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sábado, 12 de agosto de 2023

O ESPAÇO DOS ORIXÁS

No modelo das construções de Batuque, na quase totalidade das casas, geralmente, o "Bará de dentro de casa" é assim chamado por ficar dentro do quarto de santo.

Apenas por hipótese, sem o proposito de nenhuma mudança, elaboramos uma enquete perguntando: - Onde ficaria o "Bará de dentro de casa" se cada orixá tivesse sua própria casa separada?

Cada participante respondeu livremente conforme o seu entendimento, conceitos e fundamentos, e as respostas foram muito interessantes:


Nesta enquete/postagem observamos que:

Há famílias que não possuem nenhum Orixá dentro de casa.
famílias que possuem um Bara dentro de uma casinha no salão.

famílias que possuem um Bara no quarto de orixá.

Houve pessoas que sugeriram que o Bará deveria ficar no salão central ou no pátio.
Houve pessoas que sugeriram que o Bará deveria ficar no pátio seguindo a ordem do sire.

Há famílias possuem os orixás já separados.
Houve pessoas que informaram que o Bará deveria ficar numa casinha na frente do templo após a casinha do Lode.
Houve pessoas que disseram que separariam por qualidades de orixá e por afinidades.
Houve pessoas que informaram que o Bará ficaria com o orixá regente do templo. Há famílias possuem um Bara na porta do templo.
Houve pessoas que informaram que não desejam mudar, por isso, não quiseram nem levantar uma hipótese.
Houve pessoas que informara que o Bará deveria ficar ao lado direito do portão.

Houve pessoas que informaram que não existe no Batuque uma casa para cada orixá, porque todos os Orixás ficam na prateleira dentro do quarto de orixá.
Houve pessoas que informaram que separar os Orixás em casinhas é um costume do Candomblé.

Vejamos a seguir os comentários dos participantes:


Antonio Carlos Pereira

Agora você me fez refletir: não tenho nenhum Bara dentro de casa, pensando bem todos meus santos estão sentos na rua, e fisicamente bem distantes. 

 

Erick Wolff

Boa tarde querido amigo Antônio, qual seria a sua nação e quando se refere a ficarem na rua, eles ficariam onde? E qual local?


Antonio Carlos Pereira

Erick Wolff literalmente ns rua mesmo. Em pé de figueiras, em caminhos pelo interior, em rios, pedreiras, praias....


Erick Wolff

Antonio Carlos Pereira por gentileza poderia informar a sua nação.

 

Andrew Monteiro

Aqui em Pelotas há um terreiro onde o Bará de dentro de casa fica em uma casinha separada dentro do salão de ritualísticas.


Andrew Monteiro

Visto que mesmo no quarto de santo ele já fica separado dos outros Orixás, faria uma casa só para ele, seguido da casa de Lodê e Avagã.

 

Erick Wolff

Por gentileza Andrew Monteiro, qual seria a nação desta casa?

E está casinha é igual aquela tradicional que fica no quarto de orixá?


Erick Wolff

Andrew Monteiro grato pela gentileza


Jessica Liares

Eu não entendo muito, mas eu construiria uma casa para ele, e as casa fossem construída em círculo eu colocaria ele dentro do círculo.


Celso Xapanã

No salão festas orixás, até porque teria ter salão festas 🎉


Lya Tarosh

Poderia ser dentro do salão central , ou no pátio na casa dele separada dos demais.

Acho que no jogo poderia se decidir ou dentro de casa , ou em sua casa na rua separado dos outros.


Leandro Dos Santos

Lálùpò me corrija a vontade pai Erick Wolff a escrita mas aquele que abre vem no início após o portão e os Odès (e digo os Odè os guardiões de fora do templo/pátio mesmo não Odé) casa


Carla Rodalles

Casa de Lode e avagã ja é separado !


Nascimento Adriana

Junto ao Exú Lodê!

Exú é Exú tds podem ficar juntos e inclusive c/tds Oguns da casa!


Babalorixá Emanuel d'Oxalá

Bom dia babá, na minha visão, ficaria logo primeiro após as casas dos orixás que são guardiões (Olodê, Avagã, Timboá e Dirã)


Carlos Santos

Como assim? Eu já colocaria todos os Baras na mesma casa na entrada do portão,no astral tds são ofertados nos cruzeiros e encruzilhadas e respondem perfeitamente bem, assim como todos os outros independente de que caminho ou título a essência é a mesma tds os Baras são Baras,tds os Oguns são Oguns e assim por diante 🙏🏼 , quando canta para o Bara Olode a gente cita os outros Baras , não vejo problema dividir espaço, coloca o Olode a frente dos outros e o Bara Agelu mais para os fundos e entre eles Adague e o Lanã


Rudinei Oliveira Borba

a Faria uma casa para por ogun e bara juntos, uma casa para yemoja, ode e ótin juntos, sango, oya, osun e oba juntos, obatala sozinho, sapana e osanha juntos. Eu faria isto...


Léo Agandjú Ïomí

Haja visto que: Lanã é o Bará que responde na porta de entrada do terreiro, Adague meio do terreiro e Ajelú dentro do Peji.

Casa de Lanã na porta da entrada, na metade do salão casa de Adague e no Peji Ajelú.

