domingo, 20 de agosto de 2023

SOMENTE OS CABINDEIROS, TEM OBRIGAÇÃO DE SE ABAIXAR NA REZA DE PAI XANGÔ KAMUCÁ

Para a preservação e memória do Batuque do RS, coletamos uma postagem que ocorreu na data 19/08/2023, na página do Facebook Mãe Mary Faleiro.

A postagem aborda o tema costumes e fundamentos da nação kanbina (conhecida atualmente como cabinda), onde os seguidores se ajoelham ao cantarem a orin do rei da Nação, porém, as visitas não estariam obrigadas a repetir o ato. 

Vejamos, as diversas opiniões sobre o tema, a seguir:

Mary Faleiro

REPITA COMIGO: Somente os cabindeiros, tem obrigação de se abaixar na reza de pai Xangô Kamucá, as visitas NÃO tem essa obrigação. Respeite seus amigos de outras nações. 


Diego Cunha

Não precisamos nos abaixar mas se estivermos sentados levantar em sinal de respeito 😍🍀


Mary Faleiro

Diego Cunha aí vai da conduta e postura de cada um, obrigado não é nunca foi.


Magali Gomes

Assim como meu lado não tem leba e eu dançar pra agradar amigos e afilhados seja quem for.

Jamais!!!


Fabio Rodrigues

Perfeitooooooo . Mais eu não abaixo . Mais Eu respeito muitooooooo. Eu abaixo á cabeça sinal de respeito .


Mary Faleiro

Fabio Rodrigues aí é uma questão de respeito se curvar, vai muito do fundamental respeito, mas NINGUÉM pode lhe obrigar a se abaixar.


Elisiane Dorneles Mathias

Sou do conceito respeite para ser respeitado um ser humano que não é capaz de reverênciar a ancestealidade o culto de outro irmão está na religião errada


Mary Faleiro

Elisiane Dorneles Mathias discordo totalmente, somos de nações diferentes e os irmãos de Cabinda não podem exigir que outras nações se abaixem. Estou na religião errada, fundamento se perdeu.


Elisiane Dorneles Mathias

Mary Faleiro ninguém é obrigado mas respeito tem que haver independente de nação já vi muitos casos que nessa hora nem ao menos ficarem em silêncio continuar a conversa como se nada estivesse acontecendo e no meu conceito é errado ninguém é obrigado a nada mas o respeito é fundamental pra todos


Mary Faleiro

Elisiane Dorneles Mathias aí já é uma outra situação, falta de respeito é inadmissível


Junior de Onira

Quando visito amigos cabindeiros me abaixo pois aprendi que o respeito é td como xango kamuka e rei desta nação não me custa respeitá-lo pois se estou indo numa casa de cabinda e mínimo respeitar


Mary Faleiro

Junior de Onira mas não é obrigado.


Junior de Onira

Mary Faleiro sim eu faço por respeito mesmo


Mary Faleiro

Junior de Onira hoje falam mal de religiosos de outra nação que não se abaixam, dizem que as pessoas não tem fundamento.


Junior de Onira

Mary Faleiro aí não dá só se abaixa cabindeiros nos de outros cultos não somos obrigados


Bryan Oliveira

Junior de Onira muito bem ! 👏🏼


Mary Faleiro

Bryan Oliveira entendeu agora sr.? As pessoas não tem o direito de falarem mal de quem não tem por obrigação se abaixar, pra nós cabindeiros muito nos emociona que tenham respeito, porém não nos dá o direito de obrigar ou falar mal de quem não o faz.


Ricardo Machado

Mary Faleiro sim com certeza pois minha esposa é de Cabinda e sempre me falou, mais sempre abaixo para o reverenciar......


Lya Tarosh

Bah mãe hoje eu estava pensando nisso

Quero ir a um Batuque de Cabinda que me convidaram , e não é desrespeito sabe mãe , longe disso , mas não abaixo , fui ensinada assim e sigo minha Nação.

