sábado, 2 de maio de 2020

OMIIDUN, EKO (CONHECIDO NO BRASIL COMO AKASSA), OGI

Neste ensaio publicamos o Eko (Akassa) tradicional Ioruba, do Batuque e do Candomblé, para que os estudiosos possam pesquisar e conhecer as formas que cada um faz.

Passo a passo do tradicional Omiidun, Eko (conhecido no Brasil como Akassa) e Ogi iorubá.

"OMIIDUN, EKO (CONHECIDO NO BRASIL COMO AKASSA), OGI"


Créditos - Asa Orisa - https://www.youtube.com/channel/UCFgfcmYjZN9c0UdEWR0Qt8A
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Revisado e aumentado em 20/03/2023

"O EKO FINALIZADO, OYO, NIGÉRIA"



Adendo da redação

Este é o procedimento que a mais de 40 anos o Ilê Axé nagô Kóbi prepara o Akassa.

"O AKASSA DO BATUQUE"
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Revisado e aumentado em 01/04/2024

A receita correta do Akassa do Candomblé:

"PASSO A PASSO! COMO FAZER UM AKASSA DO CANDOMBLÉ CORRETO"


Outro vídeo do tradicional Akassa do Candomblé:

VÍDEOAULA CULINÁRIA AFRO: O AKASSA BRANCO E VERMELHO DO CANDOMBLÉ.


ÒYÓ RESPEITA TODOS OS ÒRÌSÀ IGUALMENTE.


Cada grupo familiar de um Òrìsà tem sua própria hierarquia.

Ninguém pode contar a história de um Òrìsà melhor que o sacerdote desse Òrìsà.

Ninguém entende mais de Sàngó do que os sacerdotes e devotos de Sàngó.
Ninguém entende Oya mais do que os sacerdotes e devotos de Oya.
Ninguém entende mais Yemonja do que os sacerdotes e devotos de Yemonja.
Ninguém entende Ògún mais do que os sacerdotes e devotos de Ògún.
Ninguém entende mais Obalúayé do que os sacerdotes e devotos de Obalúayé.
Ninguém entende mais Obatálá do que os sacerdotes e devotos de Obàtálá.
Ninguém entende mais sol do que os sacerdotes e devotos de sol.
Ninguém entende mais Òrúnmìlà do que os sacerdotes e devotos de únrúnmìlà
Ninguém entende mais de Obá do que os sacerdotes e devotos de Obà.
Ninguém entende mais de Èsù do que os sacerdotes e devotos de Èsù
Ninguém entende mais de Egúngún do que os sacerdotes e devotos de Egúngún
Ninguém entende mais de Òkè do que os sacerdotes e devotos de Òkè
Ninguém entende mais de Orò do que os sacerdotes e devotos de Orò

E assim por diante …..

Òyó tem especialistas em todos os cultos de ìrìsà, eles trabalham juntos para o 
benefício da comunidade! E eles constituem Èsìn Òrìsà Ìbílè. 
Os sumos sacerdotes de cada clã Òrìsà fazem parte de uma associação 
(Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó) ocupam os mesmos privilégios e todos têm autoridade máxima 
sobre os Òrìsà de sua adoração. Então é Òyó.
 
O Òrìsà em Òyó é uma tradição familiar, proveniente de uma linhagem. 
Para pertencer a esse Òrìsà, a linhagem ancestral será eliminada pela consulta dos 
Eérìndínlógún (16 cowries), obi / orogbo ou opele / ikin, todos da mesma importância.

Òyó respeita a característica de Òrìsà de ter oráculos diferentes e considera tudo 
eficiente. Ainda seguindo a tradição familiar de Òyó, cada pessoa terá 1 Òrìsà 
principal e se tornará o especialista nesse òrìsà ao longo do tempo.

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VOCAÇÃO SACERDOTAL

Por Erick Wolff de Oxalá
01/05/2020



Na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul, uma religião do culto ao orixá, o sacerdócio é determinado diretamente pelo orixá, através do jogo ou de uma divindade quando manifestada, pois somente o orixá poderá informar diretamente quem deve ser um sacerdote numa religião que é dele feita para ele.

Por isso que em momento algum nesta tradição necessitamos de odu de sacerdote, nem que sacerdotes de outra religião interfiram, no que não conhecem.


Assim também ocorre com o povo de Obá em Òyó, Nigéria:









sexta-feira, 1 de maio de 2020

FELIZ INÍCIO DE MÊS, ÒSÈ ÒGÚN

Publicado em 01/05/2020


Feliz mês novo e feliz outro òsè Ògún a todos os devotos e praticantes de ifá e òrìsà na Nigéria e na diáspora.