A pergunta é com os Barás né ?! Assim eu faria se fosse individualizar.


Rodrigo T Shango Ibedje

Oi mano bom dia colocaria lode timboa e avaga na entrada e se fosse em círculo ou roda bara Ogum Iansã sango ode otim ossain oba saponna sango Ibedje osun Ibedje osun iemonja osala ase pupo forte abraço


Alexandre Custodio

O interessante, como já dito pelo Rudinei Oliveira Borba, como ficaria o caso dos orixás que tem assentamento na rua, teriam duas casas!? Haja visto que hoje já possuem uma!!


Alexandre Custodio

O Bara de dentro de casa ficaria com o Orixá regente do templo.


Alexandre Custodio

Andrew Monteiro Na minha casa também usamos assim.


Rodrigo Alagbede

Alexandre Custodio Eu também cultuo assim.


Léo Agandjú Ïomí

Andrew Monteiro É o correto. Pelo menos seria o correto que todos fossem, mas com poucos espaços, etc... Acaba não sendo.


Gabriel Orquera

Andrew Monteiro aqui na Argentina no seu tempo ficava igual... Chamava-se "Bará de serviço"; na raiz de Oyó que chegou aqui... Mais já não olhei...


Rudinei Oliveira Borba

Se for analisar a expressão casa, independente do tamanho, o lode fica numa casa também, mesmo que pequena


Erick Wolff

Iya Peggie Abike respeitosamente, como dissemos, trata-se de uma hipótese, não há intenção de reforma religiosa ou cultural, mas champs a uma reflexão.


Iya Peggie Abike

Erick Wolff ¡Gracias x Responder! Entiendo la Reflexion! Es para los que Recien Comienzan. Omio Babá Ya No Puede Ni Quiere Cambiar Nada. ¡¡¡Solo Mantener lo Existente en estos Tiempos de Crisis Económica y Caos Social! Los Mayores, Vivimos en el Mismo Edificio Que Lo Sagrado...¡Actualmente Nos Cuesta Sostener lo existente! Nunca pensamos que a nuestras Edades Avanzadas Tuviéramos Tanta Pobreza y Miserias Politicas. Creo que en Brasil; Uruguay y Otros Paises Latinoamericanos Estan Igual o Peor. Siempre Es Grato Intercambiar Opiniones.¡¡¡ Lluvia de Bendiciones Los y Nos Acompañen🙏😇🙏


Erick Wolff

Grato Carlos Santos, mais alguém pensa como irmão e Bàbá Carlos e queira contribuir ?


Erick Wolff

Fiquem a vontade dos que forem a favor ou contra de comentarem, queremos ouvir a todos.

quinta-feira, 27 de abril de 2023

CULTURA BANTÚ (NKISI)

 Por Baba Osvaldo Omotobatala 

Postado em 24 de fevereiro de 2017 acessado em 27/04/2023


Coletamos este artigo da página do Baba Osvaldo, que foi escrito no idioma nativo do autor, para que o afro brasileiro possa ler com maior facilidade, disponibilizamos o  texto em português, usando tradução online.

  acess

A seguir:

CULTURA BANTÚ (Nkisi)

TEXTO IDIOMA ORIGINAL

Reflexiones:
1 - Los cultos candomblé Angola /Congo en Brasil que seguramente comenzaron con cierta pureza en sus rituales y costumbres, con el tiempo fueron adquiriendo costumbres inherentes a los cultos de vodun (djeji de ex-Dahomey) y de orisa (yoruba), tal vez debido a la discriminación que hubo hacia los grupos de culto a Nkisi en Brasil, donde fueron muy criticados sus preceptos originales, tan diferentes en un principio de los de vodun u orisa.
2 - No he constatado que se rape la cabeza a los que se inician para Nkisi en tierra bantú (Africa), esa es una costumbre que las casas de candomblé de culto Nkisi introdujeron en Brasil, tal vez bajo la óptica de que la creencia popular en la mayoría de las casas de candomblé brasileñas de matriz vodun u orisa, creen que si no se afeita la cabeza no hay iniciación.
3 - No existe en los cultos a Nkisi en la tierra africana el uso de búzios (caracoles) para hacer adivinación. La adivinación la hace directamente el Nkisi manifestado en su "cavalo" o es hecha a través del "ngombo" por sacerdotes especializados. Tampoco se usa obi, coco u orogbo para adivinar. Lo que lleva a suponer que el uso de búzios, obi, orogbo o coco en los candomblé de culto Nkisi en Brasil, es una influencia de las casas de culto a orisa o vodun.
4 - En el culto Nkisi en Africa no existen los "orisa" ni los "vodun", tampoco hay un sincretismo o asociación donde se divulguen historias o mitos de Orisa relacionándolos con algún Nkisi. Ni se usan nombres de orisa o vodun que sean intercambiables con los de los Nkisi.
5 - En el culto de Nkisi en Africa, al igual que en los candomblés de Angola y/o Congo de Brasil, existen tabúes para los iniciados y cada Nkisi tiene sus tabúes.
6 - Tanto en el culto a Nkisi de Brasil como en Africa, no se usan huesos de personas muertas para la preparación del Nkisi.
7 - En la iniciación para Nkisi en Africa, se hacen cortes pequeños (kuras) en el homóplato de los novicios y se les pone "medicina", esta costumbre que también se practica en el candomble de Nkisi brasileño, lo que deja claro que no es influencia yoruba ni djeji.
8 - En el culto Nkisi de tierra africana, si bien el Nkisi es una fuerza de la naturaleza, se cree que algunos héroes y heroínas al morir, pueden pasar a formar parte de la energía espiritual de Nkisi, por lo que estos ancestros entran en una categoría casi de Nkisi, teniendo un estatus diferente con respecto al de los Ancestros en general (bakulu).
9 - No existe "Esu", "Exu", "Eshu", "Echu", "Lucero", "Elegguá", "Elegba", "Legba" en el culto tradicional a Nkisi en tierra bantú, tampoco existen asentamientos que sean parecidos al Legba o Esu de tierra vodun u orisa, esto es, una imagen de barro (o cemento) cuyos "ojos, nariz y boca" han sido hechos con cowries (búzios). Esa idea, en ciertos cultos de América al Nkisi, claramente fue tomada de los cultos de Vodun u Orisa.

