sexta-feira, 7 de abril de 2023

VERDADEIRA FACE DO SINCRETISMO: POR QUEM SOFREU

Por Luiz Cláudio Soares

Postado em 0/04/2023





Ao que parece o sincretismo pode ter sim uma outra versão (vide o recorte), não tão "romântica" como muitos preferem acreditar.

Texto da biografia de Mahommah G. Baquaqua, ex-escravo, sua vida na África, sua escravização e transporte para o Brasil de suas experiencias como escravo em Pernambuco junto a um padeiro, sua venda para o capitão de um navio que viajava ate o Rio Grande do Sul e muito mais. Um documento raro, especialmente se pensarmos na escassez de testemunhos escravos diretos sobra a escravidão no Brasil.
Escravidão e crença


BIOGRAFIA DE MAHOMMAH G. BAQUAQUA, Silvia Hunold Lara, Universidade Estadual de Campinas.
Link do pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6544057/mod_resource/content/1/silvialara.pdf?fbclid=IwAR1PK1RRzdZHaI4cZIqLu07CsD7poXb0CVv6tYXU2uvMrGqqGvqeRBp4gYc


Imagem comprobatória:

Link da publicação: https://www.facebook.com/photo/?fbid=1567106937101777&set=a.158107214668430

quinta-feira, 6 de abril de 2023

TEMPLO DE OSUN EM OYO, NIGÉRIA

Por Julie Osunronke Abebi

Postado em 04/04/2023



“Os templosde Orisa em Oyó são muito antigos , alguns já foram reformados.

Este é o templo de Osun maisantigo ou um dos mais antigos na Nigéria. 

O templo de Osun não passoupor reformas , não existe luz nem água enganada. Tudo se encontra como era uma vez principalmente os costumes e fundamentos. 


Nesta foto era final do dia, o sol estava baixo e eu fui até a porta me despedir da Paula Gomes Aduke Paula Cristina Gomes Omoneja  PaolaFerreira  que vinham todos os dias me ver e saber como eu estava.

 

Meu encontro com Osun , para isto não existe distância, luxo , vaidade ou conforto .

 

Ore yeye ooo”


Fonte  https://www.facebook.com/826789393/posts/pfbid02Gb4TXZTEc1EeoqXU5YNcT1EvYSQtyG36m8AjDNeyJG9FYit4z8mQP6oEwGjXyLrcl/?mibextid=5zvaxg

terça-feira, 4 de abril de 2023

ZARCEL DEVOTO E PESQUISADOR DA RELIGIÃO TRADICIONAL YORÙBÁ, ESCLARECE!

Postado por Zarcel em 02/04/2023 acessado em 04/04/2023


"Como devoto e pesquisador da Religião tradicional Yorùbá desde 1997, torno público que:

Em terra Yorùbá não existe um PADRÃO de iniciação. Isso varia muito de acordo com o culto (Òrìṣà), costume da família e região, como também disponibilidade.
Em terra Yorùbá a MUITOS ANOS existem iniciação de 3, 5, 7, 9, 17, 21 ou até 90 dias.

 

Mulheres no passado para serem iniciadas em Ọmọlú em ABẸ́ÒKÚTA ficavam recolhidas por 6 MESES.

 

Se até hoje fosse assim ainda, não haveriam mais mulheres iniciadas em Ọmọlú (Nàná par os Ẹ̀gbá).

 

Tem iniciação como Ògún em Ọ̀yọ́, que ocorre em apenas 3 dias.

 

Assim como a raspagem do cabelo não é obrigatório, nunca foi. A raspagem pode ou não ocorrer e isso depende de uma série de fatores.

 

Me preocupa com tantos absurdos ocorrendo no candomblé e na Religião tradicional Yorùbá na Internet, ver pessoas querendo ressuscitar nas redes debates de 2014 à 2018.

 

Recentemente vi um vídeo de uma casa que se diz de tradição Yorùbá tocando e fazendo um xirê de candomblé e isso tem sido comum.

 

Esse tipo de mistura descaracteriza ambas as tradições e ofendem toda essa ancestralidade.

 

O tempo de recolhimento já foi debatido.

 

Pessoas desejarem ressuscitar esse tipo de debate em um momento que o debate deveria ser outro, é ao meu ver, conveniência aos absurdos reais do momento.

 

O que mais me preocupa com o turismo Religioso Brasil - Nigéria, é que pessoas que mal sabem falar bom dia em Yorùbá querem falar por toda uma tradição.