Imploro a todos nós que adoremos Òrìsà Ògún hoje porque é o primeiro òsè Òrìsà deste novo mês.


E como todos sabemos que Ògún é o Òrìsà que é feroz o suficiente para liderar e abrir caminhos para os Òrìsà quando estão vindo do céu.


Oro para que Deus Todo-Poderoso Olódùmárè e Òrìsà Ògún limpem nossos caminhos, abençoem todos os nossos empreendimentos, ajudem-nos a conquistar todos os nossos inimigos e a remover quaisquer bloqueios em nossas vidas.


* Feliz mês novo
* Feliz òsè Ògún
* Ìsèse é a mãe da tradição
* Ìsèse l'àgbà.
Àse Òrìsà 

Fonte  https://www.facebook.com/okunola.ifayemiifanla.3


terça-feira, 28 de abril de 2020

REIGNS OF OYO ALAAFIN / REINADOS DOS ALAAFINS DE OYO English / Português


Publicado em 28/04/2020


Português
1-892 -Oranyan – Oyo-Ile foi fundado
2- 1042-Ajaka Dada
3-1077-Tella Oko conhecido como Sango
4-1137-Ajaka Dada
5-1177-Aganju Sola
– 1300- Interregnum Regente -Iyayun
6- 1351-Kori -Osogbo foi fundado
7-1357-Oluaso
– Eko é nomeado LAGOS pelos portugueses – 1472
8- 1530-Onigbogi
9-1532-Ofinran
10-1534-Egungun Oju – Igboho foi fundado / Nupe ocupou Oyo- Ile
11-1554-Orompoto
12- 1562-Ajiboye
13-1570-Abipa – Oyo-Ile reconstruido
14-1588-Obalokun -Sal introducido (Cloreto de sódio)
15-1600-Ajagbo
16-1658-Odarawu
17-1660-Kanran
18-1665-Jayin – 1 Awujale de Ijebu nomeado
19-1676-Ayibi – Oyo estendeu-se 150.00 km2
20-1690-Osiyago
21-1698-Ojigi – Alaafin viaja no Império / Oyo invade o Daomé -1728
22-1732-Gberu
23-1738-Amuniwaye
24-1742-Onisile
Daomé subjugado-1748
25-1750-Labisi – Reinou 15 dias e comete suicídio devido a Basorun Gaha
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26-1750-Awonbioju – Reinou 130 dias
27-1750-Agboluaje
28-1772-Majeogbe
29-1774/1789-Abiodun
30-1789/1796-Awole
31- 1796/1797-Adebo
32-1797/1798-Maku
– Interregnum – Regente Basorun Ojo Aburumaku
33-1801/1827-Majeotu  – Fulani apreendeu Ilorin  / Revolta do Daomé -1823
34-1827/1834-Amodo
35-1834/1837-Oluewu  – Jihad Fulani ataca Oyo -1835
– Are-Ona Kakanfo Afonja, mestre de Illorin,
convidou um estudioso fulani do Islã chamado
Alim al Salihem suas fileiras. Ele esperava
garantir o apoio de Muçulmanos iorubás e
voluntários do Hausa-Fulani norte em manter
Ilorin independente, mas não teve sucesso
36-1838/1858-Atiba Atobatele – Ago d’Oyo / Um campo de guerra iorubá implementado
por Oyo comandantes em Ibadan
37-1859/1875-Adelu agunloye – Grã-Bretanha abolui a escravidão – 1857  / Alaafin para a Guerra batedo em nome de Sango entre Ijebu & Egbas -1864
38-1876/1905-Adeyemi I  – Oyo tornou-se um protetorado da Grã-Bretanha -1888
39-1905/1911-Agogo Ija Amubieya Lawani
40-1911/1944-Ladigbolu I
41-1945/1954-Adeyemi II
42-1956/1968-Ladigbolu II
43-1971-Adeyemi III
Por Chief Samuel Ojo & Bada Saki


