, eles falharam em interpretar Ifá corretamente

7. Por cauda disso, O mandou sacrificá-los

8. Quando eles iam fazer isso,

9. Kokofakokoyere veio do òrun e parou no meio deles

10. Ele pegou varias folhas de Ifá

11. E esfregou-as na cabeça e nos olhos dos babalaôs

12. E disse-lhes que deveriam levá-los de volta ao O

13. Eles fizeram isso, eles levaram os babalaôs de volta,

14. Quando eles chegaram ao palácio do rei,

15. Eles disseram,

16. Que o próprio Kokofakokoyere havia descido do òrun

17. E havia-os mandado de volta,

18. Para que eles fizessem a divinação novamente

19. Eles fizeram,

20. E disseram para o rei que o motivo de sua consulta ao Ifá

21. Era porque as mulheres de seu reino

22. Não estavam engravidando.

23. Eles disseram

24. Que o rei deveria fazer um sacrifício naquele mesmo dia

25. Se ele não quisesse morrer

26. O ouviu, ele fez o sacrifício

27. Os babalaôs dividiram o material do sacrifício

28. E deram a parte de Kokofakokoyere

29. Ele disse que a partir daquele dia

30. Estivesse ele onde estivesse

31. Fazendo o que estivesse fazendo

32. Ele nunca deixaria de atender o apelo de um babalaô

33. E que sempre os ajudaria

34. Quaisquer que fosse a circunstância do pedido

35. Mas que eles deveriam sempre

36. Separar a parte de Kokofakokoyere

37. De todos os sacrifícios que fossem feitos

38. Assim, como Kokofakokoyere foi gentil com os babalaôs

39. Os babalaôs são gentis com Kokofakokoyere até hoje

40. Ele carrega nossos pedidos até Olódumàrè

41. Aderomokun, o babalaô de Ijesa

42. Adebori, o babalaô de Ègbá

43. Òyèkú e Èká

44. Eles jogaram Ifá com cinco búzios

45. Para O, rei de Ìlésà

46. Por causa da infertilidade das mulheres

47. Mas, eles falharam em interpretar Ifá corretamente

48. Por causa disso, Omandou sacrificá-los

49. Kokofakokoyere veio do òrun e parou no meio deles

50. E disse-lhes que deveriam levá-los de volta

51. Para que eles fizessem a divinação novamente

52. E disseram para o rei que o motivo de sua consulta ao Ifá

53. Era porque as mulheres de seu reino

54. Não estavam engravidando.

55. Eles disseram

56. Que o rei deveria fazer um sacrifício naquele mesmo dia

57. O ouviu, ele fez o sacrifício

58. O ouviu, ele fez o sacrifício

59. Os babalaôs dividiram o material do sacrifício

60. E deram a parte de Kokofakokoyere

61. Mas que eles deveriam sempre

62. Separar a parte de Kokofakokoyere

63. De todos os sacrifícios que fossem feitos

64. Vocês sabem quem é Kokofakokoyere?

65. Ele é aquele a quem chamamos Èsù,

66. Ifá diz assim,

67. Òyèkú-Ìká é isso."



(1) Capital da nação Ìjèsà, literalmente “terra de òrìsà” (ilè + òrìsà); subdistrito da cidade de Òyó (Abraham, 1962, pg. 303)

Adaptação e tradução luiz L. Marins - https://uiclap.bio/luizlmarins

Referência 

EPEGA, Afolabi & NEIMARK, Philip. The Sacred Ifá Oracle, New York, Harper Collins Publishers, 1995.

 

O POVO IORUBÁ DE KOGI

Esta postagem coletada do perfil do Nathan Lugo, postado em 21/02/2024

"O POVO IORUBÁ DE KOGI

........................................................


O povo iorubá nativo do estado de Kogi é coletivamente chamado de "Okun". Essas pessoas eram chamadas de iorubás até que uma pesquisadora conhecida como Eva Kraft-Askari em 1965 sugeriu durante uma expedição de campo que elas fossem chamadas pelo nome geral de Okun, que significa vitalidade ou força. (Dividir para Conquistar)

O povo Okun fala dialetos iorubás variados com forte afinidade histórica e linguística. Além de seus dialetos Okun peculiares, essas pessoas também falam coletivamente a língua iorubá geral.

Os principais dialetos okun-iorubás são;
Owe, Yagba, Ijumu, Gbede, Bunu,


Ikiri e
Oworo.

O povo Okun é classificado como Yoruba do Nordeste (NEY). Eles formam a fronteira entre a Terra Yoruba e seus vizinhos no eixo nordeste da Terra Yoruba coabitando lado a lado com os Nupes, Gbagyis, Bassas e Ebiras.

Em Kogi, os dialetos Okun-Yoruba são falados em 6 Áreas de Governo Local, a saber; Ijumu, Kabba/Bunu, Yagba Leste, Yagba Oeste,


MopaMuro e
Lokoja LGAs.
O povo Okun constitui cerca de 20% de toda a população do Estado de Kogi.

Kabba é a sede histórica da Terra de Okun, e o Monarca, Obaro de Kabba é o Presidente do Conselho de Tradição de Okun.

NOTA;
Abaixo está um diagrama do Mapa da Terra Yoruba com território Okun demarcado por uma linha vermelha. "


Link - https://www.facebook.com/photo?fbid=10159616682302161&set=a.10150345458012161 

Imagem 



terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

OS BRANCOS NOS TERREIROS E OS PRETOS NA IGREJA: CONTRADITA À LEI DO RACISMO RELIGIOSO.

Durante depoimentos e postagens polemicas racistas e discriminatórias, envolvendo adeptos das religiões de Matrizes Africanas no Brasil, os próprios seguidores exercendo o direito de resposta, comentam.