TEXTO TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS

CULTURA BANTU (Nkisi)
Reflexões:
1 - Os cultos candomblé Angola /Congo no Brasil que certamente começaram com alguma pureza nos seus rituais e costumes, com o tempo foram adquirindo costumes inerentes aos cultos de vodun (djeji de ex-Dahomey) e de orisa (yoruba), talvez devido a discriminação que houve em relação aos grupos de culto a Nkisi no Brasil, onde seus preceitos originais foram muito criticados, tão diferentes no princípio dos de vodun ou orisa.
2 - Eu não constatei que raspei a cabeça dos que estão começando para Nkisi em terra bantu (África), esse é um costume que as casas de candomblé de culto Nkisi introduziram no Brasil, talvez sob a ótica de que a crença popular na maioria das casas de candomblé brasileiras de matriz vodun ou orisa, acreditam que se não raspar a cabeça não tem iniciação.
3 - Não existe nos cultos de Nkisi na terra africana o uso de búzios (caracóis) para fazer adivinhação. A adivinhação é feita diretamente pelo Nkisi manifestado no seu "cavalo" ou é feita através do "ngombo" por sacerdotes especializados. Também não se usa obi, coco ou orogbo para adivinhar. O que leva a supor que o uso de búzios, obi, orogbo ou coco nos candomblé de culto Nkisi no Brasil é uma influência das casas de culto de orisa ou vodun.
4 - No culto Nkisi na África não existem "orisa" nem "vodun", nem um sincretismo ou associação onde se divulguem histórias ou mitos de Orisa relacionando-os a algum Nkisi. Nem se usa nomes de orisa ou vodun que sejam intercambiáveis com os Nkisi.
5 - No culto de Nkisi na África, tal como nos candomblés de Angola e/ou Congo do Brasil, existem tabus para os iniciados e cada Nkisi tem seus tabus.
6 - Tanto no culto de Nkisi do Brasil como na África, não se usa ossos de pessoas mortas para a preparação do Nkisi.
7 - Na iniciação para Nkisi na África, fazem-se pequenos cortes (kuras) no homóplato dos noviços e colocam-lhes "medicina", costume este que também é praticado no candomble de Nkisi brasileiro, o que deixa claro que não é influência yoruba nem djeji.
8 - No culto Nkisi de terra africana, embora o Nkisi seja uma força da natureza, acredita-se que alguns heróis e heroínas ao morrer podem se tornar parte da energia espiritual de Nkisi, então esses antepassados entram em uma categoria quase de Nkisi, tendo um status diferente em relação ao dos Antepassados em geral (bakulu).
9 - Não existe "Esu", "Exu", "Eshu", "Echu", "Lucero", "Elegguá", "Elegba", "Legba" no culto tradicional a Nkisi em terra bantu, também não existem assentamentos que sejam semelhantes ao Legba ou Esu de terra vodun ou orisa, isto é, uma imagem de lama (ou cimento) cujos "olhos, nariz e boca" têm foram feitos com cowries (búzios). Essa ideia, em certos cultos da América al Nkisi, claramente foi tirada dos cultos de Vodun ou Orisa.





sábado, 22 de abril de 2023

ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO

Por Erick Wolff 

Postado em 22/04/2023


Este ensaio tem por finalidade pontuar os  conceitos conflitantes entre a diáspora e a matriz Africana publicados que seguem no artigo "ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO", do Dr. Adeyinka Olaiya.


As Nações Afro-brasileiras nasceram em solo Brasileiro e não são Nações Africanas, ou seja, não vieram prontas algum local da África. 


Assim, vejamos as falas de alguns professores sobre o tema:

[...] A nação afro-brasileira de kétu refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, e não à cidade ioruba africana de Kétu, localizada no Dahome.[...] (José Beniste)

 

Também como a nação afro-brasileira Jeje refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, batuque ou tambor de mina. Segundo o professor Reginaldo Prandi (USP), não existe nenhuma nação política denominada “Jeje” em solo africano. O mesmo vale para a nação religiosa afro-brasileira “nagô”.


