Para registros da Cultura e memórias do Batuque, esta postagem foi publicada na UMBANDA DE VERDADE (AFRO-INDIGENA), uma comunidade aberta a qual, todos podem ler, porém, precisam pedir permissão para comentar.
Ao pedirmos autorização e a postagem foi apagada, entretanto, para registro já havíamos coletado o texto e imagens comprobatórias.
Para melhorar visualmente e facilitar a leitura, adaptamos a postagem para o Blog, assim o leitor poderá acompanhar o pensamento e compreender o que o autor desejava expressar.
Importante destacarmos que o texto começa definindo Xangô Kamuka como uma divindade, enquanto algumas pessoas cometiam o equivoco em dizer que Kamuka seria um Egun, desconsiderando que orixá não vira Egun, nem morre.
[...] Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. [...]
[...] O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda [...]
Professor Denis de Ode, informa que:
Voltando ao texto do blog, sem citar fonte o autor do artigo afirma que "Baruálofina" seria o sobrenome do Xangô do pai Waldemar:
[...] Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas. [...] (o grifo é nosso)
Neste trecho, afirma que a Nação Kanbina seria regida por Egun:
[...] A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. [...]
A seguir, novamente sem citar as devidas fontes, o autor afirma que:
[...]É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda. [...]
Sem fontes ou alguma testemunha viva, não é possível checar a veracidade desta fala:
[...] A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação![...]
Considerações
Segundo fontes e informantes pai Waldemar era de Xangô Agodo. (vide fontes virtuais)
Não há registros que comprovem que "Baruálofina" seja o oruko do Xangô do pai Waldemar.
Pai Waldemar tinha um Kamuka no pátio, que tomava conta da família, por isso, ele ficou conhecido como Waldemar do Kamuka.
Há registros de filhos do pai Henrique feitos para Xangô Kamuka.
Há registros de Kamuka sento. (vide fontes virtuais)
Não há registros da existência de um Xangô Kamuka entre os Banto.
Não há registros, nem testemunhas de que o Xangô do pai Waldemar enquanto ocupado, tenha deixado alguma mensagem, por isso, atualmente trata-se de uma lenda, a qual é repetida, mas sem seja possível comprovação cientifica.
Texto completo:
Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. Quando alguns se arriscam em falar ou palpitar sobre Xangô Kamuká o fazem de forma fria e até com ares de zombaria em suas "análises", ignorando a sua grandiosa força espiritual.
Também na qualidade de Rei desta populosa Nação religiosa, que é a maior Nação no estado do Rio Grande do Sul em números de adeptos e de templos de religião instalados.
Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas.
Diferentemente das demais Nações em que os religiosos (por receio dos inimigos ou por desconhecimento) costumam omitir o nome do seu Orixá de cabeça, os Cabindeiros costumam se apresentar sempre declarando o nome de seu Orixá de cabeça. A classe do Orixá não é apresentada por uma questão de costume. Em nenhuma nação religiosa originária da áfrica daquelas praticadas e cultuadas no Rio Grande do Sul, sejam estas puras ou misturadas é assentado qualquer Orixá no Balé, portanto o Rei Xangô Kamuká teve o seu assentamento realizado para o seu filho Babalorixá Rei Waldemar Antonio Dos Santos dentro do Pejí (Quarto de Santo).
A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda, se dá por uma questão de respeito ao grandioso Babalorixá Waldemar Antonio dos Santos falecido em 15 de setembro de 1935.
É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda.
O Babalorixá Waldemar de Xangô Kamuká Baruálofina nasceu em 24 de agosto de 1883 e faleceu em 15 de setembro de 1935.
Autoria Zezé de Oxalá (In-Memorian)
A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação!
Peço a atenção de @todos
Conteúdo sensível! Estamos falando de Cabinda, uma Nação/vertente específica de matriz africana, portanto não analise o tema sob outra perspectiva. Leia as regras do grupo antes de comentar."
Imagem comprobatória:
Link https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/
Fontes virtuais:
KAMUKA NA NIGÉRIA
https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/
Homenagem a Waldemar Antonio dos Santos, patrono e fundador da tradição Kànbína do Batuque do R.S.
https://iledeobokum.blogspot.com/2015/11/homenagem-waldemar-antonio-dos-santos.html
KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS
https://iledeobokum.blogspot.com/2019/12/kanbina-origens-ioruba-e-continuidade.html