 

A terra Yorùbá é plural e a tradição se discute dentro da sua linhagem e não das demais.
Ire o!
Onífá Elésìrẹ́ Awódélé Zarcel.
Foto: Pierre Fatumbi Verger."

Fonte - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=605078308326407&set=a.559906589510246&type=3

Imagens comprobatórias


domingo, 26 de março de 2023

25 FESTIVAL DA ORISA OBA, EM OYO, 2023

Registros do Festival do Orixá Obá, Asabo, em oyo, Nigéria 2023.

Pela Dra. Paula Gomes Aduke, publicado em 23/03/2023 acessado em 26/03/2023

"E vamos festejar o festival do Orisa ỌBA em Ile ỌBA Oyo juntamente com Sango na Pedra de Sango Meke.

No próximo Sábado 25 de Março 2023"

Fonte : https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke/photos/a.103343675341244/515915404084067/


Mais imagens coletada pela Dra. Paula Gomes, publicado em 25/03/2023 acessado em 26/03/2023

"Hoje foi mais um dia fantástico dedicado ao Orisa ỌBA em Ile ỌBA em Oyo. Comemos , dançamos, cantamos, rezamos e assim passamos o dia com ỌBA. Chegamos ao final do dia com a sensação de missão cumprida .
Omio ooo"

Fonte - https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke/photos/pcb.517093627299578/517093523966255/

Novamente imagens coletada pela Dra. Paula Gomes, publicado em 25/03/2023 acessado em 26/03/2023

"E durante o festival do Orisa ỌBA manifesta em uma das filhas de ỌBA, o espírito do Orisa ỌBA, passa mensagem para a comunidade e todos aqueles presentes.
Omiooooo"


Fonte - https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke/photos/pcb.517130643962543/517130193962588/

Outro registro do canal Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó Èsìn Òrìsà Ìbílè, em 25/03/2023 acesso em 26/03/2023

"The great Orisa ỌBA Asabo Eleeko has been celebrated today in Oyo at the shores of the river ỌBA."



Fonte - https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/photos/pcb.1715441112247662/1715440975581009

Outro registro do canal Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó Èsìn Òrìsà Ìbílè, em 26/03/2023

"SangoMeke Stone Festival in Oyo.

SangoMake stone is located close to Ile ỌBA and the festival is done together with Orisa ỌBA.
Sango Will eat before ỌBA "







Fonte - https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/photos/pcb.1715734992218274/1715733702218403/

Vídeos do festival do Orixá Obá

Orisa Oba manifesta em uma das mulheres da aldeia e descendente da ancestral, durante o festival, Oyo, 2023. Obá chega e fala diretamente com o povo, para trazer uma mensagem ao povoado. Descendente consanguíneo da Orisa Obá levando oferta ao santuário Esin Ebilé Orisa, religião tradicional Yorubá. Créditos Asa Orisa Alaafin Oyo & Paula Gomes Foundation, Jade Iyaosun Osunwemimo.


Mais um material coletado do Fetival






Manifestação do Orisa ỌBA em uma das filhas durante o festival em Oyo. Omi oooo Asabo Eleeko Crédito Asa Orisa Alaafin Oyo & Paula Gomes Foundation.




sexta-feira, 24 de março de 2023

O AMALÁ TRADICIONAL DE OYO É SEMELHANTE AO DO BATUQUE

Por Erick Wolff de Oxalá

Em 08/03/2023

O Batuque preservou muitos elementos de Oyo, estamos tendo a oportunidade de fazermos esta releitura diretamente com a presença da Jade.

Perguntamos a Iyalorixá Jade Iyaosun Osunwemimo, sobre o tradicional Amalá de Oyo, Nigéria, e supreendentemente ela respondeu que:

"Achei muito semelhante. Até agora eu comi só o amala de farinha de Yan. O molho de efó uma verdura cozida parece muito com a nossa mostarda."

E completa:

"Ali é o pirão de farinha de Yan, com o efó ( uma verdura que ainda não perguntei o que é a doutora Paula deve saber ) e a carne com molho feito separada . Eles colocam o pirão
O efó ao lado e a carne com molho."