Inglês
1-892 -Oranyan – Oyo-Ile was found
2- 1042-Ajaka Dada
3-1077-Tella Oko known as Sango
4-1137-Ajaka Dada
5-1177-Aganju Sola
– 1300- Interregnum Regent-Iyayun
6- 1351-Kori -Osogbo was found
7-1357-Oluaso  – Eko is named LAGOS by the Portuguese – 1472
8- 1530-Onigbogi
9-1532-Ofinran
10-1534-Egungun Oju – Igboho was found / Nupe occupied Oyo- Ile
11-1554-Orompoto
12- 1562-Ajiboye
13-1570-Abipa – Oyo-Ile rebuilt
14-1588-Obalokun – Salt introduced (Sodium Cloride)
15-1600-Ajagbo
16-1658-Odarawu
17-1660-Kanran
18-1665-Jayin – 1 st Awujale of Ijebu appointed
19-1676-Ayibi – Oyo spanned 150.00 km2
20-1690-Osiyago
21-1698-Ojigi – Alaafin travelled around the Empire / Oyo stats invade Dahomey -1728
22-1732-Gberu
23-1738-Amuniwaye
24-1742-Onisile – Subjugating the Dahomey-1748
25-1750-Labisi – 15 days on throne committed suicide because of Basorun Gaha

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26-1750-Awonbioju – 130 days on the throne
27-1750-Agboluaje
28-1772-Majeogbe
29-1774/1789-Abiodun
30-1789/1796-Awole
31- 1796/1797-Adebo
32-1797/1798-Maku
– Interregnum – Regent was Basorun Ojo Aburumaku
33-1801/1827-Majeotu – Fulani seized Ilorin / Dahomey revolt -1823
34-1827/1834-Amodo
35-1834/1837-Oluewu – Oyo razed by the Fulani Jihad -1835
– Are-Ona Kakanfo Afonja , master of Illorin,
invited a Fulani scholar of Islam called Alim al Salih
into his ranks. He hoped to secure the support of
Yoruba Muslims and volunteers from the Hausa-Fulani
north in keeping Ilorin independent, but no succeed
36-1838/1858-Atiba Atobatele – Ago d’Oyo /  A Yoruba war camp settled by Oyo
commanders in Ibadan
37-1859/1875-Adelu agunloye – Britain abolish slavery- 1857
– Alaafin stopped Batedo War in the name of Sango between Ijebu & Egbas – 1864
38-1876/1905-Adeyemi I – Oyo became a protectorate of Great Britain -1888
39-1905/1911-Agogo Ija Amubieya Lawani
40-1911/1944-Ladigbolu I
41-1945/1954-Adeyemi II
42-1956/1968-Ladigbolu II
43-1971-Adeyemi III
By Chief Samuel Ojo & Bada Saki


Tradução do inglês:

Paula Gomes
Embaixadora Cultural Aláàfín Òyó


Publicado em 27/04/2020 em ÀSÀ ÒRÌSÀ ALÁÀFIN ÒYÓ 

domingo, 26 de abril de 2020

COMO É VISTO O CULTO DE KIMBANDA OU QUIMBANDA NA NAÇAO DE ANGOLA

Este artigo foi publicado em 18/01/2014, coletamos da internet para registrar a diferença entre Kimbanda e Quimbanda.


Autor .



Kimbanda significa algo como "cu­ran­deiro" em kimbundu, um idioma bantu falado em Angola.



  1. Kim­banda é uma espécie de xamã africano. O ofício do kimbanda é chamado de "umban­da"... Todos já ouvimos essa palavra por aqui
  2. Quimbanda é um culto afro-brasileiro com forte influência bantu e muito influ­enciado pela magia negra europeia. 

Kimbanda e Quim­banda se confun­dem, mas são cultos distintos e com objetivos dife­rentes. O kimbandeiro é um membro ativo de sua comunidade, um doutor dos po­bres e intérprete dos espíritos da Natureza. Ético, ele sempre trabalha para o bem, a paz e a har­monia. O quimbandeiro é um feiticeiro. Nor­mal­mente vive afastado, não se envolve social­mente. (o grifo é nosso)

Na África, o kimbandeiro faz a ponte en­tre os Makungu (ancestrais divini­zados), os Minkizes (espíritos sagrados da Natureza) e os seres humanos. Ele entra em transe profundo, incorpora os seres invisíveis que consultam os necessitados e os aconselham na resolução dos proble­mas. 

Os espíritos no corpo do kimbanda falam, fumam e bebem. Como autêntico xamã, ele sabe que a mata é um ser vivo que respira, come e sen­te. Ela é densamente habitada por diversos tipos de entidades, que trans­mitem seu conhecimento aos sacerdotes eleitos. Alguns destes seres se parecem a "duendes". Eles tem uma perna só, um olhos só ou falta algum braço. Moram dentro da mata e podem cruzar o caminho de algum caçador. 