Nesta imagem o IBGE informa onde a população se encontra:

Respostas dos adeptos do Batuque:


Cristiano Oliveira
"Fui feito pelo Saudoso Pai Luiz Amaro
(e memória)Meu padrinho d axé Pai Daniel do Ogum (en memória) após 5 anos do seu falecimento entro pro axé de Pai Raul Dorneles Vargas ambos brancos se eles tem resto de gotas ancestrais oque eu tenho
Está mulher não me representa nem aqui nem lá adiante
Ela tem que se tratar"


Alexandre Cusatódio
"No Batuque
O povo de santo bota um tecido africano e uns penduricalhos e sai falando merda sem legenda nas redes sociais, tentando reescrever a história do Batuque, mas em vez de usar o espaço para construir algo positivo, tentam destruir o que sempre foi um ponto pacífico do Batuque o acolhimento a todos, por uma atitude militante e mentirosa."

 Fonte https://www.facebook.com/alexandredxango.aganju/posts/pfbid02wz8mcaTLHgZGChbbD5k6VCDXwtY5R7VvVVLdLLCcifvwPiYZF3Lko23AFgErMc8cl


Jairo D'Adjolá
"Vamos falar de origens então.
Quem tem direito ao axé e quem é agregado?
De acordo com a Mãe do Café, você é legítimo do axé se for gerado por um ventre negro.
Bom, vamos então falar de história. 
 
De acordo com alguns historiadores e arqueólogos, os fósseis humanos mais antigos já encontrados foram na África Ocidental, o que os levou a um estudo profundo e os levou à conclusão de que os primeiros humanos a habitar a Terra eram do continente africano. Com o passar dos anos, esses grupos humanos foram se dispersando e migrando para outros continentes, alguns muito frios, outros com calor extremo. O corpo humano tende a se adaptar ao ambiente em que vive. Em climas extremamente frios, por exemplo, as características físicas se moldaram para a sobrevivência, como a formação das raças amarelas, como chineses, japoneses, coreanos e alasquianos, cujas pálpebras se adaptaram para proteger contra o frio. 
 
Em meio a mudanças climáticas, em alguns continentes havia muito sol, em outros equilíbrio, e em outros, extremo frio. O continente africano, embora tenha sua flora e fauna, sempre foi muito quente, sendo um dos continentes com mais desertos hoje. A adaptação do corpo humano, ao longo do tempo, incluiu a produção de melanina para proteger contra danos causados pelos raios solares, especialmente em uma época em que não havia protetor solar. 
 
O que quero dizer com isso é que, independentemente de ter nascido na Inglaterra com a cara do príncipe Harry, a origem de todos é africana, conforme a história nos mostra, pois somos descendentes dos primeiros humanos, e esses eram africanos. 
 
Portanto, não importa se você é branco, pardo, amarelo, roxo ou vermelho, todos têm igual legitimidade no culto afro. Não podemos esquecer que vivemos no Brasil, um país extremamente miscigenado, onde cada pessoa, ao fazer seus testes de ancestralidade, encontra algum vínculo sanguíneo, hereditário ou traço genético herdado de seus antepassados. 
 
Novamente, enfatizo que os comentários recentes foram igualmente ridículos, e a transmissão ao vivo de ontem parecia mais uma tentativa de se eximir de responsabilidade do que de justificar o desmerecimento e a invalidação de tantos irmãos no axé por causa da cor da pele.
Nossa religião ACOLHE, não ESCOLHE
A África no Brasil - A Raiz da Ancestralidade"

Fonte https://www.facebook.com/jairo.fagundes1/posts/pfbid02mvJBht15PRV598oD55xgQE3BRbj2uTG5VresynJQyfQX5tT42wxTXHSyGBZWm15kl

 

Leoni Ti Ogun 
"Religião Não tem Cor!!!
As religiões afro-brasileira, não exclui, as pessoas pela sua cor, nacionalidade, sexo. Pois somos aparelhos de comunicação entre o mundo espiritual, seja as entidades, da Nação, Umbanda ou Quimbanda!!!
Entidades não se importa com cor do médium!!!"



Sandro Miranda
Cadê o Kizomba que deixa esse tipo de coisa na página de vocês??? Racismo é crime, de qualquer forma ou vertente.
Pq se fosse ao contrário, já teriam caído de pau.
E agora eu pergunto a todos, e daí como fica isso???
Gostaria de obter uma resposta sensata.


Nação Cabinda RS
"Então "quem não nasceu de vente de uma mãe preta, não tem axé e nem raiz afro"? Ou seja nada só tem a dona do café 
com bobagens !?.istó é um puta preconceito e meio discriminação na pratica !



Vanessa Breeze
"Atenção irmãos brancos Pacote de Bronze na promoção kkkkkk"

Emmanuele Colussi
"Mãe de santo Loira branca dos olhos azuis e filha de Bará . e feita por um pai de santo branco também Com muito axé com certeza.Nossa pele pode ser funfun mas nosso coração é afro."


Ìyá Magda Òsún
"Passada, nossa religião acolhedora, o orixá é acolhedor lutamos diariamente por união! Agora vem essa aí que nem sei que buraco saiu tentando nos dividir, retrocesso.....
Volta pra igreja mãe café azedo porque teu passado te condena e não fala em gente que já morreu porque sempre tem um pra falar a verdade."

Fonte - https://www.facebook.com/luisfelipe.fariasdasilva.52/posts/pfbid035Q6ZTRQSdyF4FHCFXrVdEXuHgLiLb1SXfrbateK6RxPNgWNcdFDvg9kxomN3G5mMl

TIKTOK ERICK WOLFF