Que bom se todos tivessem este discernimento da senhora.… Ver mais


Mary Faleiro

Lya Tarosh é lamentável que alguns desinformados, não tenham a compreensão, sabemos que os convidados não estão faltando o respeito, tem gente que faltou muitas aulas, é o mesmo que nos ofereçam algum alimento nas festas que não podemos comer, e nos obriguem. Na minha casa pode vir tranquilamente. Bjo yá


Lya Tarosh

Mary Faleiro baixar a cabeça né mãe , levantar em sinal de respeito , isso sempre

Bjo 😘👏


Giovane d'Agodô

Já vi pessoas que iniciaram na cabinda, hoje seguem em outra nação, mas como tiveram essa passagem, ainda possuem o respeito a sua iniciação. Bom domingo de nosso Pai maior 🕊️🤍🙏🏻🙏🏻


Ìyá Dídùn

Pertenço a outra nação! Não me abaixo como ritualística, mas faço minha reverência, afinal, Orixá é Orixá... Seja a nação que for.


Bryan Oliveira

Se outro religioso se abaixar na reza de Kamuca,está errado ? Também vai ser criticado por isso ?


Mary Faleiro

Bryan Oliveira qual parte o sr. não soube interpretar? Não estou falando em criticar quem se abaixa, e sim que nenhum cabindeiro pode obrigar os visitantes de outras nações a se abaixarem.


Bryan Oliveira

Mary Faleiro interpretei muito bem, mas se eles se abaixar e por respeito a nação que estão visitando pelo sagrado en si


Mary Faleiro

Bryan Oliveira não, não interpretou. O sr. sabe que os da nação Oyó não comem canjica amarela? Vai obrigar? Sabe que cabindeiros cabeça grande não comem amendoim? Vai obrigá-los? Não leve para outro lado o que está bem explicado.


Carolina Rampanelli

Mãe eu sou de jejê e se vou em uma casa de Cabinda me abaixo sim, pois na quela casa ele é rei e eu só uma convidada. Uma questão pessoal e de respeito a este orixá. 🥰


Mary Faleiro

Carolina Rampanelli ficamos gratos, mas não sei se entende a colocação...


Carolina Rampanelli

Mary Faleiro siiim obrigada não é. No meu caso é pessoal mesmo 😁


Mary Faleiro

Como é difícil interpretarem um texto, nós cabindeiros ficamos lisonjeados se alguém que não é de outra nação se abaixar para nosso Rei, não podemos exigir que o façam..é diferente

Falar que a pessoa não se abaixou não tem fundamento é sinal de que qu… Ver mais


Cauhan Rodrigo

Eu quando era de Jeje, eu me abaixava para Kamuka, quando estamos dentro de um templo, temos que respeitar as diretrizes daquele Yle, eu penso assim kkkkk Sua benção


Vitor Fogaça Teixeira

Cauhan Rodrigo parabéns educação vem de casa, mas educação é uma coisa obrigação é outra, quem tem seguir as regras e diretrizes de uma casa de religião são os filhos do axé, amigos e convidados são livres...abraços querido te adoro muito...😍


Walker Chrisostomo

Concordo mae mas quando eu nao era cabinda e tocava pro rei me era instruido que se eu nao quisesse me abaixar, eu me retirase eo salão para que seguisse o preceito o que não me custaria nada me abaixar né somos tds irmãos diferentes nações mas no intuito do mesmo preceito que são os orixas axe



Imagens comprobatórias 











O CRUZEIRO ILUMINADO

Ocorreu em Santana do Livramento, na data 19/08/2023 o maior evento de Quimbanda a céu aberto.

Este artigo registra a manifestação pacífica contra a intolerância religiosa, elaborado pelos  Quimbandeiros no Obelisco Internacional da Fronteira Brasil/ Uruguay, fronteira entre os dois países. 

Organizado por Alagbê Paolo de Oxalá, Alagbê Batata de Agodô e Mãe Rosário D' Ogum, contou com centenas de pessoas.

Segundo Tita Jax informa que foi uma comemoração pelos 200 anos da cidade, religiosos de Paysandu, Alegrete, Rosário, Porto Alegre, Vichadero, Tacuarembó, Montevidéo, Rivera e Santana do Livramento. Contando com documentação e alvará público.

Acrescenta que o evento foi patrocinado por 20 sacerdotes e sacerdotisas com apoio de mais de 80 templos. E que não houve nenhum incidente e tudo ocorreu na maior organização e paz.

Tradutor Online
Este artículo registra la manifestación pacífica contra la intolerancia religiosa, preparada por Quimbandeiros en el Obelisco Internacional en la Frontera Brasil/Uruguay, frontera entre los dos países.