Iyalorixá Jade Iyaosun Osunwemimo pertence ao Batuque do Rio Grande do Sul, reside em Porto Alegre. 
https://www.facebook.com/julie.vianajadeomosun 


Outras postagens no segmento que possam interessar


AMALÁ DE XANGÔ EM OYO, NIGÉRIA
https://iledeobokum.blogspot.com/2020/12/amala-de-xango-em-oyo.html


O AMALÁ BRANCO
https://iledeobokum.blogspot.com/2022/11/o-amala-branco.html


EGBE MI JÉ AMALÁ ATI ERAN
https://iledeobokum.blogspot.com/2023/03/egbe-mi-je-amala-ati-eran.html

quinta-feira, 23 de março de 2023

ORISA INDIVIDUAL OU ORISA FAMILIAR?

ORISA INDIVIDUAL OU ORISA FAMILIAR?



Por Omo Ogiyan

Postado em 13/12/2022 acessado em 23/03/2023

Uma concepção corrente (e equivocada) no Brasil sobre a religião dos Orisa na Nigéria diz que em cada cidade ou reino em terras Yoruba teria o culto de apenas um Orisa. Assim, alegam que em Ile Ife só Obatala, em Osogbo apenas Osun, em Oyo somente Sango, em Ejigbo só Ogiyan e por aí vai.
Hoje, lendo uma entrevista feita com o Rei de Ejigbo, destaquei um momento em que o Oba afirma que as atividades cotidianas no palácio de Ogiyan demandam bastante trabalho. Como exemplo, ele lembra que não são apenas os sacerdotes de Ogiyan que atuam no palácio. As próprias rainhas têm cargos específicos para além de Ogiyan, existe aquela que se dedica mais a cuidar das mensagens de Ifá, enquanto uma outra é a responsável por cuidar de Osun.
Lendo a entrevista, lembrei que nos jogos de búzios que presenciei na Nigéria o foco quase nunca recaía em dizer “qual o Orisa” de alguém. Isso, inclusive, parecia gerar muita frustração para alguns consulentes brasileiros. Como tradutor em muitos jogos, era difícil até mesmo explicar para a pessoa que estava fazendo a leitura dos búzios que o(a) consulente gostaria de saber qual seria o Orisa "dele(a)".
Essas considerações indicam algumas coisas importantes:
1. Algo que sempre escutei de minha mãe de santo nigeriana, Adedoyin Olosun, é que os Orisa não trabalham sozinhos. Osun precisa de Obatala que precisa de Esu que precisa de Ogun e por aí vai.
2. Dito isso, para além das relações mais cosmológicas, existem considerações práticas também. Por exemplo, a cidade de Ejigbo fica no estado de Osun, a cerca de 40km de Osogbo. Não é de se espantar que o próprio Akinjole (fundador de Ejigbo) tenha se casado e tenha tido filhos com uma mulher de Osun. Ao mudar-se para Ejigbo, essa senhora de Osun levou com ela o assentamento dela de Osun para Ejigbo. Dessa união, nasce a linhagem de Ejigbo chamada Akinlabi. Processos parecidos aconteceram com outras pessoas em terras Yoruba (que nunca foram estáticas). A presença de diferentes Orisa em uma cidade ou um reino na Nigéria é consequência do próprio processo histórico de séculos.
3. A questão de saber “qual o meu Orisa” não é tão latente na Nigéria porque as pessoas nascem em famílias que já cultuam certos Orisa. Presume-se que alguém nascido de uma família que cultua Ogiyan também seja desse Orisa. Certamente, essa expectativa nem sempre se confirma. Contudo, mesmo no caso de alguém nascido em uma família em Ejigbo e que seja de Sango, por exemplo, espera-se que cuide também de Orisa Ogiyan, pela própria proximidade geneaológica com outras pessoas desse último Orisa.
A violência da escravidão deixou cicatrizes profundas em nossas relações com a África e no que sabemos sobre a religião dos Orisa. Por exemplo, quase todas as conexões familiares foram perdidas (e reconstruídas) na diáspora. Como consequência, atualmente, muitas pessoas dependem exclusivamente do jogo de búzios como forma de descobrir algo muito importante sobre a ancestralidade delas. A que família de Orisa pertencem? Na Nigéria, alguém de Ejigbo saberia que as grandes famílias que sustentam o reinado de Ogiyan são de três linhagens principais: as pessoas de Ogiyan com Osun (família Akinlabi), Ogiyan com Oya (família Atakoko) e Ogiyan com Obatala (família Ondoye). Obviamente, essas não são regras fixas. O que existem são relações históricas e sociológicas nas quais os próprios Orisa estão envolvidos, assim como nós humanos.
OGIYAN EPA! EPA AJAGUNAN!

TIKTOK ERICK WOLFF

https://www.tiktok.com/@erickwolff8?is_from_webapp=1&sender_device=pc