Incluímos o conceito de Nação Afro-brasileira do professor Vivaldo:
 


E por último uma sacerdotisa do Opon Afonja, informou que:



[...] As nações afro-religiosas da forma como existem aqui não existem na África, e vice-versa. Que isto fique claro para que não se arvorem prepotentemente sobre falsos conceitos de pureza. Não existe ninguém puro (Mãe Stella). [...]


Entretanto, o Dr. Adeyinka Olaiya, nos apresenta um texto que sugere que o Candomblé veio da África Ocidental, conforme a seguir: 


[...] A religião do Candomblé é uma religião africana tradicional que tem suas raízes na região da África Ocidental, mas que também é praticada em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. [...]


Convidamos o Dr. Olaiya, a fornecer as fontes para estudo e pesquisas. 

Idem na pauta Teísmo.


[...] O Candomblé é uma religião politeísta, o que significa que reconhece e adora múltiplos deuses [...]


Pela praticidade sugerimos o dicionário online.

 

Teísmo

Substantivo masculino, doutrina que afirma a existência pessoal de Deus e sua ação providencial no mundo. (Dicionário Online de Português)


E o professor Aulo Barreti (2012) conceitua a religião Orixaísta:

[....] Portanto, com a premissa descrita e aceita – crio um novo conceito teológico, de nos autointitular, genericamente, de sermos todos pertencentes, de um modo ou outro, a religião dos Òrìsà. Sendo assim, conceituo a nos auto aclamar seguidores da religião do Òrìsàísmo: O conjunto das religiões ou a religião dos que cultuam Òrìsà. Somos, então, Òrìsàístas. Quem cultua Òrìsà é da Religião do ÒRÌSÀÍSMO. Somos ÒRÌSÀÍSTAS. [...] 


E completa:


[...] Tendo sido, portanto, o Òrìsàísmo instituído durante o mito da criação (seja qual for o mito adotado), e tendo a tradição semeada a religião tradicional dos Òrìsà através do mundo, concluímos, que o Òrìsàísmo, religião tradicional dos Òrìsà é uma religião original, universal, possuindo seus próprios conceitos teológicos, no qual dificilmente cabem, sequer por analogias, os conceitos universais existentes.

Que fique registrado que o Òrìsàísmo praticado em qualquer parte do mundo, independentemente do nome regional adotado, respeita, mas não re-conhece a Bíblia, como uma de suas diretrizes sagradas, tampouco o Alcorão ou a Torá. Para os Òrìsàístas trata-se apenas de livros religiosos, assim como tantos outros. [...]  


Confiram o artigo do Dr. Adeyinka Olaiya:


ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO

Religião tradicional YORÙBÁ e CANDOMBLÉ 

—————————-


Dr. Adeyinka Olaiya  

Jornalista/ Artista .


A religião do Candomblé é uma religião africana tradicional que tem suas raízes na região da África Ocidental, mas que também é praticada em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. O Candomblé tem um sistema complexo de crenças, deuses e rituais que são centrais para suas práticas. Um dos elementos-chave da religião é o uso de EPO, ou azeite de dendê. O EPO desempenha um papel significativo no Candomblé, e sua importância não pode ser subestimada.


O Candomblé é uma religião politeísta, o que significa que reconhece e adora múltiplos deuses. Esses deuses, conhecidos como Orixás, são acreditados ter o controle sobre vários aspectos da vida, como saúde, riqueza e fertilidade. Cada Orixá tem sua própria personalidade e atributos únicos, e muitas vezes estão associados a diferentes elementos da natureza, como rios, montanhas e árvores.


O EPO é usado no Candomblé para honrar e apaziguar os Orixás. Acredita-se que o EPO seja o alimento dos Orixás, e que oferecê-lo a eles os satisfará e concederá bênçãos aos seus seguidores. O EPO também é usado como símbolo de pureza e divindade, e muitas vezes é usado em rituais de purificação e outras práticas espirituais.


Um dos usos mais importantes do EPO no Candomblé é em rituais de divinação. Adivinhação é a prática de buscar orientação dos Orixás interpretando sinais e presságios. Durante os rituais de adivinhação, o EPO é usado para marcar a bandeja de divinação, que é usada para segurar as ferramentas de divinação. Acredita-se que o EPO ajude o adivinho a se conectar com os Orixás e receber sua orientação.


O EPO também é usado em outros rituais importantes do Candomblé, como a cerimônia de nomeação e a cerimônia de casamento. Na cerimônia de nomeação, o EPO é usado para ungir o recém-nascido e simbolizar a entrada do bebê no mundo. Na cerimônia de casamento, o EPO é usado para simbolizar a união e a fertilidade do casal.


Outro uso importante do EPO no Candomblé é na cura e na medicina. Acredita-se que o EPO tenha propriedades curativas e é usado em várias preparações medicinais. Também é usado em massagem e outras práticas terapêuticas, onde se acredita que promova relaxamento e cura.


Além de seus usos espirituais e medicinais, o EPO também é um símbolo cultural importante no Candomblé. É frequentemente usado em arte e artesanato tradicionais do Candomblé, como trabalho em contas e escultura. O EPO também é um ingrediente importante na culinária tradicional do Candomblé e é usado em muitos pratos, como sopa de Egusi e acarajé.