Um Ponto Cantado para os exus na Umbanda, diz: 
"Eu fui no mato, oh ganga! Cortar cipó, oh ganga! Eu vi um bicho, oh ganga! De um olho só, oh ganga!" 

Ganga vem de Nganga, um dos no­mes pelo qual o kim­banda é conhecido. Nosso querido Saci Pererê é um de­les. Ele usa o filá (gor­ro) vermelho dos kim­­bandas, o ca­chim­bo dos pretos velhos e o tabaco dos caboclos!

O quimbandeiro centra seu trabalho na figura de Exu, que é um Orixá yoruba e não um Nkizi bantu. A entidade que se assemelha a Exu entre os bantu é chamada de Aluvaiá, Nkuvu-Unana, Jini, Chiruwi, Mangabagabana e Kitunusi dependendo do dialeto e da região. Aluvaiá pode ser "homem" ou "mu­lher" e sua energia permeia tudo e todas as coisas. Ele se adapta muito bem à noção umbandista de exu (entidade masculina) e pomba gira (entidade masculina).

O quimbandeiro também invoca e incorpora as entidades associadas ao culto do magnífico Orixá Exu, os exus e pombas giras. A visão das entidades também pode mudar... 

O kimbandeiro invoca as almas dos antigos Tatas (pais espirituais ou sa­cerdotes curandeiros) e Yayas (mães espi­rituais ou sacerdotisas curandeiras). Estas almas transcenderam o limite da mate­rialidade e da ignorância. Elas possuem bondade, conhecimento e luminosidade. Algumas não precisam mais encarnar, pois, já evoluíram o suficiente neste mundo. 

O quimbandeiro invoca almas de entidades que em vida foram feiticeiros, malandros, mercadores, homens ou mu­lheres comuns, etc... Na África o sangue é um elemento sacrificial. 

O kimbandeiro oferece um ani­mal a uma entidade, prepara a carne e entrega a primeira porção ao espírito. O resto do animal, que se tornou agora ali­mento, é compartilhado com a comuni­dade se isto acontece em data festiva.

O quimbandeiro, não está interessado em "sacrificar" (tornar sagrado), ele está preocupado com os poderes mágicos do sangue, vísceras e couro do animal. Por­tanto, teologicamente falando, ele não sacrifica.

As imagens utilizadas no culto do kim­bandeiro são feitas de pedra, madeira e barro. Os artesãos procuram modelar as entidades da Natureza de forma natural e simples. A imagem é consagrada cerimo­nial­mente e uma porção do espírito da entidade passa a habitar a efígie. 

Na Quimbanda, na maioria das vezes, são utilizadas imagens de gesso que re­presentam os espíritos aliados. Comu­mente estas imagens tem aspecto aver­melhado, podendo ter chifres ou não.

O kimbandeiro é um agente social. Ele depende da comunidade e a comu­nidade depende dele. Quando aceita um pagamento para seu trabalho, ele retira do mesmo a sua sustentabilidade. Todo mundo sabe e pactua com isso. Não existe abuso. Trocas de mercadorias e favores podem substituir o dinheiro como paga­mento. 

As pessoas empobrecidas são aten­didas sem nada precisar dar em troca. As vestes do xamã bantu são normais e naturais. Quando está trabalhando usa filá, guias de sementes, cinturão com amuletos e roupas sóbrias. 

Três são os pilares do kimbandeiro: amor, honra e caridade. 

O universo da Kimbanda é composto por três mundos que se interpenetram: 
O mundo celeste onde moram os espíritos celestiais e originais (alguns Minkizis e ancestrais divinizados), o mundo natural habitado pelos homens e pelos espíritos da natureza (elementais) e o mundo sub­terrâneo da morte e dos ancestrais.

O médium na Kimbanda é um canal entre os espíritos e os que precisam dos espíritos. Ele é um instrumento mágico, um servidor da humanidade que pratica um transe profundo, pois, somente ador­mecendo o ego o divino pode fluir.

Os espíritos utilizam o médium com gentileza e cuidado, sem esgotar suas reservas de energia psíquica. A Umbanda, certamente, bebeu das águas tradicionais da Kimbanda. 

Os negros bantus trouxeram sua herança espiritual, legítima, luminosa, ecológica e antiquíssima. Oremos para que as antigas almas dos Tatas e Yayas nos ajudem a separar o trigo do joio.

Publicado no Blog - http://encontronocruzeiro.blogspot.com/2014/01/como-e-visto-o-culto-de-kimbanda-ou.html

TIKTOK ERICK WOLFF