Organizado por Alagbê Paolo de Oxalá, Alagbê Batata de Agodô y Mãe Rosário D'Ogum, contó con centenares de personas. Según Tita Jax, fue una celebración del 200 aniversario de la ciudad, religiosos de Paysandú, Alegrete, Rosario, Porto Alegre, Vichadero, Tacuarembó, Montevideo, Rivera y Santana do Livramento. Con documentación y licencia pública. Agrega que el evento fue patrocinado por 20 sacerdotes y sacerdotisas con el apoyo de más de 80 templos. Y que no hubo incidentes y todo transcurrió en la mayor organización y tranquilidad.


https://www.youtube.com/shorts/603oOECzK5g

https://www.youtube.com/shorts/lNgbvEmZ6yU


Entrevistado: Tita Jax https://www.facebook.com/anacristiana.jax

DIA DO ISESE: SIGNIFICADO E PERSPECTIVAS PARA OS DESCENDENTES DE OBATALÁ.

Oba Alamo Obatala Ife

Oba Femi Dada Oludayo-Akowe

20/08/2023


A religião indígena do povo iorubá, Isese, é datada como tendo começado em 500-300 a.C., de acordo com evidências arqueológicas existentes. 

O Dia de Isese foi instituído nos estados de língua iorubá na Nigéria para celebrar a cultura e as tradições indígenas iorubás, bem como a preservação da herança iorubá. Além disso, o festival Isese celebrado anualmente em 20 de agosto, é comemorado por adeptos da religião tradicional iorubá. O dia é comemorado por várias procissões e cultos à multidão de deuses que compõem o panteão da religião tradicional iorubá.O Dia de Isese celebra as tradições e a religião iorubá numa mostra de cultura e espiritualidade. 

Isese é a palavra Yoruba para Tradição. A saudação apropriada para o Dia de Isese é “Isese l'agba” usado para denotar diferentes tipos de festivais realizados por adeptos da religião ou cultura tradicional iorubá na Nigéria e Cuba, Brasil, Estados Unidos, Benin e outros países.

Yoruba é falado nos países da África Ocidental da Nigéria, República do Benin e partes do Togo e Serra Leoa, constituindo, portanto, uma das maiores línguas únicas na África subsaariana. O iorubá também é falado em Cuba e no Brasil. A tribo Yoruba constitui cerca de 35% da população total da Nigéria e são aproximadamente cerca de 40 milhões de Yorubas na região da África Ocidental com um grande grupo etnolinguístico ou nação étnica na África, e a maioria deles fala a língua Yoruba.

Entre os vários festivais de Isese celebrados principalmente pelos Yorubas [estão os de] Obatala, Eyo, Igogo, Ojude Oba, Olojo, Oro e Sango, Osun, festivais e muitos mais.

Não há dúvida de que religiões e tradições estrangeiras dominaram algumas partes do continente africano. A introdução e recente popularidade do Dia de Isese através do feriado público aprovado pelo governo na parte sudoeste da Nigéria é um orgulho para os Yorubas que são guardiões de Isese....

Assim como o Profeta Muhammad (PECE) e Jesus Cristo de Nazaré são mensageiros divinos de suas respectivas origens, [há] muitos mensageiros divinos da Nigéria. Estes incluem, Obatala, Esu, Oya, Osun, Ifa, Sango entre outros. Eles (mais de 200 em número) são frequentemente chamados de Irunmoles.

De acordo com os princípios da religião iorubá, Obatala é o mais antigo de todos os orixás e recebeu autoridade para criar. Obatalá é o pai bondoso de todos os orixás e de toda a humanidade. Ele também é o dono de todas as cabeças e da mente. 

*(Obatala, Baba Mi Alase, Kabiesi Mori-Mori Tii Mori Omo-Tuntun, Baba Mi Opagida Sogideniyan*

*Obatala Meu Pai que tem autoridade, Que tem o poder de moldar humanos com poder sobrenatural para transformar árvores em humanos).* 

Todos esses fatos não apagam o fato de que Eledumare, o Criador do universo, ser o Supremo de todas as criações, incluindo todos os orixás. No entanto, as pessoas dentro dos limites das tradições e religiões iorubás acreditam que Obatalá é a fonte de tudo o que é puro, sábio, pacífico e compassivo.

  *SIGNIFICATIVO E PERSPECTIVAS DA CELEBRAÇÃO DO DIA DO ISESE*

Não há família nos reinos iorubá sem religião e tradições originais. Por exemplo, o povo de Oyo e Ede é ligado com Sango, enquanto o povo de Ifon-Orolu é ligado com Obatala, especialmente o primeiro Olufon; Aladikun Akogun Erujeje Adugbo foi o primeiro filho de Supernatural Obatala.