Uma das formas mais importantes de uso do EPO no Candomblé é para proteger contra ataques espirituais.


Um ataque espiritual é uma tentativa de prejudicar alguém através de meios espirituais. Esses ataques podem assumir várias formas, desde a inveja até a maldição. O objetivo desses ataques é prejudicar a saúde, a felicidade e a prosperidade da pessoa alvo. No Candomblé, acredita-se que os ataques espirituais sejam perpetrados por forças malignas e invejosas que buscam prejudicar aqueles que são abençoados pelos Orixás.


O EPO é uma das maneiras mais eficazes de se proteger contra esses ataques. É usado em um ritual chamado "feitura de santo", que é uma cerimônia em que uma pessoa é iniciada no Candomblé e recebe um Orixá. Durante a feitura de santo, o EPO é usado para proteger a pessoa iniciada e fortalecer seu vínculo com seu Orixá.


Para proteger contra ataques espirituais, o EPO é usado em um ritual chamado "ebó". O ebó é uma oferenda feita aos Orixás para pedir proteção e bênçãos. O EPO é um ingrediente comum em muitos ebós, pois se acredita que tenha propriedades protetoras e purificadoras. Também é usado em banhos rituais, que são tomados para limpar e proteger contra ataques espirituais.


Além disso, o EPO pode ser usado em conjunção com outras práticas espirituais para proteção. Por exemplo, o EPO pode ser usado com ervas medicinais e incensos para criar uma mistura protetora e purificadora. Também pode ser usado em amuletos e talismãs, que são objetos carregados com poder espiritual e usados para proteger contra ataques espirituais.


Outra maneira de usar o EPO para proteção é em práticas de adivinhação. Adivinhação é a prática de buscar orientação espiritual através da interpretação de sinais e presságios. Durante a adivinhação, o EPO pode ser usado para marcar as ferramentas de adivinhação, como a bandeja de divinação. Isso ajuda a fortalecer a conexão com os Orixás e a receber sua orientação e proteção.


Adeyinka Olaiya 

/ jornalista


_______________________________________________


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Até o presente momento não há registro de origens de um Candomblé na África que se tenha dado origem ao Candomblé no Brasil. 


E no conceito politeísta, se faz numa crença em vários deuses, autônomos autogerados e independentes, que NÃO é o caso do Candomblé nem da Religião Tradicional Yoruba.


Desta forma convidamos o Dr.  Adeyinka Olaiya  a analisar e reconsiderar a possibilidade de rever os temas abordados neste ensaio.


Fontes Virtuais

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS, 2016, acesso por - https://luizlmarins.files.wordpress.com/2015/02/nacoes-religiosas-afro-brasileiras-nao-sao-nacoes-politicas-africanas.pdf


ORIXAÍSMO, UM ESTUDO DA RELIGIÃO IORUBA, 2020, acesso por - https://drive.google.com/file/d/16PAKKlplwjAFHHwO32vDGxcEzsFFA50z/view

quinta-feira, 9 de março de 2023

O CANDOMBLÉ NÃO É PRATICADO NA NIGÉRIA

Por Jade Iyaosun Osunwemimo

Em 07/03/2023 acessado em 09/03/2023



"E kaaasan gbogbo ilé.

Eu recebi diversas mensagens no face book e WhatsApp me perguntando se na Nigéria era praticado Candomblé.
Eu gostaria de aproveitar o momento para esclarecer que o candomblé nasceu no Brasil .
Nigéria é praticado o culto ancestral , a religião tradicional Yorubá, Esin Orisa Ebilé. Onde cada templo cultua 01 Orisa e a saída é publica, na rua para todos conhecerem o mais novo iniciado .
Todos ou muitos Sacerdotes são da família sanguíneo daquele Orisa que cultua .
Este é o Esin Orisa Ebile ou Esin Ebile!
Aproveito para agradecer quem está acompanhado a minha trajetória.
Logo mais, fotos e vídeos.
Ó dabo."

Fonte - https://www.facebook.com/julie.vianajadeomosun/posts/pfbid02NjBvaatUhv6pkux7aRrK6veoVnKxYunyAj3MfbeDbVpXLhDwFqBz85Txrw4jxEdl


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

MARIA GENOVEVA DO BOMFIM - TWENDA KWA NZAAMBI

A postagem publicada pelo candomblecista Ozéias, informa que Maria Genoveva do Bonfim era gaúcha, e foi para o nordeste do país se iniciar no Candomblé Bahiano.

Postado por Ozéias Santos



Em 14/09/2022

"Maria Genoveva do Bonfim - Maria Neném (Twenda Kwa Nzaambi).

(1865 - 1945).

Segundo relatos e estudos, Maria Neném era gaúcha, corretora de imóveis, possuía um temperamento enérgico e semblante fechado, riso difícil, mas de caráter irrepreensível e de bom coração. Contam os mais antigos que ela adotou 17 crianças, outros narram 21 filhos adotivos que criou até a fase adulta. No entanto, o que mais importa ao Munzenza é que a partir dela o candomblé bantu gerou muitos frutos.

 

A Nzo Tumbensi foi fundada em 1850, aproximadamente, considerado o primeiro terreiro de candomblé Angola no Brasil. Como fundador, o senhor Roberto Barros Reis, angolano escravizado pela família que lhe emprestara o sobrenome. Barros Reis como sacerdote era conhecido pela dijina (nome espiritual que todo iniciado recebe) Tata Kimbanda Kinunga.

 

Tata Kinunga foi o líder da Nzo (casa) Ntoombesi, terreiro cujos ritos têm a predominância linguística da linhagem Muxikongo. Em 1909, quando faleceu, Kinunga deixa a tradição religiosa para Maria Neném, cujo nome religioso (dijina) é Twenda Kwa Nzaambi, na tradução literal: protegida por Deus!

 

Maria Neném foi alçada ao posto de “mãe do candomblé angola na Bahia”. Até os dias atuais é considerada a matriarca desta tradição na religiosidade brasileira. A nengwa (mãe) era iniciada ao Nkisi/Mukixi Kavungo.
Fonte: Argumento de Pesquisa - Munzenza: O brado do tempo."

Fonte acessada: https://www.facebook.com/photo?fbid=2126376954221369&set=pcb.2126378904221174

____________________ /// ____________________ 

Por Alcides Dos Santos Barreto Obánilè

Alcides dos Santos (2009), em seu trabalho de conclusão apresentado na Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira-Unilab, presta mais informações, sobre Maria Neném.


A Gaúcha Maria Genoveva do Bonfim, nasce no Rio Grande do Sul, no entanto, não informam quando ela chegou na Bahia, ou se iniciou lá no Candomblé, e com o tempo Maria assume a casa de Candomblé tradição Banto, onde foi iniciada.


[...] Maria Genoveva do Bonfim (MARIA Neném), Mameto Tuenda Dia Nzambi – nascida em 1865, no Rio Grande do Sul (RS) e faleceu em 1945, na Bahia (BA). Conforme registro no Blog do Nzó Tumbensi o pesquisador e professor Paulo Sergio Adolfo diz que ela foi iniciada no Terreiro Tumbensi [  1º Terreiro da nação Congo Angola da Bahia.], por Roberto Barros Reis (Tata Kinunga), passou a comandar esta casa a partir de 1909, após o falecimento do seu Tata Kimbanda Kinunga. Como disse acima, Maria Neném, Nengwa Twenda Kwa Nzaambii Nome Sacerdotal após a iniciação ou dijina, espécie de apelido que a comunidade tradicional reconhece como nome do recém iniciado], era gaúcha e nasceu no dia 20 de janeiro de 1865 e faleceu no dia 01 de abril de 1945. Seu Terreiro se localizava no antigo Bairro do Beiru na rua Melo Morais Filho, com o Nome de TUMBENSI. Atualmente o Terreiro continua na mesma rua, sendo o Bairro conhecido hoje como Tancredo Neves, e tem á frente a Senhora Geurena Passos Santos, tendo como nome sagrado Nengwa Kwa Nkisi Lembamuxi. [...]

 Fonte

https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1767/1/2019_mono_alcidesobanile.pdf

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ZOOGODÔ BOGUM MALÊ RUNDÓ (1835)

este artigo tem a finalidade de preservar a memória do povo de terreiro afro-brasileiro.

Este texto é um rico registro do mais antigo terreiro de Candomblé do Brasil.

"O Zoogodô Bogum Malê Rundó, é um terreiro de nação jeje fundado em 1835 pela Done Ludovina Pessoa. Atualmente, é liderado pela. O terreiro, segundo historiadores, é o mais velho do Engenho Velho da Federação. Possui dentre suas divindades o vodun Bafono Deká, seu patrono. A divindade máxima é Mawu-Lissa, Olissassa, Olissá, Olissasi. As suas festas realizam-se ao fim do ano, após o Ossé de Lissa, ritual restrito aos seus iniciados.


Vodunon Naadojhi Zaildes Iracema de Melo
(Naadojhi Índia)

O Bogum, além de seu culto religioso de matriz africana realiza anualmente uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em louvor a São Bartolomeu e São Jerônimo. A sociedade civil do terreiro fundada em 1937 chama-se Sociedade Fiéis de São Bartolomeu do Terreiro do Bogum.

A relação desse terreiro com a comunidade sempre foi intensa, inclusive o Bogum possui no final de linha do Engenho Velho da Federação o busto da Done Runhó, o primeiro busto em praça pública na Bahia de uma líder religiosa, e essa homenagem faz jus a sua atuação na sociedade. Mulher que com sua fortaleza doou muitas das suas terras para quem precisava por avaliar que “o espaço dos voduns era morada também para as pessoas”, não adiantava os voduns terem tanto espaço com tantas pessoas sem ter onde morar.