Sabemos que existem mais de 200 seres sobrenaturais que constituem diferentes orixás (Eni Orisa Da - significado; Aqueles que são especialmente criados). Há um dia ou estação especial para a festividade dos respectivos deuses. Portanto, o Dia de Isese é uma demonstração de amor e unidade incomuns para a celebração conjunta das tradições e religião iorubá. Essa unificação é um desafio para aqueles que praticam crimes sob o disfarce de outras religiões e tradições estrangeiras.

Portanto, os descendentes de Obatala em todo o mundo têm mais responsabilidade para garantir uma cobertura mais ampla, coordenação e organização adequadas do Dia de Isese. O Obalesun de Ile-Ife, que é o chefe espiritual dos descendentes de Obatala, tem desempenhado um papel proeminente no avanço do curso de Obatala e isso precisa ser totalmente apoiado. 

Há muitas perspectivas e espaço para o desenvolvimento das tradições e religiões iorubá. Os estrangeiros estão fazendo um esforço concentrado para superar os nigerianos em nossa herança e valores culturais. Muito obrigado ao governo por participar dos esforços contínuos para desenvolver nossas raízes originais.

A Ku Odun Isese Gbogbo Kaaro Ojire!

Eruwa Daadi! Ajebatala!! Ajebatarisa!!!

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Transcrição e adaptação: Luiz L. Marins

https://luizlmarins.wordpress.com

Tradução digital revisada.

Imagem da publicação original na página oficial do autor no Facebook:











sexta-feira, 18 de agosto de 2023

BRUNO DO ODE, TAMBOREIRO (KANBINA/JEJE)

Este artigo é para registros das memorias do Batuque do RS, para que gerações futuras possam pesquisar e estudar a historia Batuqueira. 

Este trabalho relata a trajetória do tamboreiro Bruno Silva, conhecido religiosamente como Bruno de Odé.


Bruno de Odé.
Reside em Porto Alegre, iniciado em 16/05/2003.

Bruno é filho de Chico de Ogum que foi filho de Mãe Eulália de Oxum, filha do pai Enio de Oxum, neta do Pai Romário do Oxalá. Saiu da mão do pai Enio da oxum, mãe Eulália foi para a mão do pai Luiz Antonio do Xangô (Jeje), após foi para a mão do pai Romário do Oxalá.

 



Imagens e informação pessoal, fornecidas através do WhatsApp.

sábado, 12 de agosto de 2023

O ESPAÇO DOS ORIXÁS

No modelo das construções de Batuque, na quase totalidade das casas, geralmente, o "Bará de dentro de casa" é assim chamado por ficar dentro do quarto de santo.

Apenas por hipótese, sem o proposito de nenhuma mudança, elaboramos uma enquete perguntando: - Onde ficaria o "Bará de dentro de casa" se cada orixá tivesse sua própria casa separada?

Cada participante respondeu livremente conforme o seu entendimento, conceitos e fundamentos, e as respostas foram muito interessantes:


Nesta enquete/postagem observamos que:

Há famílias que não possuem nenhum Orixá dentro de casa.
famílias que possuem um Bara dentro de uma casinha no salão.

famílias que possuem um Bara no quarto de orixá.

Houve pessoas que sugeriram que o Bará deveria ficar no salão central ou no pátio.
Houve pessoas que sugeriram que o Bará deveria ficar no pátio seguindo a ordem do sire.

Há famílias possuem os orixás já separados.
Houve pessoas que informaram que o Bará deveria ficar numa casinha na frente do templo após a casinha do Lode.
Houve pessoas que disseram que separariam por qualidades de orixá e por afinidades.
Houve pessoas que informaram que o Bará ficaria com o orixá regente do templo. Há famílias possuem um Bara na porta do templo.
Houve pessoas que informaram que não desejam mudar, por isso, não quiseram nem levantar uma hipótese.
Houve pessoas que informara que o Bará deveria ficar ao lado direito do portão.

Houve pessoas que informaram que não existe no Batuque uma casa para cada orixá, porque todos os Orixás ficam na prateleira dentro do quarto de orixá.
Houve pessoas que informaram que separar os Orixás em casinhas é um costume do Candomblé.

Vejamos a seguir os comentários dos participantes:


Antonio Carlos Pereira

Agora você me fez refletir: não tenho nenhum Bara dentro de casa, pensando bem todos meus santos estão sentos na rua, e fisicamente bem distantes. 

 

Erick Wolff

Boa tarde querido amigo Antônio, qual seria a sua nação e quando se refere a ficarem na rua, eles ficariam onde? E qual local?


Antonio Carlos Pereira

Erick Wolff literalmente ns rua mesmo. Em pé de figueiras, em caminhos pelo interior, em rios, pedreiras, praias....


Erick Wolff

Antonio Carlos Pereira por gentileza poderia informar a sua nação.

 

Andrew Monteiro

Aqui em Pelotas há um terreiro onde o Bará de dentro de casa fica em uma casinha separada dentro do salão de ritualísticas.


Andrew Monteiro

Visto que mesmo no quarto de santo ele já fica separado dos outros Orixás, faria uma casa só para ele, seguido da casa de Lodê e Avagã.

 

Erick Wolff

Por gentileza Andrew Monteiro, qual seria a nação desta casa?

E está casinha é igual aquela tradicional que fica no quarto de orixá?


Erick Wolff

Andrew Monteiro grato pela gentileza


Jessica Liares

Eu não entendo muito, mas eu construiria uma casa para ele, e as casa fossem construída em círculo eu colocaria ele dentro do círculo.


Celso Xapanã

No salão festas orixás, até porque teria ter salão festas 🎉


Lya Tarosh

Poderia ser dentro do salão central , ou no pátio na casa dele separada dos demais.

Acho que no jogo poderia se decidir ou dentro de casa , ou em sua casa na rua separado dos outros.


Leandro Dos Santos

Lálùpò me corrija a vontade pai Erick Wolff a escrita mas aquele que abre vem no início após o portão e os Odès (e digo os Odè os guardiões de fora do templo/pátio mesmo não Odé) casa


Carla Rodalles

Casa de Lode e avagã ja é separado !


Nascimento Adriana

Junto ao Exú Lodê!

Exú é Exú tds podem ficar juntos e inclusive c/tds Oguns da casa!


Babalorixá Emanuel d'Oxalá

Bom dia babá, na minha visão, ficaria logo primeiro após as casas dos orixás que são guardiões (Olodê, Avagã, Timboá e Dirã)


Carlos Santos

Como assim? Eu já colocaria todos os Baras na mesma casa na entrada do portão,no astral tds são ofertados nos cruzeiros e encruzilhadas e respondem perfeitamente bem, assim como todos os outros independente de que caminho ou título a essência é a mesma tds os Baras são Baras,tds os Oguns são Oguns e assim por diante 🙏🏼 , quando canta para o Bara Olode a gente cita os outros Baras , não vejo problema dividir espaço, coloca o Olode a frente dos outros e o Bara Agelu mais para os fundos e entre eles Adague e o Lanã


Rudinei Oliveira Borba

a Faria uma casa para por ogun e bara juntos, uma casa para yemoja, ode e ótin juntos, sango, oya, osun e oba juntos, obatala sozinho, sapana e osanha juntos. Eu faria isto...


Léo Agandjú Ïomí

Haja visto que: Lanã é o Bará que responde na porta de entrada do terreiro, Adague meio do terreiro e Ajelú dentro do Peji.

Casa de Lanã na porta da entrada, na metade do salão casa de Adague e no Peji Ajelú.

A pergunta é com os Barás né ?! Assim eu faria se fosse individualizar.


Rodrigo T Shango Ibedje

Oi mano bom dia colocaria lode timboa e avaga na entrada e se fosse em círculo ou roda bara Ogum Iansã sango ode otim ossain oba saponna sango Ibedje osun Ibedje osun iemonja osala ase pupo forte abraço


Alexandre Custodio

O interessante, como já dito pelo Rudinei Oliveira Borba, como ficaria o caso dos orixás que tem assentamento na rua, teriam duas casas!? Haja visto que hoje já possuem uma!!


Alexandre Custodio

O Bara de dentro de casa ficaria com o Orixá regente do templo.


Alexandre Custodio

Andrew Monteiro Na minha casa também usamos assim.


Rodrigo Alagbede

Alexandre Custodio Eu também cultuo assim.


Léo Agandjú Ïomí

Andrew Monteiro É o correto. Pelo menos seria o correto que todos fossem, mas com poucos espaços, etc... Acaba não sendo.


Gabriel Orquera

Andrew Monteiro aqui na Argentina no seu tempo ficava igual... Chamava-se "Bará de serviço"; na raiz de Oyó que chegou aqui... Mais já não olhei...


Rudinei Oliveira Borba

Se for analisar a expressão casa, independente do tamanho, o lode fica numa casa também, mesmo que pequena


Erick Wolff

Iya Peggie Abike respeitosamente, como dissemos, trata-se de uma hipótese, não há intenção de reforma religiosa ou cultural, mas champs a uma reflexão.


Iya Peggie Abike

Erick Wolff ¡Gracias x Responder! Entiendo la Reflexion! Es para los que Recien Comienzan. Omio Babá Ya No Puede Ni Quiere Cambiar Nada. ¡¡¡Solo Mantener lo Existente en estos Tiempos de Crisis Económica y Caos Social! Los Mayores, Vivimos en el Mismo Edificio Que Lo Sagrado...¡Actualmente Nos Cuesta Sostener lo existente! Nunca pensamos que a nuestras Edades Avanzadas Tuviéramos Tanta Pobreza y Miserias Politicas. Creo que en Brasil; Uruguay y Otros Paises Latinoamericanos Estan Igual o Peor. Siempre Es Grato Intercambiar Opiniones.¡¡¡ Lluvia de Bendiciones Los y Nos Acompañen🙏😇🙏


Erick Wolff

Grato Carlos Santos, mais alguém pensa como irmão e Bàbá Carlos e queira contribuir ?


Erick Wolff

Fiquem a vontade dos que forem a favor ou contra de comentarem, queremos ouvir a todos.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

A SERPENTE COMO SÍMBOLO DE ÒGÚN

Peter McKenzie

In: Hail Orisha! A Phenomenology of a West African Religion in the Mid-Nineteenth Century, cap, 1, pg. 46. Brill Leinden, New York, Koln, 1997.

 

Imagem ilustrativa

Tradução e adaptação:
Luiz L. Marins
https://luizlmarins.wordpress.com

 

Vários dos maiores Òrìsà nacionais também foram associados ao símbolo da cobra, nomeadamente Ògún, Ifá e Èsù. Em Ijaye, em 1855, Charles Phillips, o catequista Egba, conta sobre uma grande reunião no palácio de Àrè Ònà Kakànfò em homenagem a Òrìsà Ògún, o deus da guerra com associações simbolizadas pela cobra:


“Cobras foram trazidas ao palácio por ocasião do festival Ifá e em homenagem à falecida mãe do governante, ela mesma uma ‘adoradora de cobras’. As cobras foram colocadas nos braços e pernas dos dançarinos.

 

De um metro a um metro e oitenta de comprimento e até a espessura da coxa, elas eram, no entanto, ‘suaves’ e não atacavam a menos que estivessem irritados.

 

Eram agarrados pelo pescoço, guardados em cabaças ou deixado para rastejar no espaço aberto deixado pelos espectadores. ”

Ao relatar o festival de Ifá de Àrè Ònà Kakànfò no ano seguinte, o mesmo catequista confirma esta ligação talvez incomum entre Ògún e o símbolo da cobra.

Phillips fala em conexão com os ritos de sacrifício, do Ògún de Àrè Ònà Kakànfò como "o deus da pedra e do ferro adorado em conjunto com as cobras".

Pensando bem, a associação talvez deva lembrar como, no mito, Ògún finalmente desaparece no solo. A pedra e o ferro, derivados da terra, reforça ainda mais as associações ctônicas de Orisa.'

A ligação com a cobra surge mais de vinte anos depois em Ondo, num incidente descrito pelo filho do catequista, ele próprio pároco e depois bispo.

 

“Um homem e uma mulher, escreveu ele, trouxeram várias cobras de Ilé-Ifé que estão ‘exibindo pela cidade como o deus Ogun; abençoando o povo em seu nome’. Eles parecem ter despertado alguma oposição e foram aconselhados por um chefe, o Lìsá, a deixar a cidade."

Por fim, embora fora do nosso período, cabe mencionar a aparição de Ògún como um deus cobra em Ogbomoso em 1891. Iliffe chamou a atenção para um incidente em que o catequista de lá: F.L. Akiele se depara com uma mulher sentada à beira do caminho com seu deus cobra, Òrìsà Ògún (Iliffe, 1984, 53).


TIKTOK ERICK WOLFF

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