Na década de 90 existia no Bogum o projeto “Roda Baiana” em parceria com o Terreiro do Cobre e o Tanuri Junsara. O Projeto que mais durou no Bogum foi o “Pré Vestibular Universidade Para Todos”, que permaneceu por 7 anos contribuindo para vários jovens e adultos , entrarem nas Universidades, tanto privadas quanto públicas. Também tivemos o projeto “Mobilizadores Sociais para a Juventude”; o curso de fotografia”; o projeto de estética e sustentabilidade; o curso de percussão – grupo Agdavi do Jeje, que nasce no Bogum e contempla toda a comunidade com aulas de canto e percussão; o curso de alfabetização; curso de coral. O Bogum sempre foi um espaço de manutenção cultural, educacional e social que desde sua fundação no século XIX, segundo pesquisadores, já era um espaço para discutir políticas e ações que promovessem sustentabilidade social, cultural e religiosa.

O Bogum participa da Caminhada pelo Fim da Violência e Ódio Religioso, pela Paz!” desde 2004, ou seja, desde o seu início. Nesse período uma das ekedji do Bogum, Jandira Mawusí participava do projeto “Roda Baiana” e Mãe Val do Terreiro do Cobre convidou o Bogum para se juntar a esse movimento, no Zoogodô Bogum já aconteceram algumas reuniões da comissão organizadora.

O Busto da Done Runhó, tem um simbolismo para o bairro do Engenho Velho da Federação, está localizado em um ponto que mesmo sendo no final de linha recebe quem chega e quem sai do bairro. É de lá que se inicia a Caminhada, desde a 3ª edição é o lugar onde os adeptos e não adeptos das religiões de matriz africana, de Salvador e outras localidades todos vestidos de branco, realizam um grande ato de confraternização num encontro de nações jeje, keto, angola, caboclo e pedem licença a todas as ancestralidades que regem a comunidade do Engenho Velho da Federação. Não por acaso, nesse local também encerramos a Caminhada, cantando para Oxalá. Portanto, a Caminhada é esse princípio e fim, de consagrar a vida do bairro."

Fachada Zoogodô Bogum Malê Rundó

Fonte - https://caminhosdaresistencia.com.br/zoogodo-bogum-male-rundo

Imagens comprobatórias




No entanto, prof Dr. Ordep Serra informa que a data da formação do terreiro Bogun, não são conclusivas. A seguir o link do trabalho do professor. 

https://ordepserra.files.wordpress.com/2008/09/bogum-vii.pdf

sábado, 24 de dezembro de 2022

NOVOS COSTUMES E TRADIÇÕES NOS SEGMENTOS RELIGIOSOS BATUQUEIROS

Por Erick Wolff de Oxalá

Em  23/12/2022 revisado e aumentado em 29/12/2022 às 20:27h

Imagem 01

Respeitando o direito e a liberdade de cada um praticar o seu culto, seguindo a tradição, ou até acrescentar novos elementos ritualísticos no seu templo, este ensaio tem por finalidade pontuar alguns conceitos sobre rituais ou tradições que atualmente estão sendo comentadas nas Mídias Socias, WhatsApp e Comunidades religiosas. 

No Batuque do Rio Grande do Sul, o que é de sua origem, são rituais e tradições que são comuns todos, onde as famílias se identificam e praticam, no entanto, quando uma família apresenta um ritual que tradicionalmente não é praticado entre todos, existe a possibilidade de que em algum momento, algum dos mais velhos  daquela família possa ter trazido de outros segmentos religioso e introduzido.  

Na data de hoje, 23 de dezembro, Pai Dinajara de Oxalá, que pertence á família de mãe Apolinária, informa que ouviu dizer que ela fazia este ritual no mês de agosto. Veja o vídeo na íntegra aqui, min 55:00.

Segundo registros etnográficos da Mãe Apolinária, o Correio do Povo, em 14, junho de 1959, informa que: "Ates de vir para cá, dizia ela ter feito o santo na Bahia, a meca das religiões negras no Brasil", Veja o artigo na integra aqui: O Enterro de Mãe Apolinária  

A informação da Mãe Apolinária, fez o santo na Bahia, antes de vir para o sul e se converter para o Batuque, abre uma possibilidade para a origem do ritual da Mesa dos Cachorros (ritual do Candomblé), introduzida em sua família, pois não possuímos registro deste ritual entre os mais velhos da Mãe Apolinária. 

Assim, Ferretti informa que na tradição das casas Minas do Tambor do Maranhão, existe um costume de fazer um ritual para cachorros, existindo registros desde 1948. Veja o artigo na integra do: COMIDA RITUAL EM FESTAS DE TAMBOR DE MINA NO MARANHÃO.  


Contribuindo com novas informações sobre o tema Mesa de Cachorro na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul, coletamos esta postagem do
Egbe Awo Ase Imoye Oyo Aworeni, postando em 27/12/2022 às 14:02h:



"Sobre a mesa de Pets!
As pessoas desconhecem a história do Negro dentro do estado mais Racista do Brasil!
Se conhecessem não falavam alguns absurdos!
1 - A Escravidão Gaúcha foi a última a acabar, isto porque aqui na Província de São Pedro os Africanos Escravizados trabalharam mais 10 anos para indenizar seus antigos "Donos"!
2 - Mesmo com a abolição os Africanos libertos não tiveram uma vida tranquila, pois:
2.1 - Foram confinados em um campo de concentração, chamado de Colônia Africana
2.2 - As Casas de Matriz Africana eram constantemente destruídas pela Brigada Militar
3 - Outro dado interessante é que as casas de Orixá eram muito pobres! O Negro naquela época era pobre com algumas excessões!
* Sendo assim dificilmente eles perderiam o seu tempo com fundamentos desnecessários! Pois naquela época TODOS os Pais e Mães de Santo trabalhavam! E muito!
3.1 As casas de santo não possuião salão, para essa finalidade era retirada os móveis da sala e colocados na rua, e a sala passava a ser usada como salão nos dias de festas!
3.2 Muitas casas eram de Chão batido!
3.3 As cozinhas eram feitas na rua, embaixo de uma lona esticada;
3.4 o Fogão a lenha era feito de latão de 18 litros furado nas laterais;
4 Até por volta de 1970 era muito perigoso fazer Batuque, tinha que ter autorização da delegacia dis Costumes! E as casas que não conseguissem essa autorização faziam a festa no agê e palmas!
5 - Os mais antigos não davam os cães a Xapanã, mas sim a Ògun!
6 - A comunidade negra era tão pobre que para fazer um Batuque tinha que ter a LISTA! Onde todos ajudavam!
Sendo assim dificilmente teriam dinheiro para gastar com uma MESA PET!
Gente naquela época não Tinha salário mínimo! Vale Refeição! Vale Transporte! O Pobre tinha hora para entrar! Mas não para sair do emprego!
Não existiam postos de saúde!
As coisas começaram a melhorar a partir da década de 80 e 90 com a Constituinte e o fim do Regime Militar e a criação dos direitos trabalhistas!
7 - Convivo com vários Baluartes de 1930 em diante e nunca ouvi falar de Mesa para Pets!
8 - Ebós! Trocas de Saúde sim!
9 - Convivi com muitos CENTENÁRIOS das Tradições de Matriz Africana do Oyó e Isejá e nunca ouvi sobre esse fundamento!
Gostaria muito de saber a origem! Testemunhas!
Saber se essa prática era pertinente a uma Bacia?
Ou era o fundamento de uma única casa?
E melhor como e quem ensinou esse fundamento ao dito Bàbá!
Porquê não basta ouvir falar!
Tem que ter vivido para fazer!
Qual Reza tira? Como começa e acaba? Onde despacha as sobras? Qual a finalidade? ....
Fazer RITUAIS sem o devido conhecimento beira a insanidade e transforma o AXÉ em um espetáculo!
Para Finalizar na ÁRVORE GENEALÓGICA desde Baba tal fundamento era feito?
E se realmente existir esse fundamento, qual a finalidade de filmar o mesmo?
Bàbá André de Ògun
Nação de Oyó

Fonte da imagem comprobatória:




Fonte da imagem 01: 

 https://www.facebook.com/photo/?fbid=2217973471777438&set=pcb.2217973961777389 

Revisado e aumentado em 13/06/2023

Respeitamos a fé e a liberdade religiosa de cada templo e segmento, não temos a intenção de normatiza nem mesmo criticar o ritual de nenhuma casa, pois o intuito desta coleta de informação é somente registrar os novos segmentos e novas tradições dentro do Batuque do Rio Grande do Sul.

Nesta postagem do Facebook perguntamos sobre a existência deste ritual na família, e desde quando era praticado, vejamos a seguir:



Os comentários a seguir:

Erick Wolff

Saudações amigo Terreiro folhas que curam, por gentileza, tenho três perguntas a fazer, este ritual alguma vez foi feito pelo pai Cleon?

Os irmãos dele também fazem ?

O pai cleon sabia que este ritual era feito na casa do pai Eduardo?


Terreiro folhas que curam

Erick Wolff ase irmão, tenho 50 anos de idade , nasci e me criei no bairro da terreira de pai cleon. Minha avó ( chinoca da oxum) muito costurou para ele e filhos da casa . Mesmo não sendo filho dele, muito frequentei a casa como religioso e as vezes ia com minha avó a qual eles tinham um encurtamento de amizade .

Eu nunca vi tal mesa

Nunca escutei falar que lá faziam tal ritual.

Só penso, se a mesa foi algo da terreira dela ??? Pq só veio a aparecer agora e apenas uma pessoa detinha este conhecimento???

Algo a pensar né


Erick Wolff

Grato pela gentileza de responder Terreiro folhas que curam, eu sei que de 1982 até 2000 nunca vi este preceito na família, porém, após não saberia informar se ocorria, por isso a pergunta.


Terreiro folhas que curam

Erick Wolff 12 anos ??? Então pela lógica da tradição não existe , pq não se fica 12 anos sem realizar um preceito da tradição. Se é que me fiz entender .


Erick Wolff

Terreiro folhas que curam foram 18 anos dentro da família d nunca vi, porém de 2000 para cá podem ter começado a fazer este ritual, caso, mais alguém da família possa confirmar, gostaria que se manifestassem para que pudéssemos registrar para o bem da ciência e da preservação das tradições do Batuque.

 

Link https://www.facebook.com/terreirofolhasquecuramportoalegre/posts/pfbid02o3FAqWEfbcHcq9zhtbMWpmAAyJHJPbZHoZaEbZ6a94dGdDjDZAgeYZ4eaS6tNBK1l?comment_id=1039629734109458&notif_id=1686693756421